Do último adeus ao Papa Emérito Bento XVI ao contínuo apelo pela paz no mundo: chega ao fim um ano intenso do Santo Padre, o Papa Francisco.
O Papa viajou, rezou, intermediou, refletiu e se fez presente.
Em 2023, o Pontífice, mesmo enfrentando alguns problemas de saúde, foi ativo em seu propósito de sinodalidade e de Igreja em saída.
Com gestos, reações e falas marcantes, Francisco atuou na Igreja Católica para promover a inclusão dos marginalizados, a paz mundial e o cuidado com a Casa Comum.
No vídeo do Vatican News, relembre os principais eventos com sons, rostos e gestos que marcaram o pontificado de Francisco em 2023.
.:: Veja o vídeo na íntegra:
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Com a morte do Papa Emérito Bento XVI, aos 95 anos, no dia 31 de dezembro de 2022, o ano iniciava com tristeza. Papa Francisco celebrou o funeral do seu antecessor na Praça de São Pedro, no dia 5 de janeiro.
Ainda em janeiro, Papa Francisco viajou à África, cumprindo “a sua promessa” de visitar a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul. Uma das frases mais significativas de sua viagem foi "Tirem as mãos África".
Uma promessa cumprida foi também a viagem no final de abril à Hungria. Olhando precisamente para a Ucrânia “martirizada”, de Budapeste, Francisco fez uma pergunta à comunidade internacional: Onde estão os esforços criativos de paz?
O Papa esteve na Mongólia, país asiático entre a Rússia e a China, terra de Genghis Khan e casa de uma pequena comunidade católica, renascida entre os escombros do comunismo, de cerca de 1700 batizados.
Papa participou em setembro dos Rencontres Méditerranéennes, o evento sobre o tema das migrações. O Papa proferiu um longo e detalhado discurso no qual pediu soluções eficazes para evitar que o “Mare Nostrum” se transformasse num “Mare Mortuum”.
A paz como objetivo das gerações futuras foi um dos temas subjacentes à viagem do Pontífice a Lisboa, em Portugal, para a 37ª Jornada Mundial da Juventude, em agosto, que também teve uma etapa no Santuário de Fátima.
Em 2023, o Papa Francisco foi internado duas vezes: a primeira em março por bronquite infecciosa; a segunda, entre maio e junho, para uma cirurgia de laparotomia e plástica da parede abdominal com prótese. Outra prova para o Pontífice foi a bronquite aguda que o atingiu no final de novembro e que o obrigou a cancelar compromissos públicos e privados.
Todas as guerras, começando pela da Ucrânia e terminando pela que explodiu na Terra Santa, foram a cruz do Pontífice neste 2023. Um ano que também será lembrado pela missão do cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), enviado do Papa para aliviar as tensões na Ucrânia.
A explosão do conflito no Médio Oriente, após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, levou a repensar novos métodos de intervenção para uma solução pacífica. O Papa, de sua parte, reiterou desde o primeiro momento quais seriam de fato as saídas para o turbilhão de violência: a libertação dos reféns israelenses e um cessar-fogo imediato.
Durante o mês de outubro se realizava no Vaticano o Sínodo sobre a Sinodalidade, o culminar de um caminho de três anos iniciado pelas Dioceses dos cinco continentes, e a primeira sessão de um itinerário que Francisco quer continuar em 2024. Os padres e madres sinodais ofereceram temas para reflexão e sugestões de resposta aos pedidos e desejos das Igrejas de todo o mundo sobre temas como o papel dos leigos e das mulheres, ministério dos bispos, sacerdócio, missão digital, ecumenismo, abusos.
Vários documentos merecem destaque este ano: a Exortação Apostólica Laudate Deum, continuação da Laudato si; depois a Exortação Apostólica C'est la confiance pelos 150 anos do nascimento de Santa Teresinha; por fim, a Carta Apostólica Sublimitas et miseria hominis dedicada à obra do filósofo e teólogo Blaise Pascal. Um documento de elevado valor doutrinal, publicado em 18 de dezembro, é o Fiducia Supplicans que, aprovado pelo Papa, abre a possibilidade de abençoar casais “irregulares”, mas fora de qualquer ritualização e imitação de matrimônio.
Para o novo ano, o próprio Pontífice revelou os seus compromissos futuros em algumas das numerosas entrevistas concedidas no decorrer do ano. O Papa Francisco falou várias vezes sobre a possibilidade de uma viagem à sua Argentina. Ele também repetiu isso na recente entrevista à TV mexicana N+ onde falou sobre possíveis viagens à Bélgica e à Polinésia. Ele já havia mencionado uma viagem ao Kosovo.
Enquanto se aguarda a confirmação dos “movimentos internacionais”, no próximo ano o Papa continuará a se movimentar por Roma, continuando os encontros com os sacerdotes das diversas paróquias, a começar pelos da periferia, como já fez nos últimos meses. Também para 2024 está prevista uma visita a Verona e se olha para o Jubileu de 2025, para o qual estão em curso os preparativos e foram realizados dois encontros bilaterais entre a Santa Sé e o Governo italiano.
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Fonte: Vatican News
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