Ser acólito e coroinha é uma dádiva, é um dom e um privilégio diante de Deus. Somos sempre chamados a oferecer nossas mãos, nossos pensamentos e nosso tempo a Jesus, e é sempre muito importante a presença dos acólitos e coroinhas nas missas.
Os nossos olhos não veem Jesus, mas o nosso coração e os nossos lábios o adoram. Estamos sempre diante do milagre da pequena partícula de pão, que se torna o Corpo de Cristo, e o vinho do cálice, que se torna Sangue de Cristo.
Os acólitos e coroinhas desempenham uma função fundamental no serviço ao altar, e deve ficar sempre claro que, quando se está servindo na missa, não se serve ao padre ou ao bispo, mas sim o próprio Jesus. Não se deve fazer parte de um grupo de acólitos e coroinhas por aparências, por títulos, por cargos, não; se deve fazer parte de um grupo de acólitos e coroinhas por amor em servir a Deus.
São João Paulo II tinha uma grande predileção pelos acólitos e coroinhas, porque eles são como um “viveiro” de vocações para a igreja.
O próprio fato de um jovem servir o altar pode levá-lo a querer se dedicar à vida de padre, de religioso, de religiosa. Muitos pais pensam que quando seu filho ou sua filha querem adentrar ao ministério dos acólitos e coroinhas, eles vão, obrigatoriamente, se tornar padres ou freiras, mas não é por aí; ser acólito e coroinha nos faz ser, em primeiro lugar, jovens e crianças de Deus.
Servir
Servir o altar é uma verdadeira honra! Mas temos que servir de todo o coração e com todo o amor, e não servir a Deus pedindo ou esperando algo em troca. Temos que ter a gratuidade em servir, e não esperar recompensas. Deus sempre nos proporciona graças gratuitas!
Servir a Deus não é fácil, mas nos faz crer na esperança. No caminho de servir existem obstáculos, dificuldades, tristezas e provações que, às vezes, nos levam a querer desistir, mas não podemos nos deixar levar por essas coisas. Se deixamos de servir a Deus por causa das pessoas, nunca estivemos na igreja por causa d’ Ele!
Todos nós somos chamados a servir. Quem serve se torna íntimo de Deus, grande no Reino dos Céus e verdadeiramente livre. De fato, há mais alegria em dar do que receber. Não existe recompensa terrena para quem serve a Deus, pois quem serve a Deus acumula grandes recompensas no céu. "Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos e aquele que serve a todos" (cf. Mc 9,35). Os acólitos e coroinhas que servem o altar não devem ver isso como uma cortesia, mas sim como um trabalho de doação pelo próprio Jesus. Portanto, se quisermos seguir o Messias, devemos percorrer o caminho que Ele mesmo traçou, o caminho de servir.
Servir é um ato de doação, de amor, principalmente diante do altar de Cristo. E quando falamos em servir, me chama muita a atenção o evangelista Marcos, quando ele narra em seu Evangelho que, para Jesus, o mais importante é servir, do que sentar-se à sua direita ou à sua esquerda (cf. Mc 10, 40).
É alentado destacar a simplicidade e a humildade em atuar durante as celebrações. Não deve existir concorrência, inveja, poder. Estar a serviço de Deus não é brincadeira, é missão! Nossa fidelidade ao Senhor depende de nossa disponibilidade em servir.
A santidade na juventude
Participar dos sagrados ministérios é também um convite a sermos santos. A exemplo de São Tarcísio, somos chamados a sermos crianças e jovens corajosos, a sermos crianças e jovens de fé e a sermos crianças e jovens de Deus.
Quando escolhemos fazer a opção de seguir verdadeiramente a Jesus, não escapamos de perseguições. Tarcísio foi um mártir da Igreja, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma. O mártir tinha um zelo muito grande pela Eucaristia, e morreu apedrejado defendendo o corpo de Cristo. A Beata Alexandrina de Balazar, de 14 anos, também encontrou na Eucaristia “o alimento para o caminho de perfeição, senão mesmo da vida corporal”.
A primeira coisa que Jesus nos pede é ser santo; a segunda é ser original. O próprio jovem beato Carlo Acutis já observava que “todos nascem como originais, mas muitos morrem como fotocópias”. Precisamos de uma juventude que caminhe rumo à santidade, e lembrar que “santidade não é ausência de pecado. Santo não é aquele que não cai, é aquele que, mesmo caindo não desiste de levantar", como dizia São João Paulo II.
Ser santo não é uma missão impossível nos dias de hoje. É uma questão de coragem, de ser original e de crer na esperança!
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O chamado
Eu me chamo Maurício Ribeiro e tinha 6 anos quando servi ao altar pela primeira vez na minha comunidade, em Aparecida (SP). Mesmo não sabendo exercer as funções corretamente, o meu pároco me deixava colocar minha túnica e sentar no altar. Conforme os anos foram passando, comecei a sentir algo mais sério com relação a servir ao altar.
Iniciei a catequese na igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lorena (SP), onde, alguns anos mais tarde, também fui coroinha e acólito e também comecei a fazer parte das formações na Paróquia de São Roque, na arquidiocese de Aparecida.
Ao longo de todo o meu tempo de formação, tanto em Aparecida como em Lorena, pude adquirir algumas experiências, aprender sobre liturgia, me dedicar mais à Igreja. Fui me aprimorando, tomando conhecimento das coisas e amadurecendo em relação a seguir uma “carreira” de acólito.
Acolitar na Casa da Mãe
Senti o chamado de servir no Santuário Nacional em 2017, quando o Pe. Reinaldo, na época diácono, abriu uma exceção para que eu entrasse para o CACO (Clube dos Acólitos e Coroinhas), que já havia encerrado o período de inscrição e iniciado as formações.
Então entrei para o “time do Santuário”. Confesso que não foi nada fácil, mas a fé e a esperança em Deus e em Nossa Senhora me mantiveram firme para que eu seguisse em frente. Servir a Deus é uma escolha belíssima e me faz sentir bem. É muito importante ter humildade e acolher bem quem vem até a Casa de Nossa Senhora.
Ser acólito na Casa da Mãe é muito gratificante, é uma verdadeira emoção, é se sentir acolhido e protegido sob o manto da Mãe Aparecida.
Eu sempre carreguei em meu pensamento que servir no altar da basílica não é se achar melhor que ninguém, não é estar ali pela TV ou por aparência; é estar ali por amor a Deus, de servir a Deus e a Mãe Aparecida com toda alegria e dedicação. Atuar aqui é estar também à disposição dos devotos de Nossa Senhora, tratar todos com muito carinho e atenção, porque acolher bem também é evangelizar.
A Pastoral
A Pastoral dos Coroinhas e Acólitos é um berço de vocações. Essa missão da pastoral, juntamente com os nossos diretores espirituais, representa um trabalho vocacional importante: hoje, o coroinha ou o acólito que serve ao altar, futuramente pode assumir outros ministérios leigos ou até mesmo descobrir um chamado à vida religiosa ou sacerdotal.
Essa promoção vocacional, tão eficaz e assertiva, não se trata de sugestionar ou forçar as crianças e os jovens a esta ou àquela vocação, mas contribuir para um ambiente agradável de descoberta e de êxtase do que Deus tem para cada um. A pastoral tem como primeiro responsável, o Reitor, Pe. Eduardo Catalfo, seguido depois pelos nossos diretores espirituais, Ir. Antônio e Pe. Diego e, por fim, pelos dois coordenadores, eu e a Maria Eduarda Lemes.
Hoje, com 20 anos, vejo quantas bênçãos já recebi em minha vida servindo na Casa da Mãe. Estar aqui é uma missão belíssima, e é sempre bom poder trabalhar em harmonia e em sintonia com os diretores espirituais, os acólitos e os coroinhas. Muitas vezes, peço forças à Padroeira do Brasil para seguir em frente, pois sozinho não consigo caminhar; é preciso da união do grupo como um todo. "De mãos dadas e unidos, não mais além"!
Fique ligado(a):
No próximo domingo (24/10), na missa da 18h, acontecerá a investidura dos novos coroinhas e acólitos do Santuário Nacional. Rezemos, desde já, pelo despertar de novas vocações.
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