I. Características Gerais dos Nossos Santos
Nossos santos e nossos beatos têm algumas características em comum:
1) Nossos santos são homens fora da regra: Não homens especiais, anormais, ou deslocados no grupo em que vivem, como um tipo raro e não imitável. Sua especialidade consiste, sobretudo em colocar em ação, não o rotineiro da vida redentorista, mas especialmente a capacidade de saber ser redentorista de acordo com o mais profundo de nossa vida: descobrir os mais abandonados e a melhor maneira de socorre-los com grande zelo e iniciativas sempre novas. Alguns se caracterizaram não tanto pela novidade mas pela sempre renovada maneira de agir extraordinariamente assumindo o melhor de nosso carisma.
Sempre se deve ter em conta que o carisma não se fixa nas obras, mas na intuição pastoral de sempre procurar novos modos de atender à finalidade. Isso se chama fidelidade criativa. Não se fixar em formas, mas fixar-se no essencial, que vai sempre indicar novas formas.
O próprio S.Afonso compreendeu isso quando, segundo Tannoia, respondeu aos napolitanos que riam dos redentoristas que viviam nos Estados Pontifícios que iriam mandar os dois novos confrades alemães para fundar na Europa Norte: “Alguns dos nossos riam-se da casa sonhada pelos pontifícios na Alemanha. Afonso não. Tomando conhecimento dos santos desejos destes dois alemães, alegrou-se extremamente. Deus, disse, não deixará de propagar por meio destes dois sua glória nesta parte do mundo. Na falta dos jesuítas, aqueles lugares ficaram meio abandonados. As missões lá serão diferentes das nossas. Ali é mais útil, porque estão no meio de luteranos, e calvinistas, as catequeses que as pregações, e depois preparar as pessoas para deixar o pecado. Podem fazer muito bem estes bons sacerdotes, mas tem necessidades de maiores luzes. Acontece em seguida a fundação, como vou dizer depois, não em Viena, mas em Varsóvia “(Vita di Sant’ Afonso IV, 17-148).
S. Clemente não teve dúvidas, mesmo querendo fazer como faziam os napolitanos, continuaram tendo criatividade de encontrar formas adequadas para o carisma. Deus dá o carisma a um grupo. Este anima a atualizá-lo.
2) Não somos uma escola de espiritualidade: Um elemento a se encontrar em nossos santos e na própria santidade proposta pela espiritualidade redentorista, é que não somos santos de um modelo espiritual particular. Temos a espiritualidade normal do povo de Deus, da Igreja, e atualizamos esta santidade num modo concreto proposto pelas Constituições: o trabalho apostólico é intimamente conexo com a vida espiritual. Mesmo que tenha sido claro, os que se santificaram seguiram a intuição carismática: ser santo e agir pastoralmente como uma única realidade. Santos, mesmo tendo a força da tradição, sempre souberam improvisar e criar novos modos de se viver a santidade.
3) São homens de grande dinamismo apostólico: Os santos foram de grande força apostólica e homens de uma capacidade muito trabalho e procuravam por todos os meios levar os outros ao caminho da santidade. Foram confessores e diretores espirituais de grande peso. Viveram situações adversas a uma normal e serena vida de comunidade. Foram empreendedores e criadores de grandes novidades (Neumann: as escolas católicas - Sarnelli, a luta contra a prostituição e o encaminhamento das prostitutas - Afonso propondo uma nova moral e uma nova espiritualidade).
4) Procedem de fontes boas: Todos eles têm uma grande influência de suas famílias e uma vida no meio do povo, vivendo do que o povo vivia para manter sua fé e sua espiritualidade, dando a tudo isso um conteúdo novo. Viviam da Igreja e se assumiram sua vida dando sua contribuição significativa.
5) Regra redentorista como fonte: A raiz da espiritualidade desta gente está na observância do espírito e da prática de uma regra muito detalhada. Já desde o noviciado, há uma regra que dá o espírito busca da santidade e dá a receita desta santidade. Notemos que esta regra, foi a fonte de iluminação para todos os nossos santos. Os primeiros não tinham a regra detalhada, mas a partir de 1749 e sobretudo 1764, houve um trabalho de fazer as constituições que detalhou excessivamente a vida da comunidade, contra o espírito do fundador. Com Pe. Passerat houve acentuação do espiritual conventual depois de todo o espírito conventual implantando por Passerat que não era o tradicional napolitano. Souberam viver a regra como inspiração, não somente como uso. A letra não abafou o espírito.
6) Estilo de vida: simplicidade, característica popular. Geralmente são homens que fazem parte do cotidiano da vida, sem excentricidades (S. Geraldo é carismático). Vivem a vida normal de Igreja, muito desapegados e ligados ao essencial: busca de Deus e obra apostólica. São populares e acessíveis ao povo. Misturavam-se com as pessoas. Ligados a uma pastoral direta. Igualmente em seus trabalhos e ministérios em no povo a referência primeira.
7) Opção pelos mais abandonados: Todos os nossos santos foram especialistas em se dedicarem aos mais desprovidos e necessitados, seguindo o exemplo do fundador. Sem esta caracaterística fica difícil de entender nosso carisma e viver a santidade.
8) Grande amor a Maria: Como o fundador, S. Afonso, os redentoristas, de modo particular os santos, sempre foram grandes devotos de Nossa Senhor. O motivo é simples: Como anunciamos a Copiosa Redenção, vemos sempre Maria junto ao Filho na obra da Redenção. S. Afonso dizia que o verdadeiro devoto de Maria não se perde, pois encontrar Maria é estar junto de Jesus.
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