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Espiritualidade da visitação na missão redentorista

Uma espiritualidade da visitação faz-se necessária para o bom êxito do trabalho

Escrito por Pe. Ivair Luiz da Silva, C.Ss.R.

03 ABR 2023 - 14H30 (Atualizada em 03 ABR 2023 - 16H18)

Thiago Leon

Leia MaisExiste uma mensagem especial para cada grupo durante as Santas Missões? Como o povo acolhe as Missões Redentoristas?Nossa Senhora Aparecida nas Missões RedentoristasDentro do esquema e metodologia das Santas Missões Redentoristas, temos a segunda fase chamada “Missão nas famílias”. Nesta fase, o coordenador de setor e seu grupo reúnem as famílias pela oração em comum, pela reflexão bíblica e partilha, despertando: amizade, relacionamento, interesse e conhecimento mútuo entre as famílias de seu setor.

A Missão nas famílias atinge a todos os ambientes de uma comunidade, como casas, apartamentos e até mesmo os condomínios fechados. Para esse trabalho de evangelização, contamos com a cooperação dos leigos locais, que vão de casa em casa levando a Boa Notícia e o “andorzinho” com a imagem de Nossa Senhora. Todos os ambientes devem ser atingidos pela luz – fermento do Evangelho, em missão abrangente, constantemente, capilar. Igreja em estado de missão!

É um serviço de Evangelização que a Igreja sempre realizou, desde a sua fundação com Jesus Cristo, seu Senhor e Rei, e que nós, Redentoristas, fazemos na segunda fase da missão. É fazer visitas de casa em casa para anunciar a Pessoa e o Evangelho de Jesus Cristo, conhecer a realidade das pessoas, ouvi-las e fazê-las conhecer a Deus mais de perto.


Santas Missões Redentoristas foram retomadas após dois anos de paralisação por conta da pandemia


A fé cristã nos convoca a uma vida de comunidade. Hoje há uma forte tendência das pessoas se isolarem e caírem no individualismo. Mais da metade dos católicos têm prática religiosa rara ou nula. Muitos frequentam mais de uma religião. Outros têm pouca formação catequética. Há ainda os "afastados" e os "indiferentes". Por estas razões, uma espiritualidade da visitação faz-se necessária para o bom êxito do trabalho.

O primeiro traço da espiritualidade da visitação é nunca esquecer que somos chamados para a missão. Quem nos chamou e enviou foi o próprio Deus para o serviço do Reino. Recebemos este chamado através dos mensageiros de Deus. E quem responde positivamente ao chamado, o faz na gratuidade, na disponibilidade, no espírito de comunhão e de escuta aos irmãos, e na participação enriquecedora no diálogo transparente no anúncio de Jesus Cristo.

Esta espiritualidade repete a experiência de despojamento de João Batista: "é preciso que Ele cresça e eu diminua“(Jo 3,30). O coordenador evangelizador vive a intimidade com Deus e se entrega a Ele com confiança, porque sem essa virtude não há amor, não há fé, não há esperança. Ninguém conhece realmente a Deus sem confiar no seu amor que é capaz de tudo porque quer nos salvar. Ele é chamado ainda a fazer a união entre a ação e a contemplação, entre o encontro com Deus e o encontro com o irmão.

O outro traço importante da espiritualidade do visitador é a alegria com que presta seu serviço. O Novo Testamento está cheio dessa palavra, relacionada com a vida cristã e particularmente com a missão do evangelizador:

Jesus convoca os seus para a missão "para que seja completa" a alegria de seus discípulos (Jo 16,20; 17,13);

Descobrir o Reino de Deus é a grande alegria (Mt 13,44);

A vida do apóstolo é alegria (Fl 1,4);

A vida cristã é permanente motivo de alegria (Fl 4,4);

O serviço deve ser prestado com alegria (Rm 12,6-8; 2Cor 9,7).

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Visitadores têm a missão de escutar e adaptar-se a outras culturas descobrindo seus valores


Esta alegria contagiante é como a visita de Deus visitando famílias através do coordenador e auxiliar. Sua vida é testemunho de Deus para com todos os homens e as mulheres. Ele tem a missão de escutar e adaptar-se a outras cultura, descobrindo seus valores, sem sentir-se superior a ninguém. Tem convicções profundas, porém, nem por isso considera-se o único possuidor da verdade. Ele valoriza as pessoas, aprende a valorizar a hospitalidade e a acolhida dos pobres. Por isso, gosta da presença do povo e ser rodeado por ele. Ele não vive à margem dos problemas do seu povo, nem cai em atitudes paternalistas. Leva na sua formação uma grande sensibilidade humana e social com um forte sentido de justiça e verdade.

A fé em Deus e o amor profundo e pessoal a Cristo sustentam o missionário. Se não houver fé, não há missão. Da fé nasce sua paixão pelo anúncio do Evangelho. Faz parte desta espiritualidade, a oração sem desanimar, pois, ela alimenta cada dia a fé. Na oração e na escuta da Palavra de Deus, o missionário aprende a construir o Reino, com perseverança e coragem. Esta espiritualidade deve acompanhar o missionário durante a missão da perseverança junto ao seu pároco coordenador paroquial.

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