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Ícone é o nome dado a uma pintura que é carregada de significados sagrados e leva seu observador à oração. Por isso, um ícone não é apenas um quadro ou uma obra de arte a ser admirada.
O Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro segundo a tradição, surgiu na Ilha de Creta entre os séculos 13 e 17. O quadro representa a Virgem da Paixão com o Menino Jesus nos braços.
Essa imagem mariana foi pintada para animar a esperança e a oração dos cristãos e sua profunda mensagem espiritual transparece em sua beleza artística.
O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro constitui uma pintura bizantina, uma das “Virgens da Paixão”, que destacam o significado da Paixão de Jesus e da intercessão da Mãe de Deus em favor da humanidade.
É muito mais que a lembrança de uma pessoa ou de um fato transcorrido. Recorda-nos as pessoas de Cristo e de Maria no mistério da Redenção. O quadro feito de madeira tem 53 centímetros de altura por 41,5 de largura.
Atualmente, o quadro original encontra-se na Igreja de Santo Afonso, em Roma. É considerado um ícone mariano com rico simbolismo de formas e cores. O Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é formado por quatro figuras: Nossa Senhora, o Menino Jesus e dois arcanjos.
No quadro, os arcanjos mostram ao Menino Jesus os instrumentos de sua Paixão. Assustado ele corre aos braços da Mãe, e por causa do movimento brusco desamarra a sandália. Maria o acolhe com ternura e lhe transmite segurança.
O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao Menino, mas a nós. Porém, sua mão direita nos aponta Jesus, o Perpétuo Socorro.
As mãos de Jesus estão nas mãos de Maria. Gesto de confiança do Filho que se apoia na Mãe. Na riqueza de seus símbolos, o ícone bizantino tem ainda muito a revelar.
Todo o quadro é dourado e dele saem reflexos ressaltando as roupas e simbolizando a alegria do céu, para onde caminhamos levados pelo Perpétuo Socorro de Maria.
As letras em grego acima da sua cabeça a proclamam Mãe de Deus.
São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice da amargura.
São Gabriel segura a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.
As letras IC XC indicam o nome de Jesus Cristo em grego.
A estrela no véu de Maria é a estrela-guia, que nos conduz como conduziu os reis magos, ao encontro com Jesus. Que nos guia no mar da vida até o porto da salvação.
Os grandes Olhos de Maria, voltados sempre para nós, a fim de acolher-nos e ver todas as nossas necessidades.
A Boca de Maria guarda o silêncio. Ela que falava pouco, mais comunica muito a partir do seu olhar sereno. Guarda tudo em seu coração.
A Túnica Vermelha distinguia as virgens do tempo de Nossa Senhora. Sinal de pureza, mas também da força da fé.
Maria, ao mesmo tempo que nos acolhe com o seu olhar, com a mão aberta nos indica Jesus Cristo como nosso Redentor, nosso Perpétuo Socorro.
As Mãos de Jesus apoiadas nas mãos de Maria, significando confiança total e que por ela nos vêm todas as graças.
A mão esquerda de Maria sustenta Jesus. A mão que apoia, acolhe e protege aqueles que, nos sustos da vida, correm para os braços da Mãe.
Manto Azul referência das mães daquela época. Maria é a Virgem-Mãe de Deus.
A sandália desatada - símbolo talvez de um pecador preso ainda a Jesus por um fio - o último - a devoção a Nossa Senhora. Nos desesperos da vida, assustados pelas dificuldades e medos, corremos o risco de perder-nos. Mas resta ainda um fio que nos une à salvação.
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Por Redação, em Redentoristas