O ano de 2021 marca os 150 anos da proclamação de Santo Afonso Maria Ligório como Doutor da Igreja. Foi no dia 11 de março de 1871 que os cardeais, de forma unânime, declararam que o fundador dos Missionários Redentoristas merecia o título reservado aos Doutores da Igreja por sua grande contribuição para a compreensão de algum ponto da doutrina católica e sua vivência.
Santo Afonso tinha sido canonizado há apenas 32 anos (26 de maio de 1839) e isso poderia ter sido um empecilho para receber esse importante título, já que é preciso que uma doutrina ofereça as garantias de perenidade que a Igreja exige daqueles em quem aponta os pilares da fé.
No entanto, desde 1839, os arcebispos e bispos do Reino de Nápoles solicitaram a nomeação de Santo Afonso como Doutor da Igreja. Entre esses bispos estava o futuro Papa Pio IX. Até foi apresentado um abaixo-assinado ao papa Gregório XVI, mas o assunto não teve seguimento.
Depois da canonização de Santo Afonso, entre 1839 e 1865, suas obras foram traduzidas para várias línguas e a sua teologia moral altamente recomendada pela Santa Sé, estava nas mãos do clero. Milhares de livros se espalharam pelos países, as obras dogmáticas e ascéticas ficaram mais conhecidas do que nunca, graças à tradução francesa dos padres Dujardin e Jules Jacques; finalmente, várias biografias de Santo Afonso foram publicadas .
O padre Nicolas Mauron, superior geral na época, considerou que era chegado o momento e, por sua ordem, foi elaborada uma petição para pedir à Santa Sé as honras do Doutorado de Santo Afonso. Submetida ao exame dos bispos, esta petição recebeu os votos da grande maioria do episcopado de todo o mundo. Diante de um pedido tão imponente, e do qual a história não conhecia outro exemplo, o papa Pio IX, depois de ter seguido os detalhes com considerável interesse, ordenou à Congregação dos Ritos que examinasse esta importante causa, e desse modo iniciasse este grande processo.
A ação foi debatida, o julgamento defendido, com a gravidade que exigia algo de tamanha importância. Foi então, que em 11 de março de 1871, os cardeais unanimemente concederam o título a Santo Afonso.
No dia 23 do mesmo mês, um escrito do papa Pio IX aprovou e confirmou esta decisão memorável e, em 7 de julho de 1871, ele também conferiu solenemente a Santo Afonso, nosso Fundador, a gloriosa nomeação de Doutor da Igreja.
“Ó Doctor optime, Ecclesiae sanctae lumen, Beate Alphonse Maria, deprecare pro nobis Filium Dei.”
:: A benignidade na Teologia Moral de Santo Afonso
O pontificado de Pio IX foi fortemente marcado pela presença de Santo Afonso. Foi este mesmo papa que entregou aos Redentoristas o ícone original de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para que eles a divulgassem sua devoção em todo mundo e preservassem sua memória.
Santo Afonso escreveu 123 obras, das quais já existem mais de 21 mil edições. Sua mensagem pode ser lida em mais de 70 línguas.
Fonte: santalfonsoedintorni.it
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