São João Paulo II deixou como herança para as Monjas Redentoristas uma calorosa mensagem sobre a vida da Beata Maria Celeste Crostarosa.
Naquela ocasião, 31 de outubro de 1996, era celebrado o tricentenário de nascimento da religiosa, que fundou a Ordem do Santíssimo Redentor (1696–1996).
A religiosa até então não tinha sido beatificada e quem imaginaria que o Papa se tornaria um santo para a Igreja.
Em seu discurso, São João Paulo II deixou 7 mensagens para as religiosas, que também podem servir para a vida cristã. Em algumas delas, o santo papa indica características da espiritualidade da beata, que ele retirou cuidadosamente de seus escritos. Confira!
CRISTO NO CENTRO
A proposta espiritual de Madre Celeste é profundamente cristocêntrica.
“Articula-se em torno do mistério do Verbo Encarnado que o Espírito atualiza incessantemente em nós, transformando a nossa vida na sua: Cristo pode assim ‘renascer no mundo nas almas dos seus entes queridos’” (cf. Autobiografia).
TRANSFORMAÇÃO NA EUCARISTIA
Ela faz referência constante à Eucaristia como fonte de transfiguração.
“Com efeito, indica a plena transformação eucarística como ponto de chegada de todo o caminho espiritual: ‘Fui à Sagrada Comunhão e tu me transmutaste em ti, porque entrei na humanidade da tua Palavra divina e comecei a me sacrificar ao Pai por todos os homens’ e a saborear ‘méritos e graças’ que, por sua paixão, Cristo difunde a ‘todas as almas dos fiéis’, unindo-os e glorificando-os na sua 'humanidade unida ao Verbo’” (cf. Irmã Maria Celeste Crostarosa, Retenção da alma com seu Esposo Jesus [manuscrito não publicado], 147).
SEMELHANÇA COM O REDENTOR
Irmã Celeste acrescenta outra característica igualmente importante: a viva memória brota necessariamente da imitação.
“Os Redentoristas deverão imprimir neles ‘a vida e a verdadeira semelhança’ do Redentor, tornando-se ‘um retrato vivo e animado’ (cf. Spicilegium Historicum). Nunca se deve esquecer, porém, que se trata de uma imitação por participação operada pelo Espírito, que não se cansa de traçar em nós a plenitude da semelhança de Cristo”.
CONTEMPLAÇÃO
A contemplação deve ser o centro da vida da comunidade.
Leia MaisJoão Paulo II e os Redentoristas3 pedidos de São João Paulo a Nossa Senhora do Perpétuo SocorroA oração de João Paulo II a São João Neumann “Deve ser o olhar fixo em Cristo para se deixar irradiar e transformar nele pelo Espírito, de modo a se tornar um sinal transparente para os irmãos para a glória do Pai. Tudo isto exige um empenho incessante e amoroso no aprofundamento do Evangelho, também segundo a indicação da sua Fundadora, que viu na passagem evangélica proposta diariamente pela liturgia a base de todo o dia”.
CARIDADE FRATERNA
A caridade fraterna que nasce da contemplação é graça.
“Deves saber partilhar com os teus irmãos por aquele acolhimento evangélico, constantemente lembrado pelas vossas Constituições. A oração assim vivida faz dos vossos mosteiros centros de acolhimento cristão para quem vai à procura de uma vida simples e transparente para encontrar em Cristo o sentido pleno da vida. Isso vale para todos, mas sobretudo para os jovens, hoje mais necessitados do que no passado de experiências fortes e mais expostos ao fascínio de manipulações alienantes. No entanto, saibam desenvolver tudo isso na fidelidade à herança afonsiana, que sempre preferiu os pobres”.
FIDELIDADE
A fidelidade exige a coragem da renovação incessante.
“Precisamos ‘repropor com coragem a iniciativa, a inventividade e a santidade dos Fundadores e das Fundadoras como resposta aos sinais dos tempos que estão surgindo no mundo de hoje’ (cf. João Paulo II, Vita consecrata, 37). É um desafio que a vida de clausura feminina deva viver hoje com particular coragem face à rápida evolução do mundo feminino: a vossa presença e o vosso testemunho são um contributo precioso, para que o caminho da mulher de hoje seja rico em profundidade espiritual autenticamente evangélica. A ‘fidelidade criativa’ convida também a procurar formas que permitem a toda a Ordem cuidar das situações de necessidade de cada mosteiro”.
PIEDADE MARIANA
É preciso contemplar a ação de Deus em Maria.
“A contemplação das ‘maravilhas operadas pelo Senhor em Maria’ e o esforço constante por ‘amadurecer uma piedade mariana cada vez mais verdadeira e profunda’, como afirmam as vossas Constituições, ajudam a dar-vos impulso e confiança”.
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