Nossa amada Igreja convoca seus filhos à preparação de mais um momento forte, um tempo de renovação da fé, a realização do “Ano Santo” ou “Jubileu da Esperança”. A convocação do Papa Francisco para 2025 traz como tema: “Peregrinos da Esperança”. A ação de peregrinar está na alma do povo de Deus, desde a saída do Egito em busca da Terra Prometida.
Jesus convoca um tempo novo de esperança
Ao longo da História de Salvação, os profetas ganham destaque como porta-vozes de Deus. O texto de Isaías 61,1-2, apresentado por Jesus em uma sinagoga de sua terra, Nazaré, como projeto de vida anunciado pelo profeta: “O espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a Boa Notícia aos pobres, a libertação aos presos e a recuperação da vista aos cegos, para dar liberdade aos oprimidos, e para proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18ss).
Está aí anunciado pelo próprio Jesus o advento de um novo tempo, cheio de esperança para os desesperançados, aqui representados por quatro grupos: pobres, presos, cegos e oprimidos. Vale salientar que o primeiro Jubileu ocorreu no ano 1300 e foi convocado pelo Papa Bonifácio VIII.
A convocação e o sonho de esperança do Papa
Na convocação da bula do Jubileu Ordinário de 2025, o Papa Francisco diz que no momento histórico atual em que, “esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência” (Spes non confundit, 8), e convida todos os cristãos a tornarem-se peregrinos de esperança.
Daí podemos perceber que o termo “esperança” ganha um sentido ativo, como diria nosso Paulo Freire, uma esperança do verbo “esperançar”. Trata-se de uma esperança ativa, profética, com olhar crítico nos sinais dos tempos e detectar neles os que são de morte e tiram a esperança do povo.
A Igreja nasceu levantando a esperança dos fiéis
Três mistérios estavam presentes no nascimento e missão da Igreja: a Cruz, a Ressurreição e Ascensão e o Pentecostes. A cruz, que era instrumento de condenação para bandidos, foi transformada em símbolo de esperança; a ressurreição e ascensão empoderaram os novos cristãos e, nem mesmo o martírio os impediu de crescer e testemunhar; o Pentecostes “incendiou a alma da Igreja” e mostrou que o Espírito Santo não é controlado pelos instrumentos de morte.
Assim, podemos afirmar que dois fundamentos básicos e profundos alimentam a esperança de quem crê: a salvação que Cristo nos ofereceu, mostrando que a vida não acaba aqui, e a certeza de um Deus que caminha conosco na luta por esperançar.
A “esperança” nas pastorais e nos grupos da Igreja
No Antigo Testamento Deus se assume como “Pastor” e delega seu poder aos Juízes, reis, profetas e sacerdotes. A Igreja hoje, por meio do “Jubileu da Esperança”, convoca seus inúmeros grupos: pastorais, movimentos, organismos, serviços, grupos de oração a transformar as pessoas em pessoas esperançosas. Para isso é necessário que nossas lideranças estejam em sintonia com a realidade, sejam críticas e enxerguem as “possibilidades possíveis”, isso as farão perceber que muitas ofertas de esperança da sociedade atual são verdadeiras ilusões.
A Festa da Padroeira do Brasil e o Jubileu
“Mãe Aparecida, acolhei-nos como peregrinos da esperança!” Sendo o Santuário Nacional a referência mariana e evangelizadora do Brasil, o tema da festa não poderia estar dissociado do Ano Santo Jubilar de 2025. O termo “peregrinar”, que consta no tema, está em sintonia com a vocação dos Santuários. Na “Casa da Mãe Aparecida” sua “porta santa” estará aberta para ser o “rosto de Deus” no Jubileu, sua Divina misericórdia.
Pe. Rosivaldo Motta, C.Ss.R.
Fonte: Texto escrito originalmente para a revista "Focus Provincialis"
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