Falar sobre empatia durante uma pandemia é uma reflexão muito importante. Essa situação devastadora de contaminação atinge a todos e é igualmente difícil para todos.
Segundo o missionário redentorista, padre Mario Boies, a empatia na tradição cristã é uma “atitude que favorece a experiência de caridade evangélica e amor ao próximo”.
Citando o teólogo moralista Jesuíta, Charles M. Shelton, a empatia que marcou a vida, a experiência e a pregação de Jesus é o “impulso interno e o impulso de viver o grande comando evangélico da caridade amorosa”.
Tomando o exemplo de Jesus Cristo que mesmo sendo Deus, e de maneira empática, aceitou a condição humana, unindo-se aos sofrimentos associados à fragilidade humana (cf. Fil 2, 7; Hb 4, 15; Hb 5, 2), podemos perceber como Jesus praticou essa virtude.
Leia MaisCardeais farão doação aos que sofrem dificuldades devido à pandemiaAplicativos unem famílias durante a pandemiaPapa reza por aqueles que ajudam em meio à pandemia Nos Evangelhos, é possível reconhecer essa empatia de Jesus, cheia de compaixão e preocupação pelas pessoas e multidões, que buscava aliviar seu sofrimento, como por exemplo, na parábola do bom samaritano (Lc 10, 25-37), ou do Pai misericordioso (Lc 15, 11-32).
Como esses exemplo, percebemos claramente que, no centro dessa pandemia de Covid-19, Jesus Cristo se aproxima de nós, Ele está conosco. Exatamente como o Papa Francisco nos lembrou durante sua bênção Urbi et Orbi no dia 27 de março, na Praça de São Pedro. O Senhor “cuida de nós” e “não nos deixa à mercê de a tempestade”.
Nesse sentido, são impressionantes as palavras do Papa, que nos convidam a tomar ações éticas de solidariedade que trazem esperança.
Esse teste também nos permite tomar consciência de nossa necessidade de transcendência espiritual em face da fragilidade e morte humanas. No centro desse sofrimento, Jesus, cujas palavras e ações constituem os fundamentos da ética cristã, caminha conosco, ajudando-nos com sua esperança e a força do seu Espírito, e tal como o Papa Francisco nos convida a fazer:
“Vamos convidar Jesus a subir para o barco da nossa vida. Confiemos nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins. Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais”.
Essa certeza da presença empática de Jesus nos permite acreditar que atualmente estamos vivendo um calvário, certamente, mas que nos fará renascer em caminhos inesperados da vida, caminhos da ressurreição, caminhos da Salvação.
Duas realidades podem iluminar nossa busca por mais empatia, a exemplo de Jesus, e além dessas outras podem ser enumeradas.
1 - Os médicos e enfermeiros que sacrificam generosamente suas vidas sob o risco de cuidar dos pacientes com Covid-19;
2 - Todos que, para seu bem pessoal, para a proteção de outras pessoas e para o bem comum de nossas sociedades, aceitam fielmente "ficar em casa", a fim de viver serenamente e pacientemente em quarentena, a fim de evitar a propagação do contágio da Covid-19, etc.
Fonte: Com tradução e adaptação do blog da Academia Afonsiana.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.