O Concílio Vaticano II foi o acontecimento maior da Igreja no século XX. Sua convocação por João XXIII surpreendeu a Igreja e o mundo. Mas ele estava sendo a consequência de um conjunto de eventos eclesiais dos anos antecedentes. Com o final da Segunda Guerra Mundial vários movimentos doutrinais e pastorais deram passos nessa direção. Entre eles alguns destaques:
- Pio XII havia abrandado o rigoroso jejum eucarístico;
- Foram permitidas missas vespertinas;
- O movimento bíblico/exegético e os documentos pontifícios colocaram a Bíblia nas mãos do povo católico;
- O movimento litúrgico levou o povo cristão à participação ativa nas celebrações;
- Na França, considerada terra de missão, surgem os padres operários;
- Na Província, os formandos começam a dar passos pastorais.
A Rádio Aparecida promoveu grande apoio ao início conciliar. Numa celebração na Basílica pelo início do evento, dia 11 de outubro de 1962, foram apresentadas mais de trezentas mil cartas de adesão, frutos de campanha da Rádio.
Leia MaisMissões Redentoristas depois do Concílio Vaticano II A realização do Concílio e as realidades do mundo que ia acelerando suas transformações trouxeram grandes mudanças também para a vida e missão redentorista. Impunha-se uma pergunta vital: como evangelizar esse mundo que se transforma?
O Concílio consagrou formalmente:
- O conceito teológico de Povo de Deus;
- O conceito estrutural de protagonismo do leigo;
- O conceito eclesial de ecumenismo;
- O conceito pastoral de participação integrada nas alegrias, esperanças e sofrimentos da humanidade.
Aceitação Conciliar
Num primeiro momento a tarefa era acolher a ‘Primavera’ que João XXIII deslanchara. As Conferências de Medellín e Puebla foram concretizações da aceitação conciliar na América Latina:
- Proclamaram a opção pelos pobres, opção que nem o Concílio, nem Paulo VI conseguiram formalizar;
- Seguiram as inspirações da Teologia da Libertação que nascia;
- Formalizaram as exigências da necessidade de decidir por prioridades e urgências pastorais;
- Introduziram as práticas de ultrapassar o “fazer o que sempre se fez” pelo planejamento pastoral;
- Levaram às práticas do “ir” para as periferias.
O Capítulo Geral da Congregação, 1967 a 1969, em duas fases assume a tarefa de levar a Congregação a atualizar-se.
- Realiza-se pela primeira vez com a participação preparatória e intermediária de todos os congregados;
- Introduz os princípios da corresponsabilidade, da subsidiariedade, da obediência dialogada e responsável;
- Descentraliza a Congregação, responsabilizando as Unidades e as comunidades;
- Produz as Novas Constituições e Estatutos Gerais, assumidas como experiência;
- Cria o conceito de Vida Apostólica Redentorista, reorganizando em unidade a vida interna da comunidade e a ação pastoral;
- O Governo Provincial envia um bom número de confrades para cursos rápidos de atualização teológica, pastoral e pedagógica na Europa.
Leia também os demais artigos dessa série:
:: Redentoristas de São Paulo: de 1894 até os dias atuais
:: Redentoristas de São Paulo: a missão antes do Concílio Vaticano II
:: Redentoristas de São Paulo: as primeiras missões
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