Nós, humanos, expressamos nossa afeição através de atenções externas. Demonstramos nossa amizade, amor ou gratidão, por meio de sinais ou gestos cuidadosamente escolhidos e cuidadosamente organizados.
Um buquê de flores ou um livro é envolvido por um pacote delicado, ou acompanhado por uma palavra amorosa. Assim, nossos dons se tornam símbolos de nossa mais profunda afeição humana.
Deus também quer nos mostrar Sua amizade com sinais.
Ele escolhe algumas coisas muito simples: um pouco de pão e um pouco de vinho. Nesta perspectiva, algumas palavras e gestos sagrados fazem deste pão e vinho os sinais de Sua mais profunda afeição por nós. Na Festa do Santíssimo Sacramento, observamos amorosamente a Eucaristia, o presente de Deus para nós.
Quando olhamos para o anfitrião, notamos imediatamente que nosso Deus não é um governante que exige submissão. Não, Ele se torna pequeno para ser velado entre nós em nossos elementos cotidianos e terrenos: pão e vinho. Portanto, nosso Deus é um Deus humilde e modesto.
A Eucaristia é de fato inconcebível sem a cruz do dom de si mesmo em segundo plano. Olhamos para um pedaço de pão escasso, mas vemos o Corpo do humilde, o amor indefeso do Crucificado, que se entrega completamente por nós. Quem até este momento tem medo do Deus cristão é porque ainda não contemplou o suficiente a Eucaristia. A Eucaristia é o sinal da modesta doação de Deus, manifestada na total doação por nós. Mas a Eucaristia é também o novo Corpo ressuscitado do Senhor Jesus.
Após a Sua Ressurreição, os Seus discípulos gradualmente experimentaram que Ele estava vivo entre eles de uma maneira muito nova: Quando eles se reuniram em uma pequena comunidade, em alguma casa para partir o Seu pão, sentiram: Aqui recebemos comida, mas recebemos comida de um tipo muito especial.
Este pão não existe tanto para fortalecer nosso corpo. É oferecido em uma quantidade muito pequena, apenas para indicar que é alimento no sentido mais profundo da palavra, isto é, um alimento espiritual para nossos corações. Comemos pão e bebemos vinho, mas recebemos a potência do amor do próprio Jesus. “Quem me come e bebe realmente vive!”
Quando celebramos a Eucaristia, comemos e bebemos o Corpo e Sangue do nosso Senhor “Ressuscitado”
Nós recebemos o amor que venceu a morte. Quanto mais comemoramos a Eucaristia, mais participamos da vida ressuscitada com Ele. Cada vez mais experimentamos que o nosso amor já é mais forte do que tudo o que se opõe a ele, até a morte. Assim, o mundo inteiro gradativamente se torna o Corpo Ressuscitado de Cristo.
Esse organismo — composto de inúmeras funções, afetos, sentimentos e emoções, sendo algumas mais simples outras mais complexas —, que constitui o Ser Humano ainda sofre em muitos lugares: pense em nosso tempo no Iraque, no Congo, no Afeganistão, nos Estados Unidos da América, no Brasil, ou nos muitos momentos em que nós mesmos cometemos violência. Não obstante, esse Corpo está emergindo lentamente onde quer que o nosso amor já supere o ódio. A Eucaristia é o sinal de esperança, para que o nosso amor seja mais forte que a morte.
Leia MaisFrases sobre a importância da Adoração Eucarística de Santo AfonsoA “Vida Real” significa “Viver Unidos”. Nós, cristãos, temos um ideal a respeito da nossa sociedade, no qual ela se harmonize como uma magistral Sinfonia, em que uma simples nota tem o seu valor incomensurável, no conjunto da obra: Ousamos esperançar que a mesa da Eucaristia continue a crescer, em uma grande mesa onde todos possam sentar-se, ricos e pobres, brancos e negros, os amigos, mas também aquelas pessoas que temos dificuldades ao relacionar. Até o momento presente não vivenciamos este grau de maturidade humano-afetiva. Mas, queremos começar em algum lugar, inseridos no meio do nosso mundo ainda dividido, dar um primeiro passo, com convicção e clareza, à direção da Integralidade da Vida.
Este pão e vinho partilhado é a prova cabal, da possibilidade real, de um novo mundo de unidade, comunhão fraterna e sem distinção. Ao celebrarmos juntos, recebemos o Espírito da profunda união, segundo a qual nos tornamos um só povo, cuidado e animado pela amorosidade do Deus de Jesus de Nazaré.
A Eucaristia é o sinal da nossa unidade crescente. É o que aprendemos na Festa do Santíssimo Sacramento, quando tomamos um tempo — não submisso do passado, pois o passado é o presente que foi; não dependente do futuro, porque o futuro é o presente que ainda não é; e o presente deixa de ser presente a medida que é — para olhar o presente de Deus ofertado para nós com confiança, audácia e amabilidade.
No pão e no vinho, vemos que o nosso Deus quer ser a Vida Real para nós, como um amor que se doa completamente, como um amor que é mais forte que a morte, como um amor que é uma fonte de poder para nossa ampla aliança com a humanidade.
:: Como o primeiro milagre eucarístico fez repercutir a Festa de Corpus Christi
Oxalá, cuidemos amorosamente de uma pessoa, ofertando integralmente o nosso ser. Destarte, estaremos cuidando de todos os seres humanos, pois, no rosto deste sujeito autônomo, vulnerável, poderemos reconhecer as faces de todas as pessoas, a humanidade em potencial, resguardando a sua identidade e autenticidade através do comprometimento absoluto pela Dignidade da Vida.
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