São Clemente Maria Hofbauer foi um santo redentorista que ficou famoso ao expandir a congregação para a Europa. Ele é até chamado de “segundo fundador” depois de Santo Afonso Ligório por este feito. Contudo, como na vida da maioria dos santos, o fracasso acompanhou São Clemente no mesmo passo e, algumas vezes, à frente de suas conquistas.
Às vezes, ao ler a vida dos santos, tendemos a concluir “maravilhoso, para ser admirado, mas dificilmente para ser imitado”. Mas todos nós temos em comum algum contato com o fracasso; na verdade, podemos nos sentir presos ao fracasso ou com medo do fracasso.
Talvez o fracasso mais público e dramático para São Clemente tenha sido o fechamento da Igreja de São Benno, sua primeira fundação. A prisão e eventual deportação da comunidade presente em Varsóvia, foi o fim da Congregação transalpina por um tempo e acabou desencadeamento o fracasso de muitas, senão de todas, as fundações que ele fez em toda a Europa. Da França à Romênia, o santo redentorista viu seus esforços falharem.
São Clemente vivenciou o fracasso devido a forças políticas e religiosas e mesmo por suas próprias limitações. Não é difícil identificar algumas das maneiras pelas quais Clemente lidou com as várias falhas de sua vida e como nós também podemos lidar com nossas próprias limitações e falhas.
Entre as máximas espirituais de Clemente, uma indica sua preocupação em como reagir diante do fracasso pessoal:
“Quando estamos cientes de que falhamos e erramos, devemos nos humilhar diante de Deus, implorar seu perdão e depois seguir nosso caminho em silêncio; nossos defeitos devem nos tornar humildes, mas nunca desanimados”.
A orientação espiritual deste santo traz à mente um conselho bem pontual de Santo Afonso em ‘A verdadeira esposa’:
“Ficar com raiva de nós mesmos [quando falhamos] não é humildade; é uma forma sutil de orgulho que nos faz esquecer as pessoas fracas que realmente somos. Ficar com raiva de nós mesmos depois de uma falha é um defeito muito maior do que a própria falha, pois pode levar a toda uma cadeia de outras falhas”.
O conselho de Clemente de “seguirmos nosso caminho em silêncio”, vindo de um homem de energia e determinação incomuns, é uma compreensão profunda de como lidar com nossas próprias falhas e pecados.
:: Dez fatos interessantes sobre São Clemente Hofbauer
Leia MaisClemente Hofbauer: o santo com um "coração sem fronteiras"5 vezes em que São Clemente foi pobre com os pobresSão Clemente, uma experiência de santidade que ainda hoje é relevanteSão Clemente Maria Hofbauer: um homem de amizade e networking Outra característica da luta de Clemente com os fracassos e contratempos vem da dimensão contemplativa de sua vida. Quando as provações e fracassos o perseguiram, ele foi capaz de retirar-se para aquele eremitério do coração e encontrar novamente o Deus de toda consolação - e a consolação de Deus.
Sem uma dimensão contemplativa em nossas vidas, como enfrentar nossas próprias fraquezas ou como enfrentar as dificuldades e fracassos da vida?
São Clemente fez muito em vida. Mesmo depois de ter sido expulso da Polônia, ele conseguiu se reerguer em Viena, na Áustria, onde ele é considerado "Apóstolo" por sua grande contribuição para a Igreja daquele país. Mesmo ali, ele sofreu perseguições e o seu "segundo sonho" de uma fundação redentorista, só se concretizou após a sua morte.
Este santo redentorista é admirado por sua disposição e seu dinamismo missionário, por ser alguém capaz de superar limitações e de se abrir a novas perspectivas para a missão compartilhada.
Fonte: Trecho adaptado, extraído de publicação do Centro de Espiritualidade Redentorista. Este texto foi escrito por Sean Wales, CSsR . Oração: Cristian Bueno, C.Ss.R
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