O Governo Geral da Congregação Redentorista decidiu proclamar o Ano Clementino em homenagem aos 200 anos da morte de São Clemente Maria Hofbauer, de 15 de março de 2020 a 15 de março de 2021. O superior geral padre Michael Brehl dirigiu algumas palavras a toda a família redentorista no mundo em virtude desta celebração tão especial. Confere!
A contribuição de São Clemente para a história e o desenvolvimento da Congregação do Santíssimo Redentor deixou uma marca duradoura em nossa espiritualidade e missão.
Durante esse Jubileu, será lembrada a pessoa e obra deste santo redentorista, cuja “vida se baseava no amor a Deus e na Santa Igreja e no desejo de levar almas a Deus”, como afirmavam aqueles que o conheciam pessoalmente. Clemente viveu em um período muito difícil do ponto de vista político e religioso. Foi um período hostil à Igreja e à vida religiosa, e ele abriu um caminho para a renovação cristã. Graças a ele, o renascimento da vida religiosa em Varsóvia e Viena ocorreu.
Dessa história devemos recordar alguns aspectos muito importantes que iluminam a vocação redentorista na atualidade. Confere!
São Clemente viveu em uma era histórica muito diferente da nossa, seria um erro simplesmente imitar ou copiar seu trabalho e espiritualidade. Por outro lado, Clemente nos ensina sobre certos aspectos da vocação religiosa que são muito relevantes hoje: o valor da oração e da fidelidade a Deus, o zelo missionário evangélico e o cuidado com os abandonados e os pobres, parceria em missão com leigos e mulheres, fidelidade à Igreja e perseverança no carisma de nossa Congregação.
De Clemente, podemos aprender a viver em comunhão com Deus e, ao mesmo tempo, ser apóstolos zelosos, dedicados a proclamar o Evangelho aos mais pobres e abandonados. Como Santo Afonso, seu gênio reside na fusão harmoniosa da vida interior e da atividade apostólica. Essas duas dimensões da santidade frequentemente correm o risco de serem separadas. Para os Redentoristas, a vida interior sem uma missão ativa no mundo não edificará o Reino de Deus. O apostolado missionário ativo e o cuidado das pessoas, sem paixão e calor interior do coração, seriam reduzidos a ações puramente externas.
A força e o zelo de Clemente na realização do apostolado estavam enraizados em sua fé infalível e total confiança em Deus. Ele costumava repetir para os confrades: “Que Deus o guie e tudo ficará bem”. Não devemos esquecer que ele frequentemente ministrava em um ambiente muito hostil, confrontado com inimigos ferozes da Igreja. Nas discussões com as pessoas que o atacavam, ele repetia sem hesitar:
“Certamente sou um grande pecador, um homem cheio de misérias, mas possuo um tesouro que Deus me deu, o tesouro da fé e uma fé tão forte. que eu não gostaria de trocá-lo com mais ninguém. Sou católico da cabeça aos pés”.
:: Dez fatos interessantes sobre São Clemente Hofbauer
Uma preocupação constante de Clemente era formar homens e mulheres leigos comprometidos como apóstolos. Logo após sua chegada a Varsóvia, ele começou a reunir grupos de leigos, que ele formou e preparou para o apostolado em vários campos da vida da Igreja. Em 1788, ele deu à luz uma comunidade de fiéis leigos, chamados Oblatos, ou seja, aqueles consagrados a Deus. Clemente lhes disse que os principais objetivos dos Oblatos incluíam santificar a própria vida, seguir Jesus com todas as forças, ouvir a palavra de Deus, participar de círculos de oração e da vida sacramental da Igreja, cultivando a confiança no Santo Padre e no ensino da Igreja e divulgação da imprensa católica, particularmente bons livros. Chegando a Viena, sua presença se tornou um “centro missionário”, um local de encontro especialmente para jovens, principalmente para estudantes universitários que o escolheram como professor, como conselheiro e como amigo.
São Clemente também se distinguiu por seu grande amor pela Igreja e pelo Santo Padre. Nos seus sermões, ele costumava repetir: “Quem se recusar a ter a Igreja como mãe, não terá Deus como Pai”. Ele exortou todos a orar pelo Santo Padre e incentivar outros a fazer o mesmo. Essa oração fortaleceria sua identidade católica e também ajudaria o Papa em suas responsabilidades.
Ele também nutriu grande estima e amor filial por nosso Fundador, Santo Afonso Maria de Ligório, e tentou com todo o seu poder permanecer fiel ao carisma da Congregação. Ele instilou em seus confrades o amor pelo Fundador e pela Congregação, como um deles testemunhou durante o processo de beatificação:
“Foi ele, Clemente, quem incutiu em mim o amor por Santo Afonso e sua Congregação. Eu o ouvia pessoalmente, e ele sempre falava com o maior amor de seus confrades italianos em Roma, e por isso estava me inflamando com grande amor por Santo Afonso e pela Congregação”.
O amor de Clemente por seu próximo, especialmente pelos mais pobres e abandonados, surgiu de seu grande amor por Deus. Ele foi chamado de “pai dos pobres”, porque os pobres, os abandonados e os marginalizados encontraram nele um companheiro e amigo sincero. Ele morava perto dos pobres, sendo ele mesmo pobre e, o que quer que tivesse, generosamente compartilhava com eles. Ele costumava passar tempo com os doentes e moribundos, preparando-os, através do sacramento da reconciliação, para o encontro com Cristo Redentor.
JUBILEU – Ao final, o padre Michael Brehl ainda deixa a expressão do sentimento que deve guiar a congregação neste Ano Clementino.
“Que este Jubileu nos ajude a continuar com coragem a missão da Congregação! Como São Clemente, que possamos pregar o Evangelho sempre como testemunhas proféticas do Redentor em solidariedade à missão em um mundo ferido! Encorajo todas as Unidades e comunidades locais a planejar alguma atividade ou evento para celebrar São Clemente durante este ano do Jubileu e torná-lo conhecido entre aqueles a quem somos enviados hoje.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.