A vocação missionária requer que o Redentorista empenhe-se em abrir o coração, livre e largamente, onde o “projeto província” solicitar seu trabalho, sempre a firmar o carisma missionário de quatro em quatro anos.
Sei o quanto é importante saber formular esta singela frase: “Preciso ir!”, e o quanto interessa-nos a vida concreta de enviados ao povo de Deus, o compromisso de pertença.
Vivemos, neste início de ano, o partir e o chegar de confrades. Como é surpreendente constatar sobre o que move e sustenta um consagrado ao estilo de Santo Afonso! Esse ato de arrumar as malas e partir revela bastante o mistério da vida missionária. É bem um exercício para o caminho interior de fidelidade. É uma nova chance de ser feliz, dando certo com outra comunidade, outra ação evangelizadora.
Leia MaisDesafios da missão junto as mulheres Os desafios da Missão junto aos Meios de Comunicação SocialOs desafios da Missão junto aos migrantesÉ interessante, igualmente, observar como o coração inquieto dos que chegam sonha vastos horizontes. Lembro-me do poeta Novalis:
- Para onde vamos?
- Sempre para casa.
Assim, cada comunidade que assimila as partidas, acolhe as chegadas, redefinindo sua direção a algo maior.
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Na prática, a Comunidade Redentorista e uma Paróquia Redentorista nutrem seu espírito com as alegrias das obras realizadas pelo caminho percorrido até então. E renovam a esperança de um novo caminhar. Assim, nos ritmo das mudanças, nos vivificamos para além das saudades e das incertezas a que somos submetidos.
Viver é isso mesmo: seguir adiante, tendo consigo muitas expectativas e desejos, mesclados, por vezes, de alguns receios. Pois é: somos povo de Deus a peregrinar. Somos a “gente do caminho”, um caminho novo e vivo. Importa, pois, estar a caminho!
A doação de entregar alguns (deixar partir) e a doação de bem acolher os que chegam é atitude de autêntica fé. Quando uma Paróquia Redentorista deixa de pensar somente em si mesma, ela comunga sua pertença a um corpo maior: ser Igreja de Jesus Redentor em variados lugares.
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Felizes dos paroquianos que se aceitam como principiando novos caminhos. O espírito do principiante é como aquele “ser de criança” a que Jesus se refere: alegrar-se ao descobrir novas facetas do "ser Igreja", do "estar, como Igreja, a caminho". Feliz quem admira a misteriosa diversidade de estilos, tanto no jeito redentorista de ser, quanto nos modos de uma Paróquia se sustentar.
Partir, chegar, acolher
Entre partidas e chegadas, há sempre mais perguntas em aberto, o que é ótimo. Sendo assim, cabe a todos nós uma declaração de amor aos que partem e aos que chegam. Crer é amar e servir com todo o nosso bem-querer.
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