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Confira a trajetória de um dos melhores amigos de Santo Afonso

Padre Giovanni Mazzini foi um fervoroso Servo de Deus e testemunha do processo de beatificação do fundador da Congregação

Escrito por Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.

15 MAI 2024 - 17H26 (Atualizada em 16 MAI 2024 - 10H30)

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Padre Giovanni Mazzini nasceu em Nápoles, na Itália, no dia 18 de dezembro de 1704. Tendo passado a sua juventude de uma forma muito feliz, dedicou-se depois ao estudo eclesiástico.

A partir de 1723, se tornou um dos companheiros inseparáveis de Santo Afonso

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Depois da fundação da Congregação, de imediato não recebeu autorização de entrar para o novo Instituto como desejava, mas, após três anos de súplicas frequentes, conseguiu finalmente a tão cobiçada graça.

Um livro inteiro não bastaria para narrar as virtudes deste fervoroso Servo de Deus, mas basta dizer que ele foi, em todos os aspectos, um dos mais queridos amigos de Santo Afonso, tendo inclusive a graça de ser uma das testemunhas no Processo de sua Beatificação, pois viveu alguns anos a mais que nosso santo fundador.

Paciência nas provações

Nomeado por Santo Afonso, nos últimos dias de 1745, assumiu como reitor de Pagani, como sucessor do Padre César Sportelli, sendo forçado a viver, como os seus confrades, na casa dos Contaldi, enquanto esperava a conclusão da construção do convento redentorista. Este foi um tempo de provações, tendo ele que suportar todo tipo de insultos e provocações. 

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Pe. Giovanni Mazzini chegou a ser eleito Vigário Geral da Congregação

Apesar de toda a sua paciência, chegou a escrever ao seu superior: “Eu ficaria feliz em comer a erva dos campos, se pudesse apressar o fim da construção”.

As provocações chegaram ao ponto de ver Padre Mazzini atacado publicamente, mas, mesmo nas ocasiões mais difíceis, sempre soube se portar com resignação, se mortificando pelo seu amor, seja como padre e como homem religioso.

No dia 29 de setembro de 1747, quando se celebrava a Festa de São Miguel, finalmente pode tomar posse do novo convento. Mesmo assim, os inimigos da congregação não pararam de persegui-lo com suas provocações, impondo dificuldades de todo tipo.

Em um dia de 1748, Padre Mazzini foi acusado injustamente de um mal que não cometeu. Depois disso, um malfeitor esperou por ele escondido na estrada, que levava de Nocera para Pagani, caindo de surpresa sobre ele. Padre Mazzini foi esfaqueado cruelmente, ficando mortalmente ferido no meio da estrada.

Encontrado por algumas pessoas que por ali passavam, foi levado para o Mosteiro das Clarissas, que ficava não longe dali.

O povo do povoado colocou-se ao lado de Padre, sabendo que o assassino não passava de um carrasco rigoroso e que a mão de Deus logo pesaria contra o perseguidor dos Missionários.

Um dia o malfeitor caiu gravemente enfermo, agonizante e sofrendo dores atrozes e cruéis, se martirizando por ter atacado um servo de Deus. Padre Mazzini ainda teve forças de pagar o mal com o bem, visitando e tratando o malfeitor não como um oponente, mas como um irmão.

Com a visita de Padre Mazzini, o malfeitor sentiu uma grande ternura. Isso tocou o seu coração e ele se converteu, prometendo que se Deus o deixasse viver, repararia todos os seus erros. De fato, restabelecido, tornou-se um amigo próximo dos padres, transformando-se no seu defensor em todas as ocasiões, desarmando os turbulentos, de quem havia sido a inspiração e o chefe.

Novas funções na congregação

Em 1752, recuperado de seus ferimentos e com a saúde restabelecida, Padre Mazzini saiu de Ciorani, tornando-se reitor em Materdomini. Depois de um ano voltou a Pagani como Prefeito dos Estudantes. No Capítulo Geral da Congregação de 1764, foi confirmado por unanimidade como Consultor Geral.

Morrendo o Reitor-Mór da Congregação, Padre Andrea Villani, no dia 11 de abril de 1792, Padre Mazzini, seu companheiro dos primeiros tempos da Congregação, ainda que nonagenário, como reconhecimento dos seus companheiros pela sua vida santa e por suas virtudes, foi eleito por seus companheiros como Vigário Geral do Instituto, aguardando a confirmação do Capítulo Geral.

No dia 3 de dezembro do mesmo ano de 1792, após alguns dias de uma doença que não parecia grave, foi encontrado morto em seu leito, indo ao encontro de seu amigo e fundador.

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