Por Redentoristas Em Notícias Atualizada em 10 JAN 2018 - 16H07

Congresso Missionário Redentorista debate reestruturação e 'Igreja em saída'


O constante pedido do Papa Francisco por uma “Igreja em saída” mais preocupada com o povo e com os que sofrem nas “periferias existenciais” é uma indicação forte para o Congresso Missionário Redentorista que ocorre no final deste mês, em Aparecida (SP).

“Esta frase do Papa ‘Igreja em Saída’ será bem vinda para o Congresso Missionário, ela será paradigma para iluminar os temas que estaremos refletindo no congresso e na realização da nossa missão Redentorista”, indica o Missionário Redentorista, padre Sebastião Reis, membro do Conselho Missionário.

O evento que acontece de 29 de janeiro a 02 de fevereiro, no Seminário Santo Afonso, é uma promoção da União dos Redentoristas do Brasil (URB), e deve reunir pelo menos 80 religiosos vindos das nove Unidades Redentoristas do Brasil e também da América Latina.

A programação do congresso contempla temas relacionados à Identidade Redentorista e Missiologia, e momentos de confraternização e partilha entre os participantes.

Além da indicação do Santo Padre, outro assunto que vai tomar as reflexões dos missionários envolve os rumos da Congregação após a realização do Capítulo Geral em 2016.  O tema que será assessorado pelo padre Joaquim Parron, pretende possibilitar reflexões sobre o processo de reestruturação em vista da missão.

Abaixo confira uma breve entrevista com o padre Sebastião Reis sobre dois pontos importantes do Congresso. Confira!

A12 – O convite do Papa Francisco para uma "Igreja em Saída" é uma indicação forte neste Congresso. Em que sentido a reflexão dessa aspiração do nosso Papa pode contribuir para o evento e para a própria missão redentorista?

Padre Sebastião Reis – Olhando a figura e o discurso do nosso Papa Francisco desde a sua tomada de posse, o seu convite para uma “Igreja em saída” é para toda Igreja dos batizados; que assuma o seu ministério batismal como discípulo (a) missionário (a) nesta realidade exigente e desafiadora.

Estamos mergulhados nesta pós-modernidade ou modernidade líquida, defendida pelo saudoso sociólogo polonês Zygmunt Bauman, geradora de stress social com reflexos na pastoral de uma Igreja que quer ser a resposta e a esperança para as aspirações deste nosso mundo ferido.

Esta frase do Papa “Igreja em Saída” será bem vinda para o Congresso Missionário, ela será paradigma para iluminar os temas que estaremos refletindo no congresso e na realização da nossa missão Redentorista. Todo este processo de evangelização da missão Redentorista é para ajudar a Igreja a ter um faro, um jeito missionário que ainda não tem. A nossa missão Redentorista representa uma resposta há uma urgência de Igreja, a partir do documento cem da CNBB e um novo Kairós na paróquia missionada.


A12 – No último Capítulo Geral foi destacado um "espírito de reestruturação". De alguma forma, essa preocupação deve permear as reflexões desse Congresso?

Padre Sebastião Reis – Estamos vivendo um processo de reestruturação na Congregação do Santíssimo Redentor, especialmente na Província de São Paulo, utilizando o método, VER – JULGAR – AGIR. No momento estamos iniciando o método AGIR em nossas frentes de pastorais, envolvendo a província de São Paulo, na missão popular Redentorista, com as recomendações do Capitulo Provincial 2017.

A Província Redentorista de S. Paulo assume as decisões e orientações do XXV Capítulo Geral, celebrado em 2016, notadamente a continuidade do processo de reestruturação, a partir do lema: “Testemunhas do Redentor, Solidários para a Missão, em um mundo ferido”.

A Província está aberta a colaborar com as prioridades e urgências missionárias da Conferência da América Latina e Caribe.

Nesta perspectiva, este Congresso Missionário, nas reflexões dos temas escolhidos, estará atento às decisões do Capitulo Geral nesta sintonia de buscar uma resposta para os desafios atuais dentro da Congregação do Santíssimo Redentor e na Igreja. Na realização da missão Redentorista, encarnar o espírito da “Igreja em saída” como motivação maior para a realização das Missões em comunhão com o atual momento eclesial em que vivemos.


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