Os Missionários Redentoristas chegaram a Aparecida em 1894. Três anos mais tarde, em outubro de 1897, já pregavam a primeira missão na cidadezinha de Areias (SP), no Vale do Paraíba, quando mal sabiam falar o português. Leia MaisEdição especial celebra aniversário de 1 ano do “Vozes da Missão”Saiba como foram as Santas Missões Redentoristas em Muzambinho (MG)Como acontece o tempo de conversão durante a Missão Redentorista?
As primeiras missões serviram de aprendizado, porque não tinham prática neste apostolado. Mas deu tão certo que partir de então as missões nunca mais pararam, a não ser no período mais cruel da Pandemia da Covid-19, de 2020 a 2022.
Missões propagam devoção a Nossa Senhora
Duas Missões Redentoristas marcariam o lugar e a influência que Nossa Senhora Aparecida ocuparia em nosso Brasil, graças a sua presença nas Santas Missões. Elas aconteceram em São Paulo e no Vale do Paraíba paulista.
Antes disso, uma missão realizada na Vila de Aparecida, pregada por Missionários Jesuítas, em 1748, foi de grande importância na conversão da Vila. O povo começou a perceber melhor a grande responsabilidade que teria porque sua vila passaria a ser a terra da futura padroeira do Brasil.
Outra missão, esta redentorista, realizada na cidadezinha de Queluz (SP), localizada no atual Vale Histórico, pregada pelos Redentoristas, em 1902, também entrou para a história.
“Essas missões podem ser consideradas como protótipos do trabalho missionário porque nelas sobressaiu o misericordioso patrocínio da Mãe de Deus, no caminho da conversão pessoal e comunitária, uma das características principais das nossas Missões, segundo Santo Afonso”, é o que comentou o redentorista Pe. Júlio João Brustoloni, autor de obras sobre as missões e sobre o culto à Nossa Senhora Aparecida.
A presença da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas missões, a partir desta data, e todo o “sadio alvoroço” que ela provocava, fazia com que muitas pessoas se dispusessem a visitar o Santuário, tornando o fluxo de peregrinos cada vez maior, fazendo com que a devoção e a história de Nossa Senhora Aparecida se tornassem cada vez mais conhecidas.
Aparecida, 1748
A Santa Missão na Vila de Aparecida, 31 anos após a pesca milagrosa da imagem nas águas do Rio Paraíba do Sul, foi pregada por dois Missionários Jesuítas, o Pe. Paulo Teixeira e um auxiliar (cujo nome se desconhece). Esta missão, pregada apenas três anos após a inauguração da primeira igreja construída para acolher a imagem, marcando o início oficial do culto a Nossa Senhora sob o título da Imaculada Conceição, provocou um bem muito grande aos moradores da Vila.
No relatório deixado pelos missionários encontra-se o seguinte relato da missão: “Dois Missionários dos nossos percorreram doze paróquias, além de outras capelas de povoados, nos quais permaneceram por alguns dias, a fim de atender melhor e prover o bem espiritual do povo. Chegaram, finalmente, à Capela da Virgem da Conceição Aparecida, situada na Vila de Guaratinguetá (SP), que os moradores chamam ‘Aparecida’. Ali, por especial patrocínio da Mãe de Deus, a missão foi muito mais frutuosa. O povoado se consumia em acirradas inimizades que, todos, porém, desfizeram, reatando publicamente a amizade, após o sermão que fizemos sobre a concórdia com o próximo”.
Queluz, 1902
Em sua pesquisa, o estudioso e historiador Pe. Julio Brustoloni revela ser interessante observar que, entre as 12 localidades onde pregaram Missões, duas se destacaram: a da capital São Paulo, e a de Aparecida.
Na missão de São Paulo, o destaque se deu por causa da participação pessoal do santo bispo, Dom Bernardo Rodrigues Nogueira, que durante a procissão da penitência ia à frente, com os pés descalços, levando alçada a cruz; e a Missão de Aparecida (referindo-se a missão pregada pelos jesuítas), devido à intercessão evidente da Mãe de Deus na conversão de muitos.
O mesmo fato acontecera em 1902, na cidade de Queluz (SP), onde os Missionários Redentoristas pregaram. O cronista da Comunidade Redentorista de Aparecida, Pe. Lourenço Gahr, deixou um precioso relatório que destaca o especial patrocínio da Mãe de Deus, observado naquela Missão, o que continuou acontecendo até hoje nas Santas Missões.
Foi nessa Missão de Queluz (SP) que levaram pela primeira vez a imagem de Nossa Senhora Aparecida, fato providencial para o futuro sucesso das Missões Redentoristas, como escreveu na ocasião o Pe. Lourenço Gahr: “Ali, ninguém se lembrava de uma Missão. Desta vez, foi como se a graça de Deus caísse como um raio sobre os corações, chamando-os a ouvir a Palavra de Deus e a receber os sacramentos. Apesar da muita e continuada chuva, a procura do confessionário foi intensa desde a madrugada até noite adentro. A atração particular desta Missão foi uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, que levamos conosco e expusemos à veneração do povo. Diante da Imagem, os fiéis rezavam sem cessar e montavam guarda da Imagem”.
Por causa do afluxo de fiéis alto, o número de comunhões subiu para 2.900, sabendo que naquele tempo se fazia a “Comunhão Geral” do povo, que comungava uma única vez no decorrer da missão.
A missão na cidade de Queluz foi pregada entre os dias 8 e 22 de novembro por quatro missionários da casa de Aparecida e seria renovada um ano depois, entre fins de outubro e início de novembro de 1903.
A presença de Nossa Senhora nas missões tornou-se sempre um fato de destaque, como mostra uma nota do Pe. José Wendl na crônica do período de 1894 a 1901, enviada ao Superior Provincial da Alemanha sobre o dia de Nossa Senhora em Nossas Missões, mesmo antes da presença da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Na Crônica, que foi enviada a Gars, no começo de 1902, assim escreveu:
“Se em todas as Missões, o dia de Nossa Senhora é decisivo, aqui no Brasil o é de modo especial. Amantes de procissões solenes, no dia de Nossa Senhora vem gente de todos os cantos para participar da procissão da Mãe de Deus e daí em diante a Missão toma grande impulso, quanto o missionário tiver sabido imprimir entusiasmo e vida às suas pregações. Já constatei que muitos, havendo ouvido somente essa pregação de Nossa Senhora, se revolveram a mudar de vida”.
O tempo passou e as Santas Missões continuam sendo pregadas em muitas paróquias e Nossa Senhora, através da sua imagem de Aparecida, continua na mesma dinâmica atraindo aos filhos seus.
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