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Ensinamento do Padre Vítor Coelho para uma mãe

Toda boa mãe se preocupa com a educação de seus filhos e isso também era importante para dona Sibila

Escrito por Elisangela Cavalheiro

11 MAI 2024 - 07H00

Comissão do Patrimônio Histórico Provincial

Que Padre Vítor Coelho de Almeida foi um grande pregador a gente não duvida! Através de seus programas na Rádio Aparecida ou nos corredores do Santuário, quando abordado por devotos ou mesmo nas Santas Missões, quando elevava sua voz para pregar para o povo, ele sabia que tinha uma grande responsabilidade para com Deus.

Como comunicador, catequista e teólogo, ele entendia que a evangelização dependia mais de Deus do que dele mesmo, já que a eficácia da pregação dependia menos da eloquência humana e mais da graça de Deus agindo nos corações.

Como missionário popular, Padre Vítor sabia que precisava falar do jeito que o povo entendia, com clareza doutrinal e, muitas vezes, ele contava historinhas para ser compreendido e fazer chegar a mensagem de Deus.

Foi em um encontro com uma mãe que Padre Vítor transmitiu alguns bons ensinamentos que ainda hoje podem ajudar muitas outras mamães em sua missão como evangelizadoras de seus próprios filhos. Conheça a história da dona Sibila! 

Toda boa mãe se preocupa com a educação de seus filhos e isso também era importante para dona Sibila, uma jovem mãe. Mas ela não entendia como que as crianças poderiam aprender tanta coisa mesmo sendo muito pequenas. Vamos contar a história e o ensinamento:

Padre Vítor perguntou para a jovem mãe se os seus filhos rezavam todos os dias, e ela prontamente disse: — Eles ainda são muito pequenos.

O filho mais novo da dona Sibila tinha seis anos. Dona Sibila, que ficou surpresa com a pergunta, logo perguntou ao padre: — Qual é a idade de aprender as orações?

Leia Mais Padre Vítor fortaleceu vocação do leigo na missão de Aparecida Mate a saudade: ouça mensagens na voz do padre Vítor Coelho de AlmeidaPadre Vítor sem muito rodeio falou que nessa idade as crianças já costumavam saber muitas coisas.

Padre Vítor aproveitou então para deixar um ensinamento: que a educação religiosa começa, na maior parte das vezes, com a herança familiar, ou seja, pela tradição.

Padre Vítor sabia que dona Sibila não perdia a missa aos domingos, recebia os sacramentos, dava bom exemplo e tinha muito amor à religião católica, e isso tudo ele lembrou que veio desde muito antes dela nascer:

— Essa fé não lhe veio como herança de seus pais, os velhinhos que eu tanto estimava e que morreram santamente? A boa educação começa no bom caráter, nos bons hábitos e no próprio sangue dos antepassados e da família. Bem diz o provérbio: ‘Como o campo, assim o milho. Como os pais, também o filho’. A senhora veja a grande responsabilidade que pesa sobre seus ombros? Transmitir aos filhos a preciosa herança da fé e dos bons costumes, esse tesouro de sua família.

A mãe, ouvindo atentamente o que Padre Vítor disse, fez uma confissão para ele dizendo que começou a rezar aos três anos, e que era sua mãe que quando a acordava e antes de dormir, a colocava de joelhos, ajuntava suas mãozinhas e ia rezando para ela a oração do Pai-Nosso. — Reconheço ser grande falta não ter ensinado as crianças desde pequeninas, disse dona Sibila.

Daquele dia em diante, a jovem mãe colocou todos os filhos para rezar de manhã e a noite.

Segundo Padre Vítor: “Nada abençoa tanto o lar cristão como a oração das crianças”.

O artigo que conta a história deste encontro foi publicado no Jornal Santuário, no ano de 1949. Essas e outras histórias você pode encontrar no livro: “Os Ponteiros Apontam para o Infinito: Reflexões e Catequeses” da Editora Santuário.

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