O nosso beato Pedro Donders sempre foi uma pessoa simples sem grandes dotes intelectuais, mas com um grande espírito missionário. Teve grande dificuldades nos estudos e não acreditavam muito nele para ser padre. Mas ele venceu todas as barreiras se formou padre bem mais maduro e veio para o Suriname, então colonia holandesa. Ele encontrou no Suriname uma sociedade bem primitiva, com muitos escravos, índios, e negros que fugiam para a selva e viviam uma vida primitiva. Além disso uma epidemia da lepra. Levavam essas pessoas para um lugar distante, excluídos da Sociedade sem ter condições para sair de lá.
Daí a espiritualidade dele era centrada sobre as necessidade dos outros, procurando estar ao lado deles, porque via neles Jesus sofredor. Ajudava-os com mantimentos, roupas e outras necessidades e atendia os com muito carinho e amor, lembrando sempre a palavra de Deus: “Tudo que fizerem ao menor dos irmãos é a mim que o fazem”(Mc.9, 37). Viveu práticamente 30 anos numa colonia de leprosos, Batávia, e onde faleceu, e de onde só se podiam chegar e sair de barco.
Por outro lado, buscava forças junto de Deus para poder ajudar essas pessoas carentes e ser a presença de Cristo que evangeliza. Por isso, levantava cedo para rezar e mais tarde rezava e celebrava com o povo, dava formação. Rezava também noite a dentro. Era um homem de oração e meditação.
"A Espiritualidade dele era centrada sobre esses dois pilares importantes de sua vida: O irmão mais necessitado e carente e uma união muito profunda com Deus".
A Espiritualidade dele era centrada sobre esses dois pilares importantes de sua vida: O irmão mais necessitado e carente e uma união muito profunda com Deus, a razão de ser de sua vida: servir os pobres e união Deus. Essa espiritualidade ele procurava incutir no povo onde viveu e trabalhou: Um ajudar o outro e a união com Deus.
A situação social do povo já mudou bastante hoje, mas ainda existe muita pobreza. A maioria da população de Suriname vive na capital Paramaribo e a situação de pobreza está mais na pariferia.
Nós estamos trabalhando no extremo sul da capital onde ainda existem problemas sociais. Nós atendemos três paroquias: N. Sra. Rainha do Mundo, distrito de Latour a maior; São Francisco de Assis, distrito de Livorno e Santíssimo Redentor, distrito de Domburg. Temos também mais quatro comunidades: Duas maiores, Hanna’s Lust e Sonny Point; duas menores Houttuin, e Pont Buiten que ainda não tem espaço próprio. Além disso trabalhamos com a comunidade dos brasileiros que que funciona numa Igreja de Surinameses, mas estamos começando a construir o próprio espaço e ela está se organizando com as diversas equipes pastorais.
Foto: reprodução.
No sentido horário: Igreja de Latour, maior paróquia atendida pelos religiosos. Interior da Igreja Catedral.
Túmulo do beato Pedro Donders, na foto aparecem o irmão Jorge Tarachuque, padre Rudolf Croon e padre Joaquim Parron. Na última foto, uma missa na Batávia.
O primeiro grande desafio nosso no Suriname é aprender o Holandes que é uma língua complicada e a língua nativa Sranatongo para poder se comunicar com o povo. Esse processo é feito com o início do trabalho, o que não é fácil. Mas vamos caminhando com a graça de Deus.
Padre Rudolf Jacobus Croon, C.Ss.R.
Reside na Comunidade Redentorista de Paramaribo desde 2011
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