O lugar dos santos e das imagens na fé cristã tem um significado que, muitas vezes, é colocado em dúvida por alguns irmãos cristãos e de outras denominações religiosas.
O Missionário Redentorista Pe. Maikel Pablo Dalbem, C.Ss.R, da província do Rio, explica o que representa esta relação entre os santos e as imagens para os católicos.
Confira abaixo!
Padre Maikel explica que o argumento que sempre nos vem destes irmãos é o de que "nossa oração e relação com os santos e suas imagens são idolatria. Para que tal afirmação fosse verdade, seria necessário que alguém ou alguma coisa tomasse o lugar de Deus", assinala o missionário.
O missionário indica que existem duas realidades que precisamos separar para poder entender o assunto: os santos e as imagens e o lugar que ocupam na nossa fé cristã católica.
Os santos
Os santos, como pessoas criadas e amadas por Deus, assim como cada um de nós, em algum momento de suas vidas alcançaram um testemunho exemplar de vida cristã, abriram-se à graça de Deus e conformaram suas vidas à de Cristo, sem condicionamentos. Deram tudo para viver um relacionamento profundo com Deus e tiveram uma vida de santidade.
Leia MaisEspiritualidade dos Santos RedentoristasDe outra forma, padre Maikel fala que, como cristãos, cremos na Ressurreição, e isso nos leva a manter uma relação de proximidade com aqueles que já partiram desta vida e vivem em unidade com a Trindade. “Nós, que vivemos ainda neste momento de aprendizado que é a nossa vida, podemos rezar pelos nossos irmãos e confiamos que eles também o podem”, pondera.
Para finalizar esse entendimento sobre a nossa relação com os santos, o missionário indica três aspectos:
- Contemplando suas vidas, vem-nos a bela oportunidade de glorificar a Deus, que concede a graça da santidade a toda a humanidade e, inclusive, inspirar-nos à vida santa;
- Compreendendo-os como seres humanos como nós, pessoas livres, descobrir no exemplo de suas vidas elementos que nos ajudem a seguir no caminho da santidade;
- Crendo na vida eterna, podemos, na comunhão dos Filhos de Deus, pedir que rezem e intercedam por nós.
As imagens
Sobre as imagens, o que talvez seja assunto de maior dúvida, já que muitos indicam a palavra do livro do Êxodo para falar contra a criação de ídolos, padre Maikel explica que precisamos entender o que isso significava para aquele tempo e aquele povo.
“A afirmação que encontramos no livro do Êxodo 20, 4, que se coloca contra os ídolos, deve ser compreendida em seu contexto. Para aquele povo, que acreditava nos ídolos, a imagem era a presença de seu deus, ou seja, a ‘divindade’ habitava aquela imagem de pedra, ou de qualquer outro material que fosse feita”.
Já no caso das imagens, dos santos ou de Jesus que possuímos, estão no “âmbito da representação”.
“Elas não são Deus, mas nos ajudam, pelo universo dos símbolos, a nos recordar do grande amor de Deus comunicado a nós. Em resumo, são como as fotos que temos de pessoas queridas. Sabemos que aquelas fotos não são a pessoa, mas quando vemos as fotos, nos recordamos de todo o amor que recebemos dela. Se isso fosse idolatria, nem a foto de nossa querida mamãe poderíamos ter”, explica o missionário.
Para encerrar essa conversa, padre Maikel enfatiza que o culto aos santos e a presença das imagens não constituem idolatria, porque nos remete a Deus, fonte de todo amor e bem.
“A vida dos santos e a beleza de seus exemplos nos remetem ao Mistério de Amor no qual sempre estiveram inseridos e no qual foram criados, convidando-nos a viver nesta mesma comunhão”, finaliza.
Fonte: Província do Rio com adaptações.
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