Para contar a história desse milagre precisamos recordar os fatos que antecederam esse momento, e isso se deu a partir da notícia da redescoberta do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e, ainda mais, do seu retorno ao Rione, bairro Esquilino, em Roma, na Itália, no início de 1866. Fato que foi acolhido com entusiasmo, primeiro pelos habitantes do bairro e, sucessivamente, por todos os romanos.
Com o consentimento do Papa Pio IX e prévio acordo econômico entre o Superior Geral dos Redentoristas e o Superior da comunidade dos Agostinianos, na tarde de 19 de janeiro de 1866, os missionários redentoristas Michele Marchi e Ernesto Bresciani haviam retirado o ícone do convento dos Padres Agostinianos de Santa Maria em Posterula, onde a pintura estava esquecida em uma capela interna.
Levada à Casa Geral Redentorista, na Via Merulana, a pintura foi confiada aos cuidados do pintor polonês Leopold Nowotny, que concluiu sua restauração no dia 15 de março seguinte. Ao mesmo tempo, providenciou-se a readaptação da capela da Imaculada Conceição, na adjacente igreja redentorista de "Santo Afonso", para poder colocar dignamente o ícone para a veneração dos fiéis.
Leia MaisPersonagens marcantes da história do ícone do Perpétuo Socorro Festa Solene do Perpétuo Socorro será transmitida ao vivo de Roma Oração de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro pelo fim da Covid-19Em 17 de abril daquele ano, foi publicado o convite para a participação do tríduo solene que inauguraria a exposição do Ícone.
A celebração foi fixada para os dias 27, 28 e 29 de abril e seria precedida, na tarde do dia 26 por uma solene procissão com o ícone que, da Casa dos Redentoristas, percorreria os bairros de Monti e Esquilino até a igreja de "Santo Afonso".
Às 17h, a procissão começou pelas ruas cobertas de flores, entre as janelas e varandas festivamente decoradas e uma grande multidão de padres, religiosos e fiéis leigos que vieram de toda a cidade.
Caminhando em direção à Basílica Patriarcal de Santa Maria Maggiore, de uma janela no primeiro andar de um prédio, não muito longe da igreja "Santo Afonso", uma jovem mãe estendeu seu filho moribundo, de apenas quatro anos de idade, em direção ao ícone .
A mulher, desesperada pelas dores do filho que, de acordo com as crônicas, sofria de "febre gástrica inflamatória" e de "convulsões", invocou a Virgem para pôr um fim ao sofrimento do menino, pedindo para curá-lo ou chamá-lo para junto de si ao céu. Nas horas seguintes, a criança começou a se recuperar significativamente, tanto que, depois de alguns dias, a mulher conseguiu levar o menino à igreja para acender uma vela de gratidão diante da Mãe do Perpétuo Socorro.
Considerando as circunstâncias e o evento, considerados extraordinários, na janela da casa foi colocado um nicho com uma pintura sobre tela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ainda hoje visível entre os números 275 e 276 da Via Merulana.
Durante a procissão, verificou-se também a cura de uma menina de apenas oito anos de idade que sofria, desde os quatro anos de idade, de paralisia em uma das pernas. Invocando a intercessão da Virgem, na passagem do Ícone em frente à casa, a paciente imediatamente começou a sentir o início da recuperação das funções do membro, de modo que, alguns dias depois, acompanhada pela mãe, teve a oportunidade de ir caminhando normalmente à igreja para rezar diante da imagem prodigiosa.
Tradução: Pe. Roni dos Reis, C.Ss.R.
Veja as fotos da Via Merulana onde aparece o ícone à parede da residência:
Fachada da residência com o ícone de ...maisFachada da residência com o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Via Merulana, Roma, Itália. menos O prédio com o ícone milagroso na Via...maisO prédio com o ícone milagroso na Via Merulana, Roma, Itália.menos Vislumbre da via Merulana, o santuár...mais Vislumbre da via Merulana, o santuário da Mãe do Perpétuo Socorro, no prédio à esquerda, e a Basílica de Santa Maria Maggiore ao fundo. menos A mulher com o filho doente na janela...maisA mulher com o filho doente na janela, durante a procissão do ícone (vitral. Igreja do Perpétuo Socorro, Madri)menos
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- Foto: Pe. Antonio Marazzo, C. Ss.R.
- Foto: Pe. Antonio Marazzo, C. Ss.R.
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Fonte: Pe. Antonio Marazzo, C.Ss.R., tradução Pe. Roni dos Reis, C.Ss.R.
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