É muito comum as pessoas terem dúvidas em relação à Vida Religiosa Consagrada. Por não viverem esse estilo de vida, para muitos torna-se um desafiante compreender como vivem aqueles que optaram por se consagrar a esta vocação tão bonita e tão importante para a missão evangelizadora da Igreja. Isso acontece também em relação à Vida Consagrada Redentorista.
Por causa dessas dúvidas, muitas pessoas vêm até nós, redentoristas, interrogando a respeito de vários assuntos curiosos, como, por exemplo: um redentorista ao ficar enfermo ou idoso, deixa de ser consagrado redentorista?
Às vezes, essas pessoas associam a consagração à profissão trabalhista, pensando que a consagração tem hora e prazo determinados para acabar.
Respondendo a essa questão eu sempre uso a Constituição Redentorista de n.º 55 que deixa bem claro sobre a nossa missão enquanto Redentoristas no mundo:
“Todos os Redentoristas são verdadeiramente missionários, quer se dediquem às várias funções do ministério apostólico, quer estejam ocupados com quaisquer serviços à Congregação e aos confrades, quer estejam idosos, enfermos e incapacitados para atividades externas, quer, principalmente, suportem dores ou enfrentem a morte pela salvação do mundo.”
A partir dessa indicação em nossa Constituição, o ser redentorista não é definido a partir das funções que o missionário desempenha, mas a partir da consagração que mesmo busca viver, de modo radical e livre, ou seja, o chamado que Deus lhe fez e continua fazendo diariamente.
:: Redentoristas na Terceira Idade
O missionário redentorista é chamado, continuamente, a ser sal e luz para aqueles que circundam a sua vida. Ele deve ser um instrumento de Deus. Ele tem que se sentir como voz que clama, que interpela os outros a seguirem as pegadas do Redentor, mas consciente de que ele é o primeiro a viver esse ideal. Isto se torna muito perceptível em nossas comunidades formativas.
Leia MaisSer padre ou religioso após os 50 anos é possível?Tenho simpatia apenas por padres animados. É errado?Quando o seminarista recebe o hábito redentorista?Já passei dos 30 anos, será que vale a pena ser padre?É comum as comunidades formativas (seminários) possuírem um ou mais missionários experientes (idosos), a fim de serem modelos para àqueles que desejam assumir a consagração à Vida Redentorista. O serviço prestado por este redentorista à comunidade é o de ser exemplo de vida autêntica, disponibilidade ‘para as coisas mais difíceis (Const. 20)’ e de ser uma pessoa plenamente realizada na vocação que assumiu pela consagração religiosa.
Diz o nosso lema: “Uma vez Redentorista, sempre Redentorista”. Essa frase faz com que nos sintamos, cada dia, mais missionários, independentemente do trabalho que prestamos a Deus e à comunidade. A consagração faz com que o redentorista seja participante da missão salvadora de Jesus Cristo onde quer que esteja, exercendo o seu apostolado, desde um leito de hospital ou até na função de Superior Geral da Congregação.
Ser Redentorista é procurar, mesmo nas limitações diárias, viver como o Redentor viveu, não O imitando, mas seguindo-O, por inteiro, sem reservas, a fim de ser aquilo que Santa Madre Teresa de Calcutá um dia disse sobre si mesma: “O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor.”
Somente depois de cumprirmos a missão confiada a nós aqui na terra, é que poderemos dizer como um dia disse o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (Tm 2,4).
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