Nesta primeira semana do mês de agosto, mês em que a Igreja no Brasil recorda as Vocações, a Congregação do Santíssimo Redentor se alegra com a ordenação presbiteral do Diácono Robério Santana de Lima, C.Ss.R.
O missionário redentorista recebeu o Sacramento da Ordem no último dia 06 de agosto, em Santa Missa celebrada às 16h, no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em São João da Boa Vista (SP). O lema escolhido pelo diácono redentorista vem ilustrado pela figura do Bom Pastor, de autoria do artista sacro Claudio Pastro.
Reveja a celebração da Ordenação no vídeo abaixo!
Confira fotos da Ordenação:
O Portal A12 fez uma entrevista com o neossacerdote, ainda antes deste dia especial, quando partilhou a respeito de seus sentimentos diante de um passo tão importante e especial em sua jornada vocacional.
Confira!
1-Você recebeu a ordem do presbiterado, é um padre para a Igreja! Quais os desafios diante dessa nova missão?
"A vocação é um grande dom de Deus. Entendemos que Ele, em Seu infinito amor e misericórdia, não obstante aos nossos limites, nos chama a um serviço de amor e doação. Respondendo a esse chamado especial do Senhor, não nos tornamos padres para nós mesmos, em um sentido de promoção e glorificação, mas somos ordenados para servir ao povo.
Como padres, precisamos ser pastores e, contando com a graça do Senhor, ser um sinal da presença Dele na vida das pessoas, uma presença repleta de amor, ternura e misericórdia. Ao mesmo tempo, como padres, nós precisamos, diante da comunidade cristã, dos seguidores do Mestre, ser aquele que anima, anuncia e possibilita a reconciliação.
Neste sentido, creio que um dos grandes desafios desta nova missão que assumirei logo mais é o de continuar sendo um comunicador da Palavra que é de Deus. Podemos pensar que isso é algo simples, mas não é. Por vezes, em nossa limitação humana, tendemos a proclamar a nós mesmos, a querer um brilho que não nos pertence, mas que pertence Àquele que nos envia.
"O grande desafio do padre em nossos dias é estabelecer com as pessoas, sociedade e cultura do nosso tempo, uma proximidade que manifeste o grande amor de Deus, sua proximidade e compaixão".
Outro desafio que nos toca, a meu ver, é o desafio de ser construtor de pontes, promotor do diálogo e da paz. O padre precisa ser aquele que constrói pontes, pois lida com diversas perspectivas, visões de mundo, ideologias. Ele é aquele que promove a sinodalidade. Através do seu ministério, garante vez e lugar aos sem voz. Dito isso de outra forma, ele é chamado a ser pastor, um pastor que possui amor e ternura ao anunciar a palavra que salva e liberta.
Leia MaisFr. Robério conta sua história vocacionalAo mesmo tempo, hoje não podemos pensar que temos a última palavra, mas em uma sociedade plural, precisamos falar e ouvir. Nesta linha, o diálogo desarma e rede muitos frutos.
Com o diálogo sério e respeitoso, acabamos mostrando outra face do Evangelho, face que geralmente fica escondida atrás de tantas ideias mal formadas sobre a Palavra de Deus e consequentemente sobre a Igreja que é sua serva.
Por fim, o desafio de ser construtor da paz. Não faz sentido o padre que não promove a paz, pois ele torna-se um mero funcionário de uma burocracia sem sentido. Em resumo, para mim, o grande desafio do padre em nossos dias é estabelecer com as pessoas, sociedade e cultura do nosso tempo, uma proximidade que manifeste o grande amor de Deus, sua proximidade e compaixão".
2-Qual o tema que escolheu para sua ordenação presbiteral e o que ele diz sobre a sua vocação?
“'Não temas, porque eu te resgatei, chamei-te pelo teu nome: tu és meu' (Is 43,1) Esse foi o tema que escolhi para nortear meu ministério sacerdotal. Ao longo de minha vida, e principalmente logo após a descoberta de minha vocação, sempre senti a presença amorosa de Deus, que, diferente do que ouvimos muito em algumas falas, é um Deus que se aproxima e que nos ama muito.
O nosso Deus, aquele que se revela, é um Deus que nos resgata do pecado, da falta de amor e nos reconduz ao lugar que Ele mesmo preparou para nós, nos devolve a dignidade de filhos muito amados. Através da presença silenciosa, amorosa e que nos resgata, é que vamos entendendo algo mais profundo e belo, entendemos que esse Deus nos atrai para Ele.
As coisas do mundo, ter, poder e o prazer já não nos fazem felizes; nossa verdadeira felicidade encontra-se Nele.
É a partir da pertença a esse Deus, que nos sustenta e nos ama, que somos capazes de deixar tudo e sair pelo mundo anunciado o amor e paz. Somente a partir da experiência com esse Deus, que nos tira o medo e nos devolve a filiação, é que estamos aptos a pronunciar sua palavra de vida e salvação para outras pessoas.
"É isso que eu muito desejo para o meu ministério sacerdotal:
que eu transmita aos outros esse profundo amor de Deus".
Desejo ser um Padre-discípulo, que a cada passo se apaixona mais pelo Mestre, e nestes passos simples da vida anuncia e mostra aos outros que temos um Deus que nos ama e nos sustenta em seu amor infinito.
Desejo ser um padre que, antes de qualquer ideia, explicita através de palavras simples que pertencemos verdadeiramente Àquele que nos tira do medo e nos atrai para si. Sim, desejo anunciar essa verdade dita pelos lábios eternos aos que já não tem mais esperança, aos pobres e abandonados do nosso tempo".
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add_box Os preparativos incluíram o tríduo vocacional, que aconteceu entre 03 a 05 de agosto. Presidiram as celebrações do Tríduo os padres Jonas Luiz de Pádua, C.Ss.R., diretor do Portal A12, Jorge Américo, da Diocese de Guaxupé (MG) e Diego Antônio, C.Ss.R., prefeito de Igreja do Santuário Nacional de Aparecida, respectivamente. O bispo ordenante foi o franciscano Dom Carlos Alberto Breis Pereira, ofm, da Diocese de Juazeiro (BA).
A Primeira Missa do neossacerdote foi celebrada na manhã de domingo, 07 de agosto, também no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em São João da Boa Vista (SP).
Acompanhe abaixo:
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