Celebrar a vida do Pe. Vitor Coelho de Almeida é resgatar a história bonita de um missionário autêntico, comprometido com a causa do Reino, que é causa do povo. Seu coração extremamente voltado para o povo compreendeu, desde o início, que Nossa Senhora Aparecida era a grande catequista do povo de Deus. Por isso, era incansável em dizer: “a Rádio de Nossa Senhora não é minha nem sua, é de Nossa Senhora”.
Tinha clareza que a mensagem era muito maior que o mensageiro, por isso, mesmo que a Rádio ganhe a alma e o coração do povo por meio daqueles que ali atuavam, exatamente como ele mesmo, a mensagem de Nossa Senhora era o mais importante para o povo de Deus.
Na verdade, fazia com que o povo estivesse em constante êxodo, ou seja, à procura, em saída para uma vida mais digna, enquanto ensinava pela Rádio naquela hora, o povo a ter saúde, orientando nos cuidados mínimos e necessários para a preservação da vida.
Foi pleno agente social, embora nenhuma instância social ou religiosa tenha dito, ou reconhecido isto, mas foi um homem de uma teologia e promoção social ardente e contundente. Foi bem assim que fez Jesus também, e que hoje, certos tradicionalismos, não a Tradição, quer regredir a Igreja a um estado de inércia.
Estamos hoje vivendo o Synodos na Igreja, palavra que significa assembleia, encontro, reunião, e que vem nos dizer que somos uma Igreja Corpo de Cristo. O cristão deve redescobrir isto. Mas, nesse sentido exodal, não há dúvida que Pe. Vitor já realizava isto com tanta intensidade em sua pregação e em suas atitudes. Por exemplo, quando tirava uma fotografia com os romeiros, dizia: “É para que, ao verem a fotografia, se lembrem de Nossa Senhora”.
Se há na Igreja hoje alguns que desejam tanto personalismo, distinção, importância social, ele simplesmente voltava-se como instrumento de Deus. Pequenas atitudes que revelam a grandeza interior de quem trilhava o caminho da santidade. A fé vivida como dom de Deus só pode se tornar exodal, ou não é fé autêntica. Buscar ascensão social no meio religioso é fazer da fé “trampolim” para as ambições pessoais.
Pe. Vitor tinha tudo em mãos para arvorar-se nessa distinção social. Mas não. Consciente de sua missão, viveu autenticamente. Lembro-me que um dia conversando com ele, exatamente quando um teólogo brasileiro importante, estava sendo inquerido por Roma, disse: “Não sei porque querem condenar esse homem, pois não há nada de errado no que ensina”, enquanto lia exatamente o assunto que estava sendo julgado.
Homem da atualidade. Sinal de que era Igreja viva, e como missionário não queria uma resposta qualquer para o povo, mas sim fundada, autêntica.
Nesse sentido, era evidente seu amor à Santíssima Trindade, como comunhão de amor eterno. E não se cansava em suas pregações de se referir ao Verbo eterno de Deus encarnado em nossa humanidade. Por exemplo, eis o que dizia quase sempre desse jeito ou com palavras semelhantes:
“Vamos fazer a Consagração a ela, a Maria Santíssima, que foi a fonte da Vida Divina que veio ao mundo. Por Maria, o Verbo Divino entrou no mundo. Vamos consagrar-nos a Nossa Senhora. Quem se consagra à Virgem e aos Santos está se consagrando a Jesus, porque Nossa Senhora e os Santos são apenas participação desta vida infinita que brotou na eternidade”.
Não são belas palavras e tão carregadas de teologia, de pastoral e de santidade? Quando Deus mora dentro da gente, sabemos nos expressar sem rodeios, e com palavras simples traduzir a beleza da eternidade. Isso era muito natural, e belo, em Pe. Vitor Coelho de Almeida.
Certamente há muito o que dizer sobre esse Venerável, mas agora é nossa hora de, inspirados em suas atitudes e palavras, sermos a Igreja sinodal, caminhando juntos de fato e efetivamente.
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