A pergunta que frequentemente aparece em momentos de grande sofrimento e dificuldade, sejam estes relativos ao cotidiano pessoal ou social, é: “Por que Deus permite o mal?”.
Certamente, essa é uma pergunta que nasce do nosso encontro reflexivo com a realidade. Eu poderia aqui citar as páginas de tantos santos que já escreveram e refletiram sobre este argumento. Contudo, escolho centrar-me na resposta que foi dada por Jesus e que encontramos manifestada na experiência de fé do povo bíblico do Antigo Testamento.
Em determinado momento da história do povo de Israel, alguns teólogos começaram a fazer a seguinte leitura: se uma pessoa é rica, tem muitos filhos e vive por muito tempo, é uma pessoa abençoada por Deus; o contrário revelaria uma forma de castigo divino. Esta era chamada de teologia da retribuição, muito parecida com o que hoje vemos chamada de teologia da “prosperidade”, comum principalmente no âmbito neo-pentecostal.
Diante das respostas frágeis de tal teologia, o povo se recorda da antiga história contada há muitos anos, sobre um homem de nome Jó.
Ele possuía todas as credenciais para ser chamado de um “abençoado por Deus”: era um grande fazendeiro, tinha muitos filhos e caminhava para uma velhice feliz. De repente, ele perde tudo: fica pobre, os filhos morrem e ele adoece. Os amigos, e até a mulher dele, começam a dizer que Deus o estava castigando e que havia se esquecido dele.
.:: Qual o significado do livro de Jó?
Leia MaisDogmas da Igreja: Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por sua morte Quinta dor de Maria Santíssima: A Morte de Jesus na CruzDepois da morte vou encontrar meus parentes e amigos no céu?A resposta de Jó é incrível: “Eu sei que o meu redentor vive!”. Mesmo diante a todas as adversidades, Jó permanece fiel…
Essa fidelidade de Jó se baseia na fidelidade de Deus. Ele sabe que, apesar de tudo o que está acontecendo, Deus continua ao seu lado.
Passam-se os anos e eis que aparece um jovem que falava de Deus com autoridade, fazia coisas impressionantes e grandes milagres, mas era pobre, não tinha filhos e é assassinado aos 33 anos. Seu nome: Jesus de Nazaré.
Mesmo na morte de Jesus na cruz, momento de alto sofrimento, vemos a fidelidade de um Deus que nunca abandona. O Pai está sempre ao lado do Filho, fato que se verificará definitivamente na Ressurreição, dias depois. Neste movimento de amor, se manifesta também a proximidade de Deus ao sofrimento de todo ser humano.
É interessante perceber que Deus não tira ou apaga o sofrimento, mas vive-o na solidariedade misericordiosa.
Restam somente as contas que nós, homens e mulheres, temos que fazer com o mal do qual somos responsáveis. A misericórdia de Deus na cruz de Jesus traz à luz seu oposto, ou seja, as maquinações daqueles que queriam aniquilar Jesus e abafar sua voz.
.:: A misericórdia na história redentorista
A presença misericordiosa de Deus no momento da pandemia traz também à luz algumas contas que nossa humanidade deve resolver: a qualidade das relações que estabelecemos com o ambiente em que vivemos, o nível de responsabilidade que temos uns para com os outros, a importância da vida humana acima de qualquer valor financeiro…
Creio que a pergunta a ser feita neste momento não é “onde está Deus?”, porque Ele está aqui, ao nosso lado, ajudando-nos a carregar a cruz. Creio que a pergunta essencial deve ser “qual a parcela de responsabilidade que nós, humanidade, temos na intensidade deste mal?”.
Entenda: O que é uma celebração dos Votos Perpétuos?
Trata-se de uma cerimônia marcada por um simbolismo riquíssimo. Em breve percurso traçaremos os elementos principais do cerimonial. Confira!
Formação Online destaca tema da Campanha da Fraternidade
Padre Dário Bossi oferece uma reflexão sobre o colapso ambiental e a crise socioambiental que enfrentamos atualmente. Saiba mais!
Redentoristas celebram votos perpétuos e ordenação de dois jovens
Fr. Caio Oliveira e Fr. Pablo Vinícius darão o ‘sim’ definitivo na Capela do Seminário Santo Afonso, e serão ordenados diáconos no Santuário Nacional. Saiba mais!
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.
Eu pessoalmente não acredito que Deus decida que um morre o outro vive,não há base biblica,mas acredito que o fim da vida de alguém é conforme as consequencias ou resultados,
Clamei a Deu em nome de Jesus para curar meu filho era apenas uma inflamação interna ou seja uma infermidade que verdadeiramente nada para Deus .
Então meu filho não foi curado em nome de JESUS e agora oque fazer a minha confiança estar no nome de Jesus
Deus é amor
Acredito fielmente nas explicações dadas, pois estou passando por um momento difícil em minha vida, a descoberta de um câncer. Porém aprendi que Deus em Sua Infinita Misericórdia está comigo, abencoando o meu tratamento, aumentando a minha fé e realizando a minha cura. Cura física e também espiritual, me dando a oportunidade de mudanças e de uma vida melhor.
Permitir não é admitir. Tudo que Deus faz é para o bem de todos. ... Senhor, quem pecou, este, ou seus pais? . Foi a pergunta feita a Jesus, quando fez aquela cura. A resposta de Jesus foi: " Nem ele , nem seus pais pecaram .Mas, essa enfermidade foi para Maior Glória de Deus". Porque a cura serviu para a conversão de muitos. Deus nos dá liberdade, mas nos mostra Seus Caminhos e nunca nos abandona. Bendito seja Deus para sempre. Amém!.