A Congregação Redentorista celebra o Santíssimo Redentor neste dia 21 de julho. Mas que santo é esse?
O Santíssimo Redentor é Jesus Cristo! Essa devoção, de acordo com antigos registros, provém de Veneza, por volta do ano de 1575, quando a região nordeste da Itália passou por uma grande epidemia de peste-negra — bubônica ou pulmonar — oriunda do rato negro, que matou boa parte da população.
As pessoas, aflitas, recorriam a Jesus, invocando-o como Redentor (Aquele que salva, liberta, redime), suplicando que Ele os libertassem daquela peste. Este fato que aconteceu em meados de 1576.
Com o fim da epidemia, num gesto de gratidão a Redenção alcançada sobre o mal da peste, foi construída a igreja do Santíssimo Redentor.
Para celebrarem tal memória, promoveram com muita devoção e popularidade uma festa em sua honra, no terceiro domingo de julho, para recordarem tal fato, que perdura até os nossos dias.
Tornou-se uma das festas mais populares de Veneza e sua região.
A primeira igreja dessa devoção (Chiesa del Santissimo Redentore, como é conhecida) localiza-se na Ilha da Guidecca, uma das tantas existentes naquela região.
Explicação da imagem do Santíssimo Redentor
O Santíssimo Redentor é representado vestindo-se de vermelho, que recorda a sua natureza humana, e envolto em um manto azul por sua natureza divina.
Ele apresenta o globo terrestre na mão esquerda, indicando toda a obra da criação, do qual Ele é o primogênito e como Filho, protagoniza a obra da nova criação, abençoando o mundo com a mão direita: a humanidade redimida pela obra da redenção, conquistada por Seu sangue redentor.
Santíssimo Redentor: titular da Congregação Redentorista
O Titular do Instituto, fundado por Santo Afonso Maria de Ligório, em Scala, aos 09 de novembro de 1732, era o Santíssimo Salvador que dava nome a recente obra. O santo fundador, ao buscar a Aprovação Pontifícia, em 25 de fevereiro de 1749, acolheu a exortação do Papa Bento XIV em mudar o nome do Instituto para Congregação do Santíssimo Redentor, por já haver uma congregação com o outro nome, os Cônegos do Santíssimo Salvador, da Basílica de Latrão.
Portanto, toda a Congregação, em grande júbilo, celebra no Terceiro Domingo do mês de julho, mês dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, a festa de seu Titular, o Santíssimo Redentor.
Jesus é o Redentor do gênero humano. Possuímos uma rica herança deixada por Santo Afonso, que é a espiritualidade da congregação, fundamentada e contemplada em Jesus Cristo nos mistérios da Encarnação (Presépio), Calvário (Cruz) e Eucaristia (Ressurreição), tendo Maria, a Mãe do Redentor, como aquela que serviu e continua servindo o mistério da Redenção (Constituições Redentoristas, 32).
Durante a vida pública do Redentor, três montes se revelam nas manifestações da Redenção: Monte das bem Aventuranças, com a mensagem de um itinerário de vida a ser seguido, testamento deixado pelo próprio Jesus Cristo, que nascendo pobre e despojado de si, ensina-nos a trilhar o caminho da salvação, oferecendo-se a nós como modelo a ser seguido, Monte Tabor, onde se antecipa a glorificação de Cristo, prévia de sua Ressurreição e o Monte Calvário, ápice do Amor Redentor.
O Missionário Redentorista é a presença de Cristo na comunidade, assim relata nossa Constituição:
“Chamados a continuar a presença de Cristo e sua missão redentora no mundo, escolhem os Redentoristas a pessoa de Cristo como centro de sua vida. Esforçam-se por se unir sempre mais a Ele em comunhão pessoal. Dessa maneira, estarão o próprio Redentor e seu Espírito de amor presentes no coração da comunidade, para formá-la e sustentá-la. Na medida em que os confrades mais intimamente se unirem a Cristo, mais estreita será a comunhão entre eles próprios” (Const. 23).
Sendo o Missionário Redentorista esta continuação do Redentor, somos chamados a brilhar nas trevas do mundo, como sinais de vida e esperança, para uma sociedade ferida, onde Jesus Cristo e sua Palavra têm sido deixados de lado, ocupados por aquilo que o mundo contemporâneo oferece, resultando em vidas, fé, mentes e corações vazios.
É hora de anunciar a Copiosa Redenção com intensidade, vigor e testemunho, preenchendo com a presença do Redentor esse vazio humanitário, pois “Nele, é copiosa a Redenção!” (Salmo 129, 7).
Celebrar a Solenidade do Santíssimo Redentor não é recordar fatos históricos, mas renovar, expressar a fé, agradecer e principalmente imitar Aquele que se autorrevelou como “Pão da Vida, Luz do Mundo, Porta das Ovelhas, Bom Pastor, Ressurreição e Vida, Caminho Verdade e Vida e a Videira Verdadeira!”.
Atentamos para o fato de que Jesus Cristo se revela como “Vida” duas vezes, no Evangelho de João. É um convite a todos nós, para sermos a continuidade do Redentor, como aquele cristão ou cristã que, assumindo o sacramento de seu Batismo, promove a vida em um mundo ferido que precisa de sabor e luz: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância!” (Jo 10, 10).
Fonte: Angelo Rodrigo
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