Como bem sabemos, a Eucaristia é um dos pilares de nossa espiritualidade Redentorista. Por isso mesmo, nossas Constituições, no n.º 29, irão afirmar:
Encontram presentes e vivem o Mistério de Cristo e as salvação humana na liturgia, sobretudo na Eucaristia, a qual professam como ápice e fonte de toda a sua vida apostólica e sinal de solidariedade missionária.
São Geraldo, igualmente, mostra-se alguém amante e muito próximo desse grandioso mistério do Amor Divino. Ainda na sua infância, mostrou-se desejoso de receber Jesus na Eucaristia e, desde a sua primeira comunhão, fez de Jesus Eucarístico o centro de sua vida cotidiana. Compreende, Geraldo, a Eucaristia como um “princípio místico de transformação de sua pessoa espiritual”. Leia MaisRetiro espiritual com São Geraldo: amor à Vontade de Deus Retiro espiritual com São Geraldo: amor imerso na imensidão de Deus
A Eucaristia é para a São Geraldo a presença real e constante de Jesus Cristo em meio aos homens, por isso mesmo, sente em seu coração o desejo profundo de sempre estar na presença de seu Senhor.
Com o salmista, ele compreendeu que: “Vale mais um dia em teus átrios do que mil em minha morada; pisar no umbral da casa de Deus do que morar na tenda dos perversos” (Sl 84,11).
Também nós, somos convidados, a exemplo de nosso Santo Irmão, encontrarmos sempre refugio na presença do Senhor. Confirmarmos a Ele nossa vida toda inteira, permitir que Ele nos fale ao coração e nos guie segundo a sua santa vontade.
São Geraldo molda toda a sua vida a partir da Eucaristia, ele é “verdadeiramente ‘preso’ pela profundidade do amor que leva Cristo a dar-se sob os sinais do pão e do vinho. Seus dias giram irresistivelmente em torno do tabernáculo”. Ele compreendeu a profundidade e a verdade de Jesus que afirma: “Minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer minha carne e beber meu sangue habitará em mim e eu nele” (Jo 6,55-56).
No mistério da Eucaristia, encontra-se com esse Amor que se faz doação e entrega total de sua vida, para que todos encontrem n'Ele a vida, e vida em plenitude (cf. Jo 10,10). A contemplação da Eucaristia, de um Deus louco de amor, motiva e orienta toda a ação de nosso Bom Irmão.
O seu amor à Eucaristia era tão profundo que no episódio da calúnia que sofrera e foi-lhe negada a comunhão, ao invés de encontramos Geraldo sofrendo e murmurando, encontramo-nos sereno e confiante. E quando convidado por algum confrade que o chamava para auxiliar na missa, respondia com um certo grau de humor: “Deixe-me ir, não me tente: eu lhe arranco a hóstia das mãos”.
Compreendemos assim que, Geraldo soube colocar-se inteiramente na presença de Cristo que se faz prisioneiro por amor. A exemplo dos discípulos de Emaús, soube acolher o Cristo que caminha com ele, lhe fala ao coração e se mostra vivo e presente no pão que se reparte (cf. Lc 24,13-35).
Como bem sabemos, na época em que viveu o Ir. Geraldo, a Eucaristia diária era, não apenas proibida, como igualmente desmotivada, devido a uma espiritualidade que a via como um prêmio para os perfeitos. Por isso mesmo, seguindo o exemplo de nosso Pai Fundador, São Geraldo visitava diariamente o seu amado Senhor.
Com Ele, perdia-se por longos momentos, que faziam eco em todos os demais momentos e situações de sua vida cotidiana. Geraldo nunca viveu uma espiritualidade separada da vida, muito pelo contrário, tudo o que rezava e contemplava, colocava em prática. Soube, portanto, viver verdadeiramente uma espiritualidade eucarística, pois, fez-se oferta e uma pura oblação para o bem de todos os que dele se aproximavam. Transformou-se em sinal visível de Deus na vida e muitas pessoas, ajudando-as a experimentarem uma verdadeira e profunda conversão.
Portanto, aprendemos com São Geraldo, que a vivência da Eucaristia, deve nos levar a uma espiritualidade sempre mais encarnada na realidade dos nossos irmãos, especialmente os mais pobres e abandonados. O amor à Eucaristia levou nosso Irmão ao amor/doação aos irmãos. Nosso Santo Irmão viveu plenamente aquilo que encontramos no nº 12 de nossas Constituições:
Os missionários conduzem os convertidos a participar plenamente da Redenção que se exerce na Liturgia, principalmente no sacramento da reconciliação no qual, de modo sublime, anuncia-se e celebra-se o Evangelho da misericórdia de Deus em Cristo, e máxime na Eucaristia, pela qual se constrói a Igreja.
Para reflexão pessoal:
- Como tenho vivido o mistério da Eucaristia em minha vida?
- A Espiritualidade Eucarística tem me ajudado a estar mais próximo dos meus irmãos e irmãs?
- Tenho vivido esse amor/doação de Jesus Cristo, que a Eucaristia ensina?
Pe. Pedro Paulo Dal Bó, C.Ss.R.
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