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Retiro espiritual com São Geraldo: amor à Vocação

São Geraldo nos ensina a amar e a viver com alegria o nosso chamado vocacional

Escrito por Redentoristas

11 OUT 2024 - 11H25 (Atualizada em 11 OUT 2024 - 15H28)

Arte/ A12

Quando visitamos a história de Geraldo, podemos perceber que, desde muito jovem, tem o seu coração tomado pelo Senhor e sente que a Ele deve entregar-se inteiramente. Geraldo, a exemplo do profeta Jeremias, sentiu-se seduzido por Deus e por Ele deixou-se seduzir (cf. Jr 20,7). Mesmo enfrentando dificuldades, deixou-se conduzir por Deus, encontrou n’Ele a razão de sua vida e sua alegria.

A centralidade de Cristo na vida de Geraldo, levou-o a compreender e a viver com profundidade o próprio carisma redentorista, pois, como bem sabemos, Santo Afonso transmite à Congregação um carisma: “centrado em Cristo, como enviado do Pai, missionário, para salvar os homens, especialmente os pecadores e a gente pobre”. Nosso amado Irmão, encontra na Congregação um Carisma e uma Espiritualidade Apostólica, compreendendo que todo redentorista é essencialmente missionário. Por isso mesmo nossas Constituições, no número 55, afirmam:

Por essa profissão, todos os Redentoristas são verdadeiramente missionários, quer se dediquem às várias funções do ministério apostólico, quer estejam impedidos de trabalhar, quer estejam ocupados em quaisquer serviços à Congregação e aos confrades, quer sejam idosos, enfermos e incapacitados para atividades externas, quer, principalmente, suportem dores ou enfrentem a morte pela salvação do mundo.

cottonbro/Pexels
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São Geraldo deixou-se conduzir por Deus, encontrou n’Ele a razão de sua vida e sua alegria

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Claro que nosso Santo Irmão não deve acesso a este belo e profundo texto de nossas Constituições reformadas, porém, é notável que encontramos todos esses elementos na vida de Geraldo e no seu SER irmão redentorista.

Ele foi, sem sombra de dúvidas, um Missionário na sua essência. Quer nos trabalhos missionários que realizou fora da comunidade, em contato com o povo, tornando-se um sinal sensível e visível de Deus na vida daquela gente, especialmente dos mais pobres e abandonados. Quer impedido de sair de casa, continuou servindo aos confrades com a mesma intensidade, alegria e disposição. Geraldo viveu e amou integralmente a sua vocação, fez-se verdadeiramente consagração.

São Geraldo torna-se assim um exemplo, não apenas para os irmãos, para todo redentorista que compreende que o fundamento de sua vocação está na profissão religiosa. Pois, o Irmão Geraldo soube, de modo excepcional, transformar o trabalho em um testemunho claro de oração e de apostolado, em favor de todos. Geraldo, em seus 29 anos de vida, 3 anos de profissão religiosa, amou e viveu sua vocação missionária redentorista, fez-se todo de Deus e, por isso mesmo, todo dos irmãos. Assim, ele nos deixa esse belo e profundo testemunho, de amar a Deus, amar a vocação e amar aos irmãos, encontrando nisso a sua grande e profunda alegria.

Este nosso amado Irmão compreendeu a profundidade de uma vida inteiramente dedicada a Deus e aos irmãos, viveu aquilo que, após o Concílio Vaticano II (1962-1965), os Redentoristas iriam traduzir na Constituição 53:

São uma só coisa a glória de Deus e a salvação do mundo, o amor para com Deus e o amor para com os homens. Por essa razão vivem os Redentoristas a união com Deus sob a forma de caridade apostólica e procuram a glória de Deus através da caridade missionária.

Seguindo o exemplo de Santo Afonso, São Geraldo soube traduzir de maneira muito clara a Espiritualidade Redentorista, isto é, uma espiritualidade fundamentada na: “radical, batismal, eclesial, crística escolha e decisão de base”. Nesta vocação inteiramente apostólica e missionária, encontra-se o coração do Carisma Redentorista.

São Geraldo nos ensina a amar e a viver com alegria o nosso chamado vocacional, nos mostra que o caminho da perseverança está na unidade íntima e profunda com Jesus Cristo. Nos ajuda a compreender que a realização de nossa vocação não está no que fazemos, mas sim, única e exclusivamente naquilo que SOMOS, isto é, homens consagrados ao Santíssimo Redentor.

Para reflexão pessoal:

- Tenho rezado verdadeiramente minha vocação?

- Estou aberto para acolher aquilo que o Senhor pede de mim? Ou estou buscando apenas uma realização “pessoal”?

- Estou disposto a abandonar tudo para seguir a Cristo como Redentorista?

Pe. Pedro Paulo Dal Bó, C.Ss.R.
Vice-mestre de Noviços

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