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Retiro espiritual com São Geraldo: amor imerso na imensidão de Deus

Queremos invocar a companhia de nosso amado e santo confrade, Ir. Geraldo Majella

Escrito por Redentoristas

10 OUT 2024 - 17H28 (Atualizada em 11 OUT 2024 - 10H02)

Arte/ A12

Nestes breves dias de retiro, queremos invocar a companhia de nosso amado e santo confrade, o Ir. Geraldo Majella. Um redentorista que descobriu o fundamental da consagração ao Senhor, isto é, alguém que se deixou conduzir ao deserto e ouviu a voz do Amado que lhe falava ao coração (cf. Os 2,16).

Muitas vezes recordamos de São Geraldo, falando de seus muitos “milagres” ou por sua simplicidade e subserviência, também por sua capacidade de suportar as injúrias e calúnias em silêncio. De fato, todas essas coisas fazem parte da vida de nosso Irmão. No entanto, só podemos contemplar essas coisas em sua história porque, na base de tudo isso, encontramos um homem intimamente ligado a Deus.

São Geraldo: amor imerso na imensidão de Deus

Nosso amado Ir. Geraldo descobriu, ainda muito jovem, a alegria de encontrar-se na presença de Deus (cf. Sl 16; 119; Pr. 3). Por isso mesmo, ao longo de sua vida, esta intimidade com o Senhor foi aumentando cada dia mais, ao ponto de não conseguirmos pensar em São Geraldo, sem que este nos leve a pensar em Deus. Compreendemos assim que a verdadeira santidade é aquela que conduz os outros ao encontro com Deus, princípio e fim de toda vida humana.

Assim se fala sobre ele:

Geraldo vivia em Deus, e o pensamento de Deus era o seu viver, o seu respirar. Assim que não se compreende como, uma vez o padre Cáfaro, que também vivia uma vida rigorosamente ascética, lhe ordenasse, por obediência, de não pensar em Deus. Mas como Deus o atraía, o pobre Geraldo andava, depois da comunhão, dizendo pelos corredores: “Não te quero, não te quero”. Era uma espécie de martírio no mais íntimo de seu ser. 

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O Santo Irmão perdia-se na imensidão de seu amado Senhor. Este lhe falava no mais íntimo de seu ser.

Por isso mesmo, Geraldo era capaz de falar de Deus, expressar Deus, manifestar Deus aos demais. Fazia isso através da sabedoria dos humildes, isto é, dos grandes e verdadeiros Sábios (cf. Pr 15,33; Mt 5,8).

Ao contemplar a imensidão de Deus, nosso amado irmão depara-se também com as próprias trevas, isto é, com os limites e pecados inerentes a todos os seres humanos. Na experiência do mesmo deserto, que nos faz ouvir a voz de Deus, nos faz reconhecer igualmente a voz do tentador (cf. Mt 4,1-11). Geraldo percebia a sua pequenez diante da grandeza de Deus, ao mesmo tempo, reconhecia a possibilidade de pecar. Aquele que está na luz, precisa estar ainda mais atento e consciente das próprias trevas. Assim compreendemos a advertência que Jesus nos faz de orar e vigiar sempre (cf. Mt 26,41). No entanto, conduzido pelo Espírito Santo, São Geraldo, foi capaz de abandonar-se de modo confiante nas mãos amorosas de Deus.

Importante que, também nós, em nosso caminho de fé e de encontro com Deus, estejamos dispostos a caminhar com Ele. Permitir que com amor ele nos tome pela mão, nos conduza ao deserto de nossa existência e ali, nos fale ao coração. Ouvindo da voz do Senhor, reconhecendo a sua voz, seremos capazes de reconhecer a voz do enganador, e fugiremos de sua presença, permanecendo na luz, na santidade (cf. Jo 10,27-28; 1Pd 5,8-9).

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Importante que, também nós, em nosso caminho de fé e de encontro com Deus, estejamos dispostos a caminhar com Ele


Da experiência de si, como imperfeição, dir-se-ia infinita, frente a perfeição de Deus, Geraldo, levado pelo Espírito Santo, passava também a experiência de si como ser distante da santidade infinita de Deus: e a distância da santidade, ele a sentia como pecado e se julgava pecador indigno de estar na presença de Deus, e também na presença dos homens. Determinava-se assim em seu espírito um estado de laceração inexprimível: o fundo de seu ser era movido pelo amor a unir-se com Deus, a experiência de si como pecador o levava a sumir da presença de Deus.

Mas, podemos nos perguntar: onde é possível se esconder da presença de Deus? Para onde quer que vamos, ou onde quer que estejamos, o Senhor encontra-se diante de nós, nos manifestando o seu amor (cf. Sl 139). Deixemo-nos tocar pela presença amorosa de Deus e, a exemplo de Geraldo nosso Irmão, permitamos que Ele nos fale ao coração.

Para reflexão pessoal:

- Como estou vivendo a minha intimidade com o Senhor?

- Tenho discernido com sabedoria e atenção a voz de Deus que me fala ao coração? E a voz do tentador, também sei reconhecê-la?

- A oração para mim é um lugar de encontro com Deus? Ou tornou-se apenas uma obrigação?

Pe. Pedro Paulo Dal Bó, C.Ss.R.
Vice-mestre de Noviços

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