Entre as músicas do folclore napolitano está "Tu scendi dalle stelle". Esse cântico, composto por Santo Afonso, fez Giuseppe Verdi, um compositor de ópera famoso, dizer em 1890: “Sem esta música de Santo Afonso, Natal não é mais Natal”.
Afonso canta o mistério de Natal, mas, sobretudo, convida o povo a entrar nesse mistério:
“Muitos cristãos têm o costume de preparar, com muita antecedência, em sua casa, um presépio para representar o nascimento de Cristo; mas, infelizmente, quão pequeno é o número dos que pensam em preparar em seus corações uma morada conveniente, em que Jesus Menino possa nascer e descansar! Sejamos destes...”.
:: Ouça o canto de Natal composto por Santo Afonso
Afonso meditou longamente o mistério de Jesus Menino e pôs por escrito sua meditação. Em 1758, mandou imprimir sua Novena de Natal. Escreve o santo:
“O Verbo eterno de Deus se fez homem;
de grande se fez pequeno;
de senhor, escravo;
de inocente, culpável;
de poderoso, fraco;
de todo para si, todo para todos;
de bem-aventurado, sofredor;
de rico, pobre;
de altíssimo, humilhado”.
Sua décima novena valeu a Afonso alguns aborrecimentos com a corte de Nápoles, pois ousou escrever a propósito da gruta de Belém:
“Entremos, então, a porta está aberta; não há, lembra São Pedro Crisólogo, porteiro para dizer: ‘não é o momento de vir’. Os monarcas se mantêm fechados em seus palácios e esses palácios são cercados de soldados; é difícil o acesso a eles. Desejais falar-lhes? Quantos esforços precisais fazer! Muitas vezes sereis despedidos com essas palavras: ‘Voltai outra hora; não há audiência neste momento’. Com Jesus Cristo acontece totalmente diferente: ele fica nesta gruta e sob os traços de uma criança para atrair a si todos os que se apresentam; a gruta está aberta, sem guardas e sem portas; assim cada um pode entrar à vontade, em qualquer tempo, para ver este pequenino Rei, falar-lhe e até abraçá-lo, ao gosto de seu amor e de seus desejos. Entrai então!”.
Meditar o mistério do Natal para Afonso é meditar na revelação do verdadeiro rosto de Deus. Esse Deus inesperado, que aparece primeiro sob os traços de uma criança judia. Um Deus ardente de amor por nós, que vem acender o fogo de seu amor no coração de todos os homens, a fim de inflamá-lo de amor por Ele e por seus irmãos e irmãs da terra.
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