A imagem acima mostra os fundadores da Província de São Paulo, em 1894.
O mês de outubro marca comemorações especiais para os Missionários Redentoristas. Especialmente no dia 15 de outubro, quando é celebrado o aniversário de 78 anos de fundação da Província de São Paulo, a maior do Brasil e da América Latina em número de religiosos. É neste mês também que lembramos a chegada dos pioneiros alemães e o aniversário de morte do primeiro missionário de Aparecida, padre Gebardo Wiggermann.
Padre Victor Hugo Lapenta traz detalhes da história da elevação da província paulista. Confira!
Em outubro de 1944, a Vice-Província de São Paulo celebrava seus 50 anos de existência, e formavam esta grande unidade os Estados de São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul e as 10 comunidades existentes nestes territórios.
Cada comunidade, sob o comando de seu reitor ou superior, assumia suas missões, retiros, novenas, festas, ajudas paroquiais e atendimento a capelas. A Unidade não possuía equipes missionárias destacadas. O Vice-Provincial, convocando missionários das casas, organizava periódicas missões vice-provinciais. Em Goiás, além das missões paroquiais, todos os anos havia as longas desobrigas rurais. No Rio Grande do Sul eram pregadas missões em português e alemão.
Naquela época, era vice-provincial o padre Geraldo Pires de Souza. Ele promoveu a celebração dos 50 anos de fundação da Vice-Província com festividades em Aparecida nos dias 28, 29 e 30 de outubro. Participaram das comemorações o Núncio Apostólico, os reitores e superiores da Vice-Província e muitos eclesiásticos. O país estava em guerra com a Alemanha, e sentia consequentes dificuldades econômicas e administrativas, as estradas ainda eram primitivas, nenhuma comunidade redentorista possuía meios de transporte; não era pensável a vinda de outros confrades e, menos ainda, de formandos.
:: Quem foi padre Geraldo Pires de Souza?
Leia MaisRedentoristas celebram histórico formador do Seminário Santo Afonso Formação Redentorista é tema de reflexão no 26º Capítulo GeralDa Vice-Província, estavam presentes o Governo Vice-Provincial, reitores e superiores das comunidades, menos os de Pinheiro Marcado, confrades residentes em Aparecida e os alunos do Seminário Santo Afonso.
Os dias que passaram foram divertidos. Padres e seminaristas se reuniam para os ensaios litúrgicos. Em vibrantes confraternizações, discutiam qual seria o acontecimento que o Vice estaria escondendo.
Três fortes hipóteses agitavam o ambiente: Aparecida vai ser diocese? Padre Pires será nomeado bispo? Será criada a Província de São Paulo?
Já no dia 28, o senhor Núncio Apostólico, Dom Bento Aloisi Mazella, celebrou a solene Missa Pontifical. Estavam presentes os Irmãos Simão e Uldarrico, dois sobreviventes da equipe de 1894. À noite, foi cantado na Basílica um Te Deum, o hino litúrgico de ação de graças, sob a presidência do Núncio. Deu-se aí o momento tão esperado, das suspeitas e hipóteses dos membros da Vice-Província.
Antes da oração do Te Deum, padre Geraldo Pires foi até o nicho de Nossa Senhora Aparecida e retirou dos pés da Imagem um telegrama. Pediu ao Conselheiro Admonitor, o Pe. Miguel Poce, que o lesse. A voz poderosa e vibrante encheu a Basílica:
“Congratulações com apostólicas bênçãos pelo áureo jubileu da Vice-Província de São Paulo, agora canonicamente elevada a Província. Vossa Reverendíssima é nomeado Provincial. Felicitações e prosperidades à nova Província.” Padre Miguel Poce
A triste situação de guerra entre o Brasil e a Alemanha impedia qualquer contato com a Província Mãe e levava a sólidos temores de problemas civis, administrativos e diplomáticos no presente e no pós-guerra. Com carinho e piedade, o Provincial nomeado proclamou Nossa Senhora Aparecida Madre Provincial da Província nascente. Isso foi depois confirmado no comunicado escrito do novo Governo Provincial a todos os confrades. E nas férias de janeiro seguinte, os clérigos de Tietê fizeram romaria a Aparecida para venerar a Madre Provincial.
Na celebração do dia 28 à noite, depois da fala do padre Geraldo Pires, o coral polifônico do santuário e sua orquestra sinfônica harmoniosamente ofertaram o Te Deum de ação de graças. Em manifestação popular na praça diante da Basílica Velha, o prefeito municipal Américo Alves, de notável poder oratório, agradeceu a presença cinquentenária dos Redentoristas.
Em 76 anos de vida e missão deu-se a expansão da Província. Ela teve de enfrentar momentos penosos. Lembramos as agitações provocadas por uma minoria de confrades alemães que não se conformaram com a separação da Província da Baviera. Lembramos também a grave crise administrativa de 1997/98. No entanto, aí estão as Províncias de Porto Alegre e de Goiás e o número triplicado de comunidades redentoristas no Estado de São Paulo, atestando a vitalidade da Unidade paulista.
Até o Concílio Vaticano II (1962-64), em sua vida consagrada, comunitária e pastoral, foram tranquilamente tradicionais os sistemas de vida interna, missão e formação. As orientações conciliares levaram a Província a um frutuoso processo de atualização tanto no interior da Província, suas comunidades, procedimentos administrativos e de formação, como em seus procedimentos litúrgicos e pastorais.
:: Redentoristas de São Paulo: a missão antes do Concílio Vaticano II
Citemos a construção da Nova Basílica, que criou condições novas de acolhimento evangélico de milhões de peregrinos. Além disso, lembremos também do ITESP (Instituto de São Paulo de Estudos Superiores) , o CERESP (Centro Redentorista de Espiritualidade), o Seminário São Geraldo e o Propedêutico. Todos eles com nível acadêmico da filosofia, o Noviciado pós-filosofia, o mergulho nos Meios de Comunicação Social, e, ponto decisivo, os passos das Missões Populares. Vamos celebrar essa história?
Abaixo, as comunidades, pastorais e casas de formação existentes na época da elevação da nova província:
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