"Para que possam sempre colaborar mais plenamente na realização do mistério da redenção de Cristo, invocarão incansavelmente o Espírito Santo, que, mestre dos acontecimentos, põe a palavra certa em seus lábios e abre corações" (Const. 10)
A Congregação do Santíssimo Redentor nasceu como Instituto Religioso da Igreja. No curso de quase três séculos, muitas outras obras missionárias desapareceram, cumprindo seu projeto; no entanto, a Congregação continua sua jornada pela história com seus ciclos e contratempos. Por que persiste?
Por que ele sobreviveu ao período de divisão? Por que a reestruturação continua? E o que esperar da Congregação para o futuro? Certamente, se ela chegou até aqui, é porque existe uma força divina que a nutre e a leva a responder ao seu carisma. Assim, nas entranhas da Congregação, o Espírito Santo tece sua obra e a guia por caminhos que, certamente, muitas vezes não entendemos.
Na história da salvação, o Espírito é quem traz novidade, provoca, renova a vida, converte corações (cf. Ez 37,1-14; Jo 3,1-15). Ele é quem opera sobre as realidades da morte, vivificando-as e nos inspirando a cantar uma nova canção de alegria e esperança para todas as nações, através da proclamação da Palavra e serviço aos pequenos. É a força amorosa e frutífera de Deus presente na história, agindo através de homens e mulheres contextualizados, capazes de captar as sutilezas de sua voz.
Nesse sentido, Santo Afonso sente isso no contexto "ferido" de seu tempo. As feridas dos pastores, dos cabreiros, são transformadas pelo Espírito em um projeto redentor e curador em favor daqueles que estavam em profundo abandono.
Leia MaisO Espírito Santo no pensamento de Santo AfonsoAfonso era ousado e capaz de capturar os movimentos presentes nas entranhas da história e perceber os kairós no reinado de kronos, indo para a essência da profecia e do ministério jesuíta, sintetizando o espírito fundador no belo texto que conhecemos bem:
"O Espírito do Senhor sobre mim, porque me ungiu para anunciar as Boas Novas aos pobres, enviou-me a proclamar libertação aos cativos e a visão aos cegos, a dar liberdade aos oprimidos e a proclamar um ano de graça do Senhor ” (cf. Lc 4,18s).
Assim, o trabalho missionário pensado por Afonso é profundamente pneumático, pois ele o intui como um projeto missionário e o une com o mesmo Espírito que envia Jesus ao mundo e faz dele o anunciador da obra redentora do Pai. Nesse sentido, nossos santos, abençoados e mártires, cada um a seu modo, eram hermenêuticos do Espírito, permitindo-se serem provocados por ele e, ao mesmo tempo, discernindo sua voz entre as diferentes vozes do mundo.
Hoje, esse mesmo Espírito se manifesta na Congregação nas diferentes comunidades espalhadas pelo mundo. Cada comunidade redentorista é um Cenáculo onde esse Espírito se manifesta e cada confrade se torna uma chama viva enviada para iluminar, com seu ardor missionário, aqueles lugares sombrios onde a luz da redenção ainda não chegou em abundância. Cada confrade é um dom do Espírito para a Igreja e para a Congregação! Isso significa que podemos fazer a experiência do Pentecostes e não da Babel, que é o desejo de padronizar os carismas ...
:: Missão Redentorista: dons e carismas a serviço da Comunidade-Igreja
Em nossas Constituições e Estatutos, a presença do Espírito é contemplada várias vezes. Ele é o vivificador do amor do Pai, mestre de eventos, ele dá a palavra oportuna e abre corações, ele está presente no coração da comunidade para formá-la e sustentá-la, ele conforma os confrades com Cristo, cuidando dos mesmos sentimentos que impulsionam a ação apostólica para a variedade de ministérios. É um guia e nos associa à missão de Cristo.
Sua ação e força nos fazem alcançar a doação total através da profissão como uma resposta de amor. Ele é o vivificador da comunidade e nos capacita a servir a Deus na Igreja e no mundo e incentiva o serviço de animação e liderança entre os confrades na busca pela vontade de Deus. Ajuda os superiores e os demais congregados a observar as Constituições, os Estatutos e outras leis da Congregação, para que possam cumprir a vontade de Deus e a missão de Cristo. Ele é o promotor de missionários na Igreja e, por sua manifestação, cada irmão é chamado a participar do governo da Congregação para o bem comum. Ele é o distribuidor de dons comuns para o apostolado (cf. 6,10,23,25,47,56,73,74,80,92; Est. 049) e, finalmente, guiados por ele, nos consagramos para continuar perto de Cristo, Salvador do mundo.
Esse mesmo Espírito guia a Congregação nesse processo de reestruturação para a missão. Gradualmente, de diferentes maneiras e nas diferentes culturas e contextos em que a Congregação está presente, evoca respostas renovadoras, motivadoras e carismáticas para responder de uma maneira sempre nova às provocações que o Evangelho nos faz.
O Espírito é o grande timoneiro que guia essa barcaça, impulsionado pela energia de cada confrade que, em diferentes contextos e trabalhos missionários, navega nos mares deste mundo, para transportar especialmente aqueles que estão à margem do mundo uma palavra de esperança para curar seus corações feridos. O Espírito não abandonou e não abandonará a Congregação, mas o futuro depende da abertura de nossos corações e mentes para capturar suas provocações, lê-las em nossos contextos históricos e culturais e ser chamas de força, ciência, conselho, sabedoria, entendimento, piedade, temor de Deus para que possamos, como no Pentecostes, falar em todas as línguas a linguagem da Copiosa Redenção.
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