Pioneiro de dois hemisférios
Nasceu em Corato no dia 25 de julho de 1834. Em 1889 vai para Montevidéu, Argentina. Faleceu aos dezesseis de outubro de 1916.
Corato tem ligação com a congregação. Ali em 1732 atua S. Geraldo com seus milagres. Ali nasce Pe.Antônio Tannoia (1727-1808). Publicou a vida de Santo Afonso (1798-1802). Ali também nasceu João Camilo Ripoli (180-1850) – 18 anos superior geral da congregação.
Seu avô era médico, era francês, entrou exército de José Bonaparte e Murat. Casou-se com a nobre Margarida Azzariti de Corato. Morreu na campanha napoleônica da Rússia com 42 anos. Teve dois filhos: Mariana que aos 19 anos se casa com José Loyodice, homem de grande formação humana e religiosa. Foi educado no seminário (aberto) de Bisceglie. Tiveram 11 filhos, dos quais 11 sobreviveram. Vitório é o 2º, batizado com o nome de Vitório Maria Geraldo Cristóvão Luis. Nasce no dia 28 de julho de 1834. Assemelha-se mais à mãe, filha de um francês, de cabelos loiros, pele branca, olhos claros, inteligência rápida, extraordinária vivacidade. Era chamado o francês.
Quando menino, passando diante de um quadro de N.S.do Bom Conselho tendo ao lado 2 anjos e com busto de Santo Afonso, sem auréola, (entre os anos 1808-16), subindo, os 2 garotos vêm S. Afonso fazer um gesto de convite. Correu a contar à mãe que não acreditou no fato e diz: “Oxalá S. Afonso te tivesse pego pelos cabelos e te tivesse levado consigo você é muito moleque”.
Com 17 anos, com o pai e o tio Pe Benedito vão a Nápoles encontrar o Pe Geral Trapanese. Pe Ribera (tb servo de Deus) leva-os a Pagani e a Ciorani, casa do noviciado 12.03.51. Faz a profissão 20.03.52. Em 53 há a divisão da Congregação. Faz os estudos de teologia em Deliceto. Ordenado aos 19.09.57em Amalfi. Passa dois dias em casa e vê inaugurar a casa redentorista de Corato para a qual se empenhara seu pai José Loyodice.
Em 1750 Afonso recebe a proposta de ir pregar aos nestorianos que voltavam à Igreja. Jovens e anciãos se ofereceram para abandonar a pátria e seus caros. Um século depois, jovens pedem em 1858 ao Superior Geral Celestino Berutti para ir em missão estrangeira. O geral pede um território. A congregação da Propaganda Fide – Evangelização dos povos, oferece Casanare – Colômbia (6.000 km2), com 24.000 hb entre os quais índios, todos em abandono. Vão Pe. Tirino de 54 anos, Pe. Joaquim D’Elias 26 e Loyodice de 25. Escreve ao Geral: “Soube do barulho que o pai fez por causa de minha viagem”.
Partem de Nápoles dia 1º de maio. Passam por Roma. Na Venezuela perdem a bagagem. 6 meses depois chegam a Casanare. Elias vai para Arauca – total abandono. Loyodice morava em Moreno. Aí ocorrem as peripécias da missão. Tirino morreu ao atravessar o Ariporo em 1860. D’Elia morre em 1863. Loyodice permanece só com 26 anos. Vai a Bogotá para aconselhar-se ao Núncio Miecislao Ledochovski. Fica seu secretário. Em 1861 foram expulsos pelo presidente anti-religioso Mosquera. Os redentoristas deixaram as melhores impressões no dizer do delegado apostólico: “a virtude e a conduta dos padres edificaram a todos os que se aproximaram deles e se aconselharam com eles e deixaram as mais vivas simpatias...isso me dá a esperança de que a congregação poderá lançar profundas raízes na Colômbia”.
Loyodice, pertencendo à congregação redentorista napolitana, então separada de Roma, não volta a Nápoles e sim a Roma. Por quê? Situação precária e pouco segura das ordens. Vai à casa geral da congregação “transalpina”. Trabalha na Igreja Sant’Alfonso e dá aula de filosofia ao pequeno grupo.
Uma carta de 28.09.62, da Espanha de D. André Martinez de Noboa, grande admirador de S.Afonso, pede 2 ou 3 padres para observar e ver os meios para se fixarem na Espanha. (O primeiro espanhol a entrar na congregação era Pe Isidoro Antoñanjas. Morreu 9.04.45). Não havia espanhol na congregação. Pe Loyodice responde ao Pe André em nome do Geral, por saber espanhol. É também escolhido com 29 anos ( tem vasto conhecimento). Partem 08.02.1863, com Pe Egídio Zanini e o rimão Luis Estevão Zanichelli para se estabelecerem na Espanha.
Espanha – 1863-1884.
Não tem reconhecimento do estado, o que dificulta a formar uma comunidade reconhecida. Moram na casa do Pe Andréia Noboa. Trabalham em confissão e pregação. Dia 11.10.63 passam a morar em Alcala de Henares.
Nos inícios de 64 pregam a primeira missão, o que continua com preoveito. Em 25.06.64 recebem o primeiro convento com Igreja em Huete, diocese de Cuenca. Pregam a missão no local. Relação permanente com o Geral Mouron. É organizador nato das funções religiosas. Passam ao convento de las Mercês. Émaior.
É oferecida uma casa em Alhama (Granada). Vai com três padres.Um deles é já fruto dos trabalhos (Pedro Lopes – Espanhol). Em 1867 (18.11.67) a Congregação é aprovada na Espanha. Abre-se o noviciado na Espanha. Em 18.09.68, o movimento revolucionário anti-religioso fecha as 2 casas e os padres são dispersos. O Geral pede que 2 fiquem na Espanha (Loyodice e outro) esperando os tempos melhorarem. Continua em Madri na Igreja das irmãs alcantarinas. Trabalho de confissão e pregação. Deixa uma crônica ampla sobre os acontecimento dos primeiros anos dos redentoristas na Espanha.
Publica um devocionário extraído das obras de S.Afonso (1870) e uma biografia de S.Afonso (1874). Em 1869-79 passa meses em Roma como auxiliar de 2 bispos que vão ao Concílio Vaticano I a pedido do Geral. Antes do Natal visita a família em Corato. O aviso da morte de seu pai lhe é dado durante uma pregação, justo sobre a morte. Interrompe a pregação, reza e continua.
Em 1874 a monarquia é restaurada. Também as congregações são restauradas. Os bispos querem os redentoristas. Havia somente 2 (Loyodice e Luis Cograio (?). Escreve ao Geral pedindo 8 padres de uma vez. Mouron confia a Desurmont, superior da província francesa de introduzir novamente a congregação na Espanha. Loyodice não estava à frente, mas dependia de um superior francês. Permanece como superior da pequena comunidade de Madri. Em 1877 vai fundar a casa de Granada. Trabalha como confessor e pregador).
Partida da Espanha – 1884
Com os padres franceses houve mudanças no modo de viver a vida religiosa. Pe. Loyodice sofre um forte esgotamento e depressão que o põe em grave situação pessoal e espiritual. Pede para deixar um pouco a Espanha. Não atendem imediatamente. No dia 20.05.84 escreve ao Geral pedindo um ano para recuperar-se. Seja como uma ordem para não escandalizar os confrades e amigos. O Geral Mouron manda que esteja em Roma em Setembro. Sai dia 5 de setembro, chegando a Barcelona. Por causa da cólera não pode partir sem quarentena. Volta pela Suíça. Mas é retido pelo vigário geral que o manda esperar. Mouron escreve-lhe: “Em lugar de ir a Roma, fosse para Buenos Aires. A casa fundada pela província alemã necessita de um padre que fale italiano (há 60.000 italianos) uma vez que fala bem o espanhol e o italiano..que pensa?” Responde: “se era o desejo do superior era a vontade divina”. Como o superior não oferece uma visita a sua velha mãe (72) e irmão vai para Luxemburgo. Parte de Hamburgo dia 20.09.84 para permaneceer 32 anos na nova missão.
Na Argentina – 1884 – 1897
Chega a Buenos Aires 22 de dezembro de 1884. Atende os emigrantes italianos com confissão e pregação. Dirige a arquiconfraria N.S.P.Socorro como diretor espiritual Pregava missões de 86-97. Pregava retiros.
No Uruguai 1897-1916
Em 1889 os redentoristas alemãs fundam a casa de Montevidéu. Foi para ali transferido. Continua diretor da arquiconfraria e conferência de São Vicente de Paulo. É grande pregador. Aos 80 ainda pregava a ovena de S.Francisco. Caompnha religiosos. Prega missões. O bispo Pio C. Stella, auxiliar de Montevideo, dá dele um belíssimo testemunho. Entre outras diz: Tido como santo, não tinha impaciência nas adversidades. Não murmurava, jejuava, dormia das 11-4. Trabalhava com diligência, pessoa agradável, pregava mjuito bem, com clareza e simplicidade. Estava sempre ocupado. Confessava o povo longas horas, mesmo estando doente e assentando-se sobre chagas.
No dia 12 de agosto adoeceu gravemente. Recupera-se e retorna às atividades. No seus jubileus era bem festejado. Pio X manda uma bênção, como tb o Geral Murray. Recebe tb a visita do Oblato Solari de quem era amigo (está em processo de beatificação). Dia 16.10.16 morre sem agonia, vendo o resultado de seu trabalho na Espanha com 240 membros (mais uns 50 já mortos). Teve um funeral grandioso com 70 carros. Foi escritor traduzidno obras de S. Afonoso, biografia de nossos servos de Deus, livro para religiosos “Guia da Vida Religiosa”. Em 3 anos 3 livros que somam 1140 páginas com a idade de 78 anos: Reio de Satanás (1910), Reino de Jesus Cristo (1911) e Reino de Maria (1912).
Retrato físico e espiritual
Homem alto, magro, voz sonora e forte, cabelos loiros e depois brancos. Recolhido, modesto, olhar singular beleza. Carrega as virtudes dos santos, sobretudo a caridade. Grande pregador e confessor. Discreto na alimentação, roupas pobres, longo nas orações. Clarividência que sabia ler os corações. Em 1937 se decidiu iniciar seu processo de beatificação que se inicia em 1.10.42. Os milagres se sucedem. É o homem de muitas terras.
Bibliografia: Clemente M. Henze cssr. Un Pionere del Signore nei due emisferi. Il servo di Dio Vittorio Loyodice, missionario Redentorista. 1834-1916
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