Num tempo em que a vida humana é amplamente atacada e explorada por interesses vis, a família desintegrada, o matrimônio em crise, a paternidade e a maternidade não exercidas com responsabilidade, e virtudes como a fé, a esperança e a caridade desvalorizadas, a Igreja, como em outras épocas, se levanta e recorre a São José.
Com muita propriedade, o Papa Francisco institui o ano Josefino e o abre com a Carta Apostólica Patris Corde (Coração de Pai). São José, Patriarca da Igreja! Patriarca das Famílias! Patriarca da Família de Nazaré!
Somos uma família iniciada com o sacramento do matrimônio há 44 anos. Fomos agraciados por Deus com três filhos, dois genros, uma nora e quatro netos, que hoje são nossa maior alegria. Por este chamado de Deus e pelo envio a esta nobre missão, somos eternamente gratos.
Confessamos que sempre fixamos mais nossa atenção em Maria que na figura e presença de São José, nos desígnios de Deus no Plano da Salvação. Porém, logo nas primeiras reflexões, fomos percebendo a presença viva de José no nosso lar, assim como no de nossos filhos e de muitos amigos. Também percebemos a falta do modelo de São José em tantas outras famílias. Pai que acolhe, cuida, nutre, protege, educa, ensina, dialoga, orienta, acompanha e se alegra. Esposo fiel e fraterno, companheiro amoroso.
Entendemos que o matrimônio cristão é um chamado de Deus para uma grandiosa missão e um caminho para a santificação. Deus nos chama a coparticipar na realização do Reino, sendo berço e santuário da vida dos filhos que Deus nos conceder e testemunhas do amor do Pai.
O jovem José, temente a Deus e cônscio da Sua predileção e do Seu Amor por ele, sobrepôs os planos de Deus aos próprios planos. Após a mensagem recebida sobre receber Maria e seu Filho, José, não sem luta, mas com a graça de Deus, deixou-se seduzir e decidiu pelo caminho da humildade e obediência. José e Maria foram provados na escuridão: não entendiam, mas assumiram responsavelmente o curso de suas histórias. Viraram a página com seus planos traçados e deixaram uma página em branco para o Sonho de Deus.
- “FIAT! Eis-me aqui! Faça-se em mim, segundo a Tua Palavra!” (Lc 1,38). O cântico Magnificat (Lc 1,49) revela a fé do casal: “O Senhor fez em nós maravilhas”.
Assim, José recebeu Maria e o filho que Deus lhes concedeu. E que esposa! E que Filho! Recebeu-os na alegria e na tristeza, nas provações e contradições, na saúde e na doença, amando e respeitando todos os dias de sua vida. Tornou-se esposo e pai com suprema dedicação, amor e responsabilidade diante de Deus e dos homens.
Quanta esperança nos dá ver um jovem casal que verdadeiramente sente-se amado por Deus, deixa-se inundar pelo Seu Amor e o transborda no acolhimento do Menino Jesus, filho do Amor de Deus pela humanidade! Quanta alegria nos dá ver um pai que reflete o Amor do Pai. Ah! Se todos os casais conhecessem o Pai e humildemente permanecessem no Seu Amor...
Na vida conjugal, José e Maria, encontraram muitos obstáculos: dúvidas, medos, fugas, incertezas, preocupações, contradições, angustias, imprevistos, desilusões, privações, perseguições, desconfortos. Porém, como perseverantes peregrinos da fé, sob a Luz de Deus e unidos a Jesus, o Filho amado que os impulsionava para o dom de suas vidas, venciam todas as dificuldades. “...Seu amor para sempre se estende sob aqueles que o temem. Manifesta o poder de seu braço, derruba os poderosos e eleva os humildes.” (Lc 1,46, 40-52)
José e Maria, plasmados harmoniosamente pela Palavra de Deus viva no coração e na vida. Casal da obediência e do silêncio. Do abandono e da confiança. Do perdão, do cuidado, da atenção, da fidelidade, da castidade, da renúncia e da abnegação. Do trabalho, da responsabilidade e do compromisso. Casal da escuta da Palavra, da meditação, da oração e da contemplação.
Casal que evangeliza o Filho e se deixa evangelizar por Ele. Com Jesus, “crescia em estatura, sabedoria e graça de Deus” (Lc 2, 52). Se faz pequeno para acolher o pequeno Menino Deus. “Eis que faço, com prazer, a sua vontade, Senhor!” (salmo 39). Se fez servidor e de coração aberto oferta tudo o que tem: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24, 15).
José, ao lado de Maria e Jesus, foi cumpridor da vontade Divina. Sua fé foi sua vida. Sua vida e sua família, morada de Deus Vivo.
Que todos nós, e principalmente os pais, deixemos nos impregnar pelas virtudes de São José e, a cada dia, dentro de nossos lares, caminhemos na santidade através da simplicidade e das pequenas grandes coisas do dia a dia.
2) Como a Igreja pode levar a figura de São José na educação cristã desde os primórdios da educação cristã?
3) A Igreja vem conduzindo os casais a se pautarem pelo modelo de São José?
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