A grande e sublime missão que Nosso Senhor Jesus Cristo, quando estava para regressar ao Pai, confiou aos seus discípulos ao dizer-lhes “ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura”, não podia terminar com a morte dos Apóstolos, mas devia continuar através dos seus sucessores, até ao fim dos tempos, isto é, enquanto existirem na terra pessoas para salvar pelo ensino da verdade. Na realidade, desde aquele dia, “eles, partindo, foram pregar por toda a parte”, de modo que o eco da sua voz “ressoou por toda a terra, e a sua palavra, até aos confins do mundo”.
"A Igreja de Deus, fiel ao mandato divino, nunca deixou, através dos tempos, de enviar a todo o mundo arautos e ministros da palavra divina que anunciassem a salvação eterna alcançada por Cristo para o género humano[...].Tendo em conta que a tarefa que vos está confiada é absolutamente divina e está acima dos pequenos interesses humanos, porque levais a luz a quem jaz nas sombras da morte e abris as portas do céu a quem estava a caminhar para o abismo. Considerando que foi dito a cada um de vós pelo Senhor “esquece o teu povo e a casa do teu pai”, recordai-vos que não deveis difundir o reino dos homens, mas o de Cristo; não vos compete aumentar o número de cidadãos para a pátria terrena, mas para a pátria celeste [...]." (Carta Apostólica Maximum Illud, novembro de 1919, Papa Bento XV).
Com o trecho da carta apostólica do Papa Bento XV, sobre os missionários que exercem seu apostolado em meio as dificuldades, iniciamos mais uma sessão da partilha missionária com o tema O Coração Missionário é Incansável, que também podemos relacionar com a passagem Bíblica “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15-20). E é com esse espirito missionário que o Pe. Edicarlos da Silva, C.Ss.R., partilha o trabalho e os desafios enfrentados em sua missão em Angola, Vice Província de Luanda. Segundo Pe. Edicarlos, são muitos desafios enfrentados destacando: a fome; crise financeira e vários seguimentos religiosos.
Leia MaisÁfrica, um continente esquecidoA presença redentorista na África Religioso fala sobre experiência missionária em Moçambique na África "Porque não a África?" Jovem testemunha experiência missionóaria“Pobreza material e espiritual aflige parte da população. A situação de fome é gritante muitas pessoas passando por dificuldades, sem acesso ao básico. Além de tudo que é enfrentado no dia a dia pelos missionários, existe outro desafio, a disseminação de seitas. Estas realidades estão se espalhando rapidamente no meio da população angolana, é crescente também a propagação de outras religiões, muitas destas vindas do Brasil e Congo, aos poucos o Islamismo vai também adentrando no país. A crise financeira tem afetado diretamente a Igreja na realização dos trabalhos pastorais, tornando as coisas um pouco mais difíceis. Há carência de transportes para executar os trabalhos de longa distância".
Seguindo com sua partilha, o Missionário Redentorista pontua a falta de recursos para investimento na formação permanente. Relatando ainda que é importante levar em conta, o número de religiosos, que é insuficiente para a missão. E diante dos obstáculos apresentado dá um testemunho de fé: “São as inúmeras adversidades que não os fazem descansar, desistir e muito menos desanimar”.
Aqui, damos uma pausa na partilha do missionário, para sublinhar mais uma vez algumas linhas da carta do Papa Bento VX, que vai enfatizar a confiança de não desistir:
“ [...] Com estas convicções e propósitos e seguindo o exemplo de Cristo e dos Apóstolos, o Missionário prepara-se confiadamente para exercer o seu mandato: mas recorde-se de colocar toda a sua confiança em Deus. Como dissemos, a propagação da sabedoria cristã é, toda ela, uma intervenção divina, porque só Deus sabe entrar no íntimo de cada um, iluminar as mentes com o esplendor da verdade, acender nos corações a chama da virtude e fornecer ao homem as energias necessárias para que possa abraçar e seguir aquilo que ele reconheceu como verdadeiro e bom. Se o Senhor não ajudar o Ministro nas suas fadigas, todo o seu esforço será vão. Apesar de tudo isto, continue animadamente no seu trabalho, confiando na ajuda da graça divina, que nunca é negada a quem a invoca [...]”.
Desta forma, percebemos que as palavras do Papa em 1919, ressoam nos dias atuais como nas linhas finais partilhadas pelo padre Edicarlos:
“Ainda que carentes de muitos recursos para melhorar as estruturas e para melhor atender o povo angolano, apesar do grande desafio enfrentado, missionários e missionarias continuam a doar-se de coração para expandir o reino de Deus no meio da população. Cheios de amor, alegria e determinação, certos de sua vocação de que foram chamados para se gastar, não descansam, não param. Os evangelizadores se tornam diante de tantos desafios, seres incansáveis”. Para terminar, ele ressalta: “Continuam a trabalhar com o ardor de um coração missionário”.
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