Quanto custa morar no seminário?

Muitas são as dúvidas dos jovens sobre o processo vocacional e formativo da Congregação Redentorista. As perguntas relativas aos gastos com a vida no seminário certamente estão entre as mais populares. Afinal, quanto custa morar no seminário? Qual o gasto das famílias com a formação de um seminarista?

Para esclarecer essa dúvida de uma vez por todas, contamos com o auxílio do Padre José Manoel Belo de Oliveira, CSsR, diretor do Seminário Redentorista Santo Afonso, localizado em Aparecida (SP). O religioso explica tudo sobre os custos para a formação de um seminarista na Província de São Paulo. Confira!

Davi Xavier

O Hábito Redentorista, a Cruz e o Rosário são símbolos da Missão Redentorista.

1- Como a família contribui financeiramente para a formação do jovem?

Atualmente, a contribuição da família se dá de duas maneiras. A primeira delas é apoiando e permitindo que o filho, sua maior joia, venha para o seminário. Já a segunda, que é a contribuição financeira, se dá arcando com os gastos pessoais, ou seja, o enxoval, objetos de higiene pessoal, celular, viagem e pequenos gastos do dia a dia. A Congregação Redentoristas arca com os gastos maiores, como alimentação, moradia e estudos.

2- Qual é o custo da formação de um novo seminarista para a Província de São Paulo?

O investimento que a Congregação sempre fez na formação é de alto custo. As despesas vão desde a manutenção da infraestrutura dos seminários até a formação acadêmica dos jovens. Além disso, há também a necessidade de disponibilização de pessoas, tanto religiosos quanto funcionários, para organizar a rotina da casa. Em cada seminário, padres e irmãos se dedicam em tempo integral para acompanhar os formandos.

Leia MaisEm agosto, reze todos os dias a Oração VocacionalComo organizar uma Semana Vocacional?7 fatos marcantes na história de Santo Afonso de Ligório5 virtudes de São Clemente que motivam a missão RedentoristaOs jovens estudam em escola particular e todo o material escolar, assim como transporte, alimentação, lavanderia, remédios e despesas médicas, quando necessárias, são assumidas pela Província. Além das aulas externas, que no caso do Seminário Santo Afonso são no Colégio Albert Einstein, em Guaratinguetá (SP), eles têm aulas de reforço em casa, atividades esportivas acompanhadas de um profissional de educação física e também acompanhamento psicológico.

Esta atenção para com a formação, herdamos dos redentoristas alemães que aqui chegaram. Com apenas quatro anos de Brasil, fundaram o primeiro seminário em 1898, onde hoje é Memorial Redentorista. Todo este investimento se justifica pela continuidade da Missão através dos novos Redentoristas.

Thamara Gomes

Seminário Santo Afonso acolhe 14 jovens para formação neste ano de 2020.

3- Qual a importância dessa estrutura que a Província de São Paulo oferece para a formação de um jovem?

Creio que um dos motivos que leva a Província de São Paulo a aplicar tantos recursos na formação, desde a inicial até a permanente, é por acreditar no ser humano. Nos que estão chegando, por uma necessidade da subsistência; e nos que já caminham há mais tempo, por gratidão por tudo que realizaram pelo Reino até aqui, através da Congregação Redentorista. Por isso, dentre os investimentos que a Província faz, a formação está em primeiro lugar.

4- Como você avalia o comprometimento dos seminaristas com a formação redentorista?

Com relação ao comprometimento do seminarista com a formação recebida, vejo como sendo algo muito valorizado. Em sua grande maioria, são muito gratos à Província, até mesmo os que deixam o seminário. Já os que perseveram na Congregação são dedicados e vestem a camisa. Além disso, são eternamente agradecidos por tudo que a Província investiu na formação deles.

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