Sou o Padre Robson Araújo dos Santos, natural da cidade de Curvelo (MG). Filho de Carlos Roberto dos Santos e Maria de Fátima Oliveira dos Santos. Desde pequeno, me senti vocacionado a ser Missionário Redentorista. Na minha cidade, existe a Basílica dedicada a São Geraldo Magela e, desde que nasci, minha mãe sempre levava minha irmã e eu nas bênçãos das crianças. Sem muito saber o que era o mistério da Eucaristia, mas eu ficava encantado com as pinturas da Basílica, como se elas revelassem algo a mais além das pinturas, uma verdadeira sintonia de cores, e histórias da vida de São Geraldo.
Tive a Graça de ser convidado para ser coroinha, fui com muita curiosidade e disposto a ajudar os padres redentoristas nas missas. O que eu mais gostava mesmo era poder tomar café da manhã no refeitório juntamente com os padres, e em seguida ver o viveiro cheio de pássaros do Padre Waldo. Aproveitava para pegar mangas, pois tinham muitas no quintal. Tudo isto foi uma forma de cativar meu interesse pelo estilo e vida dos Redentoristas.
Leia Mais3 frases de São Geraldo Majella cheias de resiliência e fé Como ser santo imitando São GeraldoSão Geraldo e seu amor ao Cristo Crucificado Assim, foi crescendo em mim o desejo de ser padre igual aqueles padres acolhedores, alegres, de fala firme, e felizes na vocação. Lembro do Padre Mário, sempre piedoso e sempre me chamando para ser padre. Destaco também o Padre José Carlos, que sempre tinha uma piada engraçada para animar a sacristia antes das missas.
Certo dia, percebi que depois da missa, ainda no café da manhã, uma pessoa precisava conversar com ele. Ele então, sem se preocupar demais, deixou seu café com leite na xicara esfriando e foi atender quem estava precisando de um conselho.
Esta atitude para mim foi uma prova de que o cuidado com o povo de Deus deveria ter um lugar de destaque.
Na adolescência, conheci o Padre Mauro Carvalhais, grande Missionário de voz forte, animado, convicto em suas palavras, não media muitas palavras para uma reposta na ponta da língua. Valorizava os romeiros de São Geraldo, de modo especial os que vinham da região rural. Muito querido em minha terra de Curvelo, especialmente porque rezava para chover no sertão Mineiro, e assim que suas preces eram atendidas no final do dia, a “chuva criadeira” caía. Para quem tem fé, são pequenos detalhes que alimentam a devoção.
Tive a oportunidade de acompanhá-lo em várias romarias anuais para o Cemitério do Peixe, em Conceição do Mato Dentro (MG), Tombadouro (MG), Rio Vermelho (MG), levando a imagem de Nossa Senhora de Fátima para pequenas vilas e cidades. O povo acolhia aquela imagem com muita piedade e devoção. Assim passávamos o dia em clima de missão. Tudo isto alimentou meu desejo de ser um Missionário Redentorista, sem medo ou vergonha de anunciar o Evangelho.
Leia MaisCaminho vocacional: 7 passos para ingressar no seminário redentoristaSanto Afonso Ligório e o Papa FranciscoTerminando o ensino médio, incentivado por meus amigos, famílias, fiz o acompanhamento vocacional e fui aprovado para ingressar no Seminário Redentorista em Juiz de Fora (MG), no ano de 2010. Nesta mesma cidade, entre 2011 e 2013, cursei filosofia. Em 2014, fiz o pré-noviciado em Coronel Fabriciano (MG). Em 2015, tive a graça de fazer meu noviciado no Seminário Santa Teresinha, em Tietê (SP).
Em 2016, fiz minha profissão religiosa e me tornei Missionário Redentorista. Entre 2016 e 2018, cursei Teologia na FAJE, em Belo Horizonte (MG). No ano de 2019, fiz minha experiência pastoral na cidade de Coronel Fabriciano, tendo a oportunidade também de morar no Paraguai por três meses.
Em 2020, fui ordenado diácono e transferido pra a Comunidade Dom Muniz, em Belo Horizonte, exercendo a função de promotor vocacional e co-formador da etapa da Filosofia. Fui ordenado sacerdote no ano de 2021, na Basílica de São Geraldo, em Curvelo. Em 2023, me mudei para a comunidade do Santuário São José, em BH, onde tive a graça de exercer meu ministério em meio ao povo de Deus. Em 2024, fui novamente nomeado para trabalhar no Secretariado Vocacional Redentorista, desta vez em Aparecida (SP).
Olhando para minha caminhada vocacional, percebo que o chamado que Deus faz a cada um de nós é único e feito com muito amor. A resposta que buscamos dar a Deus precisa ser generosa. Assim como muitos outros motivaram e animaram minha caminhada, busco ser uma presença de Deus na vida das pessoas que eu encontro nas andanças missionárias. Busco sempre apresentar a face de um Deus misericordioso que cuida e que ama a cada um de nós. Deus sempre dá seus sinais da sua presença entre nós. E nesse pouco tempo de padre, tenho percebido a presença de Jesus e de Maria em cada rosto que encontro por essa caminhada vocacional.
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