A Bíblia está repleta de chamados vocacionais. Abraão, por exemplo, foi chamado a ser pai de um grande povo. Moisés, recebeu a missão de libertar o povo de Deus do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida. Sempre que o povo se desviava da proposta do Senhor, este despertava profetas e os encarregava de chamar as pessoas à conversão, à retomada do bom caminho. Portanto, chegada há plenitude dos tempos, o próprio Deus quis se revelar a nós na pessoa de seu Filho, Jesus (cf. Gl 4,4).
Esta foi uma das principais missões de Jesus: revelar o rosto de Deus. Imitando seu exemplo, nós também somos chamados a revelar o rosto do Pai aos irmãos e irmãs. Para realizarmos com êxito essa missão, necessitamos estar sempre vinculados à pessoa de Jesus, qual ramos unidos à videira (cf. Jo 15,1-8).
Nossa união com Jesus se dá de duas maneiras: pela fraternidade e pela amizade. Pela fraternidade porque, em Cristo, somos filhos adotivos do mesmo Pai (cf. Ef 1,5), o que nos torna todos irmãos; pela amizade porque Jesus quis estabelecer conosco um laço de amor e união, não uma relação entre senhor e servo. Afinal, o servo não sabe o que seu senhor faz (cf. Jo 15,15). Nós, no entanto, não apenas sabemos o que Jesus faz, como também somos convidados a fazer a mesma coisa que Ele. A principal atitude de Jesus foi amar. Por isso, Ele exortou seus seguidores a se amarem uns aos outros e deixou-lhes claro que, ao agirem desse modo, seriam reconhecidos como seus discípulos (cf. Jo 13,35).
O amor é também o principal vínculo que nos mantém unidos a Jesus. Assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo vivem unidos pelo mesmo sentimento, da mesma forma somos chamados a nos vincularmos à Trindade Santa pelo amor. Esse vínculo teve início no dia do nosso batismo, foi confirmado em nossa crisma e é renovado sempre que participamos da celebração eucarística. Em cada missa que celebramos, renovamos o mistério pascal de Cristo, o qual, num ato extremo de amor por nós e de total obediência ao Pai, deu a vida em favor de nossa salvação.
Diante disso, vincular-nos a Cristo é uma resposta de amor àquele que nos amou primeiro. Para São Paulo, esse vínculo deveria ser tão forte, a ponto de já não haver distinção entre o cristão e o próprio Cristo. Por conseguinte, Ele diz de si mesmo: “Já não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (cf. Gl 2,20). A verdade é que o Apóstolo só pode fazer tal declaração porque buscou conformar sua vida à de Jesus. Sua mente, sua vontade e seu coração estavam direcionados em tudo a Cristo. Sabemos, no entanto, que essa não é uma tarefa fácil. Por esse motivo, Jesus nos enviou seu Espírito, que é o próprio Deus agindo dentro de nós, para nos guiar em nossas ações. Sem a força do Espírito Santo, nada podemos fazer.
Peçamos, pois, ao Senhor que nos conceda a graça de sermos sempre mais conduzidos por seu Espírito de amor. Maria, mulher repleta do Espírito Santo e mãe das vocações, interceda por nós a seu Filho, Jesus, e nos ajude a estreitar, cada vez mais, nosso vínculo de amor com Ele e com nossos irmãos.
Fr. Iorlando Rodrigues Fernandes C.Ss.R
Comunidade Redentorista Santa Cruz
Araraquara/SP
1 - Ainda hoje Deus continua suscitando pessoas para darem continuidade à missão de seu Filho, Jesus. Tenho sido generoso no meu “sim”?
2 - Vincular-nos a Jesus é o segredo para o bom êxito de nossa missão. Como tenho buscado manter esse vínculo de amor com o Mestre?
3 - “O amor é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14-15). A exemplo de Jesus, tenho amado o próximo como irmão e amigo?
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