Semana Vocacional

Semana Vocacional: “Subiu a montanha e chamou a si”

Toda vocação é obra de Deus, assim como toda eleição

Escrito por Secretariado Vocacional Redentorista

04 JUL 2023 - 15H00 (Atualizada em 11 AGO 2023 - 11H32)

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Você já parou para refletir um pouco sobre o seu chamado? Veja bem! Para aqueles que são convictos de sua fé e se sentem vocacionados, o termo “escolha” deve ter uma conotação diferente, pois significa a aceitação plena do chamado do próprio Deus e a adaptação perfeita à sua vontade.

Assim, precisamos entender que a centralidade existencial do ser deve justamente se basear na convicção de que tudo foi feito por Cristo e para Cristo, e que fora disso nada possui consistência. Por isso, o primeiro e essencial ponto desse processo de escolha deve ser a definição diante de Cristo e, consequentemente, o acolhimento d’Ele como âmago, ou seja, a essência, ao redor da qual tudo se orienta.

Somente em segundo plano virá a decisão pela maneira de servir à Igreja, descobrindo nosso lugar, nosso papel, seja como sacerdotes, religiosos(as), leigos(as) ou casados(as). A partir de toda essa perspectiva quanto ao substantivo “escolha”, entramos, então, no objetivo principal da nossa reflexão: A história de uma vocação é também a história de um grande Amor, que se empenhou a nos amar primeiro.

Toda vocação é obra de Deus, assim como toda eleição. Outra afirmativa é de que toda vocação é pura graça e a iniciativa vem unicamente de Deus. De forma gratuita, Ele nos assume e faz uma comunhão íntima conosco. Vamos ver mais adiante, no evangelho de Marcos, que os atos de escolha e de resposta são estabelecidos no caminho do mistério, do encontro com Deus; isso implica intimidade, ou seja, a proximidade com o Mestre Jesus.

A partir dessa intimidade, dessa relação próxima, entendemos que a ação de Deus, em sua plenitude, tem como fundamento gerar a alegria. Ademais, o que satisfaz o pai é a felicidade de seus filhos. E como mencionado acima, a fórmula vocacional passa pela via do amor, que tem como objetivo tornar o outro feliz. Nesse horizonte, compreendemos ainda que Deus caminha lado a lado conosco, entendendo nossas dores, limitações e capacidades.

Quando lemos o evangelho (cf. Mc 3, 13-19) entendemos a irrevogabilidade do chamado de Deus para nós: “Naquele tempo, Jesus subiu ao monte e chamou os que Ele quis. E foram até ele”.

Pois bem, esse evangelho mostra-nos um dos mais belos chamados que Jesus realizou. Na simplicidade, sem alardes, Jesus chamou os doze discípulos e deixou a escolha em suas mãos.

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"Subiu a montanha e chamou a si" é o tema do 1º dia da 54ª Semana Vocacional


Jesus faz conosco assim como fez com os discípulos: aproximou-se, e conheceu a realidade e a história de cada um deles. Não lhes pediu que mostrassem seus currículos ou históricos; mas quis revelar que Ele chama simplesmente a quem Ele quer, e isso basta.

É interessante a percepção de que o olhar de Jesus se volta todo ao nosso coração. Ele faz as suas escolhas partindo do exercício de observar nossa essência e não nos chama por nossas razões humanas e fraquezas. E justamente por isso que Ele escolhe pessoas que, aos nossos olhos, parecem incapazes, sem gabarito ou despreparadas. Jesus não escolheu aqueles doze discípulos porque eram os melhores, nem tampouco para impressionar ou agradar a alguém. Ele tinha somente um objetivo: fazer a vontade do Pai para que não se perdesse ninguém.

Jesus os escolheu pontualmente para mostrar que não havia distinção e que sua predileção foi justamente por aqueles que queriam “subir com Ele até o alto da montanha”. Veja bem! A sistematização de Jesus foi realizada de forma simples: Ele chamou àqueles que estariam dispostos a permanecer com Ele e a deleitar-se da sua intimidade.

Por isso, a ação de “subir à montanha com Jesus” não é somente um deslocamento geográfico, mas uma bela expressão que significa a caminhada do ser humano ao encontro com Deus. A altura das montanhas gera em nós “a adrenalina” e nos desperta para vivermos com profundidade nossa relação com o Senhor. Ele nos pede disponibilidade, confiança e coragem. Somente a partir dessas três dimensões, entenderemos o que Ele precisa de cada um de nós.

Destas linhas, podemos concluir que a proposta do descobrimento de nossa vocação passa pela certeza de que Ele não somente nos chama, mas se propõe a caminhar conosco. É Ele próprio quem nos ajuda a decidir o caminho pelo qual devemos seguir. Como um amigo, toma-nos pela mão e inspira-nos com seu sorriso a nos lançarmos com confiança em sua proposta. Nossa realização e nossa felicidade somente existirão se percorrermos esse caminho de subida à montanha com Ele.

Emanuel Firmino de Melo
Guaranésia/MG

Para refletir:

1. Quais escolhas têm sido mais importantes em sua vida?

2. Qual é o seu grau de intimidade com Deus e como você a estabelece?

3. Você tem aceitado ou negado o convite de Jesus de subir à montanha com Ele?

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