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Santo do Dia

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Balbina nasceu provavelmente em Roma. A data não é precisa, mas foi durante o pontificado do Papa Alexandre I (entre os anos 106-115). Seu pai, Quirino (São Quirino de Neuss), era tribuno e militar no exército do Império Romano; parece que foi carcereiro deste Papa, quando este foi preso por ordem do imperador (as fontes disponíveis citam Adriano, que governou entre 117-138, mas na morte de Alexandre I em 115 imperava Trajano, de 98 a 117).

Na cadeia, Alexandre, por meio de milagres, convertia muitos pagãos, e teria curado Balbina de grave enfermidade na garganta, o que levou tanto Quirino quanto a filha a abraçar a Fé católica, sendo batizados pelo Pontífice. Balbina, a partir de então, consagrou sua virgindade a Deus.

A privilegiada posição social do seu pai e suas qualidades pessoais a tornavam uma noiva cobiçada, sendo vários os seus pretendentes, porém ela foi fiel à sua consagração.

A época era de perseguição aos cristãos e Quirino e sua família foram presos, incitados a abjurar a Fé e adorar os deuses pagãos, sob ameaça de tortura. Não cedendo aos tormentos infligidos, pai e filha foram barbaramente decapitados, no ano de 132, provavelmente em 31 de março.

A vida de Santa Balbina era muito representada no teatro medieval, e por isso alguns dados a seu repeito podem ter sido algo fantasiados. Por exemplo, é a ela atribuída a descoberta das correntes que ataram São Pedro, e talvez em relação com a sua cura pelo Papa Alexandre I: este lhe teria dito para encontrar tais correntes e beijá-las com devoção para ter restabelecida a saúde.

As relíquias de Santa Balbina foram levadas para uma igreja de Roma no século VI, que a ela passou a ser dedicada, tornando-se Basílica Menor. O cemitério que leva seu nome, entre as vias Ápia e Ardeantina, pode ter sido chamado assim por uma confusão histórica, por causa de uma matrona romana, Balbina, que doara à Igreja o terreno para os sepultamentos.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho



Reflexão:

As virtudes cristãs, como a pureza e a castidade, não são um mero teatro, onde noções fantasiosas (incluindo o entendimento espúrio sobre o que seja “amor”), mesmo que bem intencionadas, possam tomar parte. Ao contrário, exigem o martírio da fidelidade, para se chegar à fidelidade ao martírio, se necessário for. Eis o exemplo dos santos, eis o ensinamento de Cristo, eis a Doutrina da Igreja, eis a vida que o católico deve viver. Hoje vemos o apelo ao sexo chegar a níveis realmente bizarros, pois além do desprezo à castidade são exaltadas também todo tipo de depravações. A inocência é vista como algo ridículo, e a malícia como um “amadurecimento”, quando, para Deus, mesmo o sexo lícito no matrimônio válido diante Dele não perde a noção da pureza; as relações físicas matrimoniais entre esposo e esposa, oferecidos pelo Senhor ao ser humano no contexto divino da participação, prazerosa sim, da coparticipação humana na geração de uma nova vida infinita (na qual o ser humano contribui com o corpo e Deus com a alma), e que nos faz imagem e semelhança de Deus, foi deturpada de tal modo que não apenas a perspectiva da geração da vida é perversamente considerada um “mal” que pode ser “evitado” pela contracepção artificial ou pelo crime de infanticídio – aborto –, como o ato sexual em si mesmo tornou-se não um modo de comunhão com Deus no Seu plano da Humanidade, mas algo indigno cuja vergonha é publicamente exposta como troféu. Entender um outro ser humano, ou a si mesmo, como um mero instrumento de prazer é ofender esta Humanidade querida por Deus, ofendê-Lo na Sua criação, tanto do corpo quanto da alma. Muitos foram (e continuam sendo) os avisos divinos e as advertências claras dos santos, de que grande parte das pessoas que vão para o inferno são culpadas exatamente dos pecados contra a castidade, o sexto Mandamento da Lei de Deus. “Quem tiver ouvidos, ouça” (cf. Ap 2,7): que ao menos os católicos cuidem de dar o exemplo, a partir da educação e orientação dos filhos e do combate e rejeição da pornografia, para que a decência não seja decapitada da vida particular e social, nos modos, nos trajes, e sobretudo na delicadeza da alma e das consciências, pois este é um dos caminhos mais básicos, essenciais e importantes dos que de fato creem em Deus, um dever e um direito, que de todos será cobrado no julgamento individual após a morte e a todos exposto no julgamento universal, quando da Parusia de Jesus. Que não haja confusão quanto ao nome do nosso cemitério: que nele esteja somente “corpo”, que será inevitavelmente degradado, mas também ressuscitado, e não “alma”, que poderá ser degradada, infinitamente, no inferno.

Oração:

Senhor, Deus de pureza, e do verdadeiro amor, concedei-nos pelo exemplo e intercessão de Santa Balbina buscarmos menos a saúde do corpo do que a cura das doenças da alma, para que não fiquemos acorrentados à cadeia do que é mundano, mas sepultarmos as concupiscências desta vida como meio para merecermos participar do infinito matrimônio que desejas com a Vossa Igreja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

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