José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil
De 09 a 13 de Junho, a Rádio Aparecida apresentou a história do novo Santo, que se tornou apóstolo do Brasil.Professor, poeta e aprendiz. Um Jesuíta assim como Papa Francisco, e um grande admirador da Mãe de Deus.
São José de Anchieta, uma história de amor ao próximo, fé e emoção.
Chegamos ao último episódio do Especial, a Canonização de São José de Anchieta, que levou mais de 400 anos para acontecer.
Segundo o arcebispo de S. Paulo, Dom Odilo Scherer, a demora no processo de Anchieta decorreu da difamação sofrida pelos padres jesuítas no século 18, o que levou à expulsão da ordem do Brasil em 1759. Outro entrave para o processo era a falta da comprovação de milagres. Tradicionalmente, são necessários pelo menos dois para que alguém seja declarado santo –um para a beatificação, outro para a canonização.
A Igreja tem dois caminhos a seguir, nesta matéria. O mais comum é o dos milagres: requer-se um milagre para a beatificação, outro para a canonização. Então, quando se trata de um santo relativamente recente, a Igreja pede esses sinais. O outro meio, que julgava mais difícil, é a canonização equipolente. Este é o caso de Anchieta. Nesta via de canonização, a Igreja considera a antiguidade e continuidade da devoção. Como vimos acima, a causa de Anchieta tem mais de quatro séculos; apesar de todos os percalços mencionados, ela continuou. Quando os jesuítas retornaram ao Brasil, encontraram a devoção ao Pe. Anchieta firme.
Quais são os traços mais salientes na personalidade de Anchieta, por assim dizer, profética, construindo uma sociedade nova numa terra virgem?
Um marco forte de sua personalidade é a devoção à Virgem Maria e a confiança no seu auxílio. Quando estudante em Coimbra, sentindo que o ambiente na universidade não era muito bom, dirigiu-se à Catedral, pediu a proteção da Mãe de Deus e fez voto de castidade. Nas situações difíceis, recorria sempre a Ela. Vê-se isso anos depois quando, já no Brasil, retido na aldeia de Yperoig como refém dos tamoios e em risco de vida e de romper seu voto de castidade, rezou a Maria e logo começou a agradecer, escrevendo nas areias da praia o poema prometido.
Outra característica dele é o amor por aqueles que vai catequizar. Ele não impôs uma religião aos indígenas. Ele os observou e amou. ( Pe. César Augusto dos Santos – Gaudium Press)
“Ele, junto a Nóbrega, é o primeiro jesuíta que Inácio envia a América. Um menino de 19 anos… Era tal a alegria que tinha, tal era o gozo, que fundou uma nação, pôs o fundamento cultural de uma nação em Jesus Cristo. Não tinha estudado teologia, não tinha estudado filosofia, era um menino, mas que tinha sentido o olhar de Jesus Cristo, e se deixou alegrar, e optou pela luz. Esta foi e é sua santidade: Não teve medo da alegria”, afirmou Papa Francisco na homília da Missa de Ação de Graças pela sua canonização no dia 25 de abril de 2014.
Ouça agora o quinto dia – Beatificação e a canonização com Homília do Papa Francisco, durante missa de Ação de Graças
“Mas se tanta dor não admite consolação
É porque a cruel morte levou a vida de sua vida,
Ao menos chorarás lastimando a injúria,
Injúria, que causou a morte violenta.”
( José de Anchieta – Poema à Virgem )
Direção Geral: Pe. William Betônio
Coordenação de Programação: Malu Veiga
Produção: Paula Castro
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