“Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos” é o lema de 2014; evento reúne anualmente milhares de brasileiros em prol das lutas populares
O Santuário Nacional de Aparecida acolheu neste domingo, 7, a 20ª edição do Grito dos Excluídos. A manifestação aconteceu junto com a 27ª Romaria dos Trabalhadores, que traz como lema “Mãe Negra Aparecida Padroeira deste chão, o povo trabalhador não aceita escravidão”.
Os eventos marcam anualmente a data em que se comemora a Independência do Brasil destacando a importância das lutas populares para uma sociedade mais justa e democrática. José Efigênio de Paulo, 67, coordenador da Romaria dos Trabalhadores, explica que os atos de 7 de setembro deste ano têm um motivo especial por trazer à tona todas as reflexões feitas na Semana Social Brasileira e acontecer em meio à Campanha Eleitoral. Para 2014, a intenção é relembrar as manifestações que despontaram em junho de 2013, abrindo diálogo para as iniciativas populares que estão em destaque neste período de eleições, como a Campanha Nacional pelo Plebiscito Popular da Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.
Sobre as frequentes reinvindicações de mudanças políticas feitas hoje pelos brasileiros, José Efigênio comenta: “Vamos lutar. Não é o voto que muda o país. O que muda realmente um país é a organização e a participação popular. Nós não podemos ser omissos, precisamos nos organizar”.
Sebastião Aranha, integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra de Itapeva (SP), fala sobre os motivos dos integrantes deste e de outros movimentos populares virem até o Santuário nesta data:
“Primeiro porque Nossa Senhora é negra, e o país, na sua maioria, é negro. Pra gente é uma simbologia muito grande, inclusive estar aqui no dia 7 de setembro. A gente sempre diz que queremos a independência plena, e Nossa Senhora prega o direito à vida plena a todos os povos”.
Campanha Nacional pelo Plebiscito Popular
Este domingo também marca o último dia de votação nas urnas do Plebiscito Popular pela Constituinte. Em parceria com o Grito dos Excluídos, mais de 40 integrantes da campanha trouxeram urnas ao Santuário Nacional e se distribuíram no pátio para esclarecer eventuais dúvidas e colher votos.
Leôncio Júnior, de 25 anos, integrante da Campanha do Plebiscito explica que o Plebiscito não quer tirar o poder da mão dos políticos e nem colocar uma outra pessoa no poder; quer apenas propor uma maneira de “mudar as regras do jogo”, aumentando a participação popular.
“A Campanha entende que as atuais regras que regem o Brasil não representam a população, não conseguem avançar em muitas pautas favoráveis ao povo mais necessitado” afirma.
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