Fotos: Denílson Luís/Santuário Nacional
Os 13 sinos do Campanário de Aparecida badalaram de maneira forte várias notas que indicavam um dia de celebração, de comunhão e de alegria. A manhã nublada do dia 21 de janeiro de 2017 agora está marcada na história de Aparecida. É um dia de forte emoção, de um novo passo, um dia que presenteia o Santuário Nacional de Aparecida e a Arquidiocese com um novo pastor. Hoje foi dia de Boas-Vindas, momento em que dom Orlando Brandes recebe o báculo das mãos do Cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, antecessor querido pelo povo, que deixa a arquidiocese após 13 anos de muita dedicação, compromisso e boa-vontade.
Dom Orlando recebe a missão em um momento muito especial, pois é um Ano Mariano, um tempo em que se comemora os 300 anos do encontro da Imagem de Aparecida e uma ocasião histórica para o Santuário Nacional.
Durante a celebração de posse na missa das 9h, todo o povo de Deus acolheu o novo arcebispo espontaneamente, com palmas, com jeito caloroso e com muita alegria.
O altar central repleto de bispos e arcebispos de todo o Brasil, também contou com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello, que fez questão de exortar palavras de boas-vindas e acolhimento e agradecer o empenho e o cumprimento da missão de dom Damasceno nos últimos 13 anos.
Na animação da celebração, o missionário redentorista e ecônomo do Santuário Nacional, padre Daniel Antônio, representou todo o Povo da Arquidiocese em agradecimento ao Cardeal Damasceno por toda a sua vida dedicada à Igreja no Brasil. “Com certeza o seu nome já está escrito entre aqueles que muito colaboraram para a história da devoção à Rainha e Padroeira do Brasil”, disse.
Ao novo arcebispo, deu as mais festivas boas-vindas. “Como cristãos batizados e devotos de Nossa Senhora, dizemos com o senhor que somos operários de Deus e por isso, juntos, queremos ajudá-lo na obra evangelizadora da Igreja”.
Representantes das Paróquias e dos três Santuários da Arquidiocese de Aparecida fizeram procissão, seguidos pela Imagem de Nossa Senhora Aparecida e a de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão. Enquanto cantavam o “Hino dos 300 Anos”.
O Colégio de Consultores da Arquidiocese de Aparecida também posicionou-se para acolher o novo arcebispo, quando, na sequência, dom Orlando também passou por todas as Naves do Santuário aspergindo a Assembleia.
Durante a homilia fez saudação aos presentes, as irmãs Mensageiras do Amor Divino, as religiosas missionárias Claretianas, todo o povo da arquidiocese e o clero diocesano, os missionários redentoristas, peregrinos e romeiros e autoridades políticas e públicas.
Dom Orlando pediu orações e de maneira forte disse: “São vocês que tomam posse da minha vida e do meu ministério em Aparecida”.
Lembrou a consagração do padre Vitor Coelho: “Embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas...”
Mencionou que Deus conhece todas as coisas antes de acontecerem e que não está em Aparecida por acaso, nem por interesse, nem por conveniência e que substituir dom Damasceno é um privilégio imerecido.
A equipe de reportagem do Portal A12, ele disse, antes da celebração, que gosta muito da bíblia, da Igreja que é missionária e que nunca esquece os mais pobres e que o Povo da arquidiocese pode esperar um bispo em busca de um espírito de comunhão, espírito de família. “Podem me procurar para o diálogo, para o entendimento, quero logo, imediatamente conhecer as paróquias, as lideranças. Quero dar um apoio muito grande aos padres, aos fiéis e também ao Santuário, com bastante unidade com os missionários redentoristas. Tenham toda a liberdade de colocar os seus pensamentos, suas sugestões, pois eu quero aprender”.
Fez uma alusão desse novo momento com o encontro da Imagem, dizendo que os pescadores eram três e que tudo começou com um pequeno grupo e depois a Imagem foi para as casas. “Eu acredito muito nesse pequeno grupo que depois virou multidão. Hoje somos 12 milhões de peregrinos que anualmente passam por aqui, vamos acreditar na ‘Igreja família’, na Igreja em casa, vamos lançar as redes nas aguas mais profundas”.
Dom Orlando também falou que da mesma maneira como a Imagem é de barro, nós também somos, e por isso somos frágeis. “Assim como a Imagem quando foi quebrada, foi o pecado que quebrou o nosso relacionamento com Deus, entre nós, conosco mesmos e com a natureza. Pelo o fato de ter sido encontrada no Rio Paraíba do Sul, temos a obrigação e a responsabilidade com a natureza, com àgua, com a ecologia, com todo esse projeto de salvar a nossa casa comum. Santuário rima com santidade, me ajudem a ser mais santo, vamos todos sermos mais santos e o Brasil será bem melhor”, finaliza.
Ao final da celebração representantes do clero, do município, dos leigos e dos religiosos falaram palavras de apreço e acolhimento ao novo pastor de Aparecida.
Antes da leitura da Ata de posse, o reitor do Santuário, Padre João Batista entregou de maneira simbólica a chave da casa dos Redentoristas, também a Imagem Fac-Símile de Aparecida e o Manto produzido pelas Irmãs Carmelitas e falou em nome de toda a família da Campanha dos Devotos.
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