No encontro dessa semana, estudaremos a perícope de Ex 16,11-21, o momento em que Deus enviou as codornizes para alimentar os israelitas.
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo dessa semana gere frutos de vida cristã. Leia Ex 16,11-21. Agora, destaque o que mais te chamou a atenção.
Como Deus é apresentado dentro dessa perícope?
No v.12, Deus, ao se dirigir a Moisés, declara que ouviu as murmurações dos filhos de Israel. As provisões são respostas do Senhor que cuida de seu povo. Desse modo, o Senhor é presentado como aquele que supre as necessidades de seu povo. Ele não os deixa passar fome nem morrer de sede.
Em qual contexto o termo “codorniz” é utilizado no Antigo Testamento?
O termo codorniz, no Antigo Testamento, aparece exclusivamente ligado ao tema da provisão de Deus durante o período em que os israelitas ficaram no deserto (cf. Ex 16,13; Nm 11,31-32; Sl 105,40).
Por que, nessa passagem, Deus repete a frase “Eu sou o Senhor, teu Deus”?
Outra expressão importante consiste nessa afirmação “Eu sou o Senhor, teu Deus”. Trata-se, aqui, da mesma frase usada para confrontar Faraó com as pragas (Ex 7,17). Assim, Deus lembra as pessoas de que elas estão reclamando contra um Deus que controla as forças da natureza.
O que são as codornizes?
Aves pequenas que ainda são capturadas e comidas nas mesmas regiões descritas aqui. Ela tem, em média, 19 cm e pesa em torno de cem gramas. Seu tamanho lembra o de uma pomba.
A Codorniz migra em grandes números. Por causa de longas migrações, elas costumam se cansar e voar muito baixo, permitindo às pessoas pegá-las em redes ou à mão (cf. Nm 11,31–32).
Qual é a diferença entre as duas referências bíblicas que apresentam as codornizes?
A primeira aparição de codorna é descrita como um sinal de provisão divina para os israelitas (cf. Ex 16,13; Nm 11,31-32); no entanto, na segunda vez em que os israelitas se alimentam de codornas, são atingidos por uma praga de Deus.
Qual é o sentido das expressões de tempo “à tarde” e “pela manhã”?
No v. 13, o autor enfatiza duas expressões de tempo “à tarde” e “pela manhã” para transmitir a ideia de que Deus cuida de seu povo em todo tempo.
Ademais, por que se iniciou com a tarde e não pela manhã?
Porque, para a cultura israelita, bíblica, o dia começa à tarde com o pôr do sol. Isso é constatado no relato da criação, no livro do Gênesis, no qual o autor afirma: “houve uma tarde e uma manhã, foi o primeiro dia” (cf. Gn 1,5.8.13.19.23.31).
No encontro dessa semana, estudaremos a passagem de Ex 17,1-7 que fala sobre o episódio em que Deus fez brotar água da rocha.
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo dessa semana gere frutos de vida cristã.
Leia Ex 17,1-7. Agora, destaque o que mais te chamou a atenção.
Até agora, na narrativa do êxodo, quantas vezes Israel reclamou contra Moisés? Quais foram os motivos?
A perícope presente em Ex 17,1-7 apresenta a terceira reclamação do povo de Israel contra Moisés, até agora, dentro da narrativa da libertação da escravidão, desde a entrada no deserto. Todas elas dizem respeito às necessidades físicas como fome e sede (cf. Ex 15,24-25; 16,2-3).
Qual é o significado do termo “discutir” que aparece na narrativa?
O texto afirma que o povo discutiu com Moisés (cf. Ex 17,2). O verbo que aparece em português “discutir”, em hebraico, tem um sentido de clamor pela justiça, quase como uma petição jurídica. Isso indica que a Bíblia entende como lícita a reivindicação dos israelitas.
Como Deus é apresentado dentro dessa perícope?
O autor, ao apontar como legítimo o clamor de Israel pela garantia de sua sobrevivência e apresentar que Deus responde afirmativamente e provê na vida deles, ensina ao leitor-ouvinte que o Senhor é o provedor do povo (cf. Ex 17,5).
Onde fica Rafidim?
Depois de deixar o deserto de Sin, os israelitas acamparam na cidade de Rafidim. Esse termo pode se referir à área próxima ao Wadi Refayid. Isso colocaria Israel perto do oásis do Wadi Feiran - uma opção consistente com a localização tradicional do Sinai (cf. Ex 3,1).
Por que o autor os situa nesse local?
No entanto, se essa identificação estiver correta, a falta de água parece estranha, dada a proximidade de um oásis. Assim, eles podem estar a quilômetros da água, pois a narrativa não especifica a distância. Aqui, o autor talvez queira reforçar a impaciência dos israelitas. Eles não aguentavam mais esperar.
Qual é a raiz hebraica da palavra “rafidim”?
A raiz da palavra hebraica rafidim designa “conforto” ou “refrescar”. Ora, ao mostrar que esse lugar não tinha água, o autor quer ressaltar o paradoxo entre local de conforto e local de desconforto. Como isso, ele ensina que no caminho do israelita, e do fiel a Deus, algumas vezes, acontecerão dificuldades.
Qual era o estado emocional de Moisés?
Moisés devia estar um pouco cansado desse ciclo de reclamações. Depois de todos os perigos, labutas e armadilhas pelas quais Deus trouxe seu povo, ele deve ter se irritado ao vê-los constantemente com falta de fé e desconfiança em sua liderança e na provisão de Deus para eles (cf. Ex 17,4).
Qual é o significado dos nomes Massa e Meriba?
Moisés estava ficando um pouco cansado do comportamento dos israelitas, e nomeou o local em que isso ocorreu Massa (que significa "teste") e Meriba (que significa "briga") "porque os israelitas brigaram e porque testaram o O SENHOR diz: 'O SENHOR está entre nós ou não?' ”(Ex 17,7). O padrão aqui é o mesmo, Israel resmungou e Deus providenciou.
No encontro dessa semana, estudaremos a passagem de Ex 17,8-16 que fala sobre o episódio da guerra contra Amalec, a primeira narrativa de guerra entre Israel e algum povo. Nesse sentido, trata-se de uma das passagens mais importantes para a compreensão do modo de agir de Deus ao longo de todo restante da história.
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Leia Ex 17,8-16. Agora, destaque o que mais te chamou a atenção.
Quem era Josué?
Em Ex 17,9, pela primeira vez, aparece a figura de Josué; seu significa “Deus salva” (Nm 13,16; Eclo 46,1). Ele se tornará, mais a frente, o comandante-em-chefe de Moisés e líder dos israelitas (cf. Ex 24,13; 33,11; Dt 34,9; Js 1,1-9). Ele será contado como um dos poucos que são verdadeiramente fiéis no deserto (cf. Nm 14,6-9.30).
Quem eram os amalequitas?
Os amalequitas eram descendentes de Esaú (Edom) (cf. Gn 36,12.16). Seu território estava situado no deserto ao sul de Canaã, ao norte da localização dos israelitas naquele momento (cf. Gn 14,7; Nm 13,29).
O que o autor quer ensinar ao dar enfoque nas mãos de Moisés?
O foco nas mãos de Moisés (cf. Ex 17, 9. 11. 12) manifesta duas coisas que o povo de Israel precisa levar a sério:
(1) Moisés é aquele a quem o Senhor escolheu liderar Israel. Observe que as suas mãos dizem respeito a quem prevaleceu (cf. Ex 17, 11: Israel);
(2) o Senhor é responsável por realizar a libertação de Israel por meio de Moisés, representado pelo cajado de Deus em sua mão (cf. Ex 17,9) e pelo fato de que suas mãos se cansaram (cf. Ex 17, 12), mostrando sua fraqueza humana.
Como os estrategistas e líderes dos exércitos guiavam seus homens durante a batalha?
Sinais eram frequentemente usados pelos líderes militares para implementar as estratégias durante uma batalha, transmitindo de longe uma ordem. É possível que Moisés tenha usado o cajado dessa maneira, ou seja, para passar alguma mensagem ao longo da peleja. Existem textos extrabíblicos egípcios que falam das armas erguidas do Faraó para trazer proteção e sinalizar o ataque.
Qual é a mensagem que o autor transmite ao dizer que Moisés erguia a vara de Deus durante a batalha?
Tudo leva a crer que, ao erguer o cajado de Deus, para dar as ordens aos soldados à distância, Moisés estava transmitindo a vontade do Senhor. O simbolismo desse objeto veio sendo construído, ao longo da narrativa. Esse instrumento designa o agir de Deus (cf. Ex 7,12-20; 8,5.16; 9,23; 10,13; 14,16).
Assim, quando Moisés foi incapaz de transmitir a orientação divina mediante seus sinais, os israelitas não foram capazes de ter sucesso.
Quem foi Hur?
Hur, mais tarde, será um dos líderes que ajudará Aarão a governar o povo enquanto Moisés estava no monte Sinai (cf. Ex 24,14). Ele pode ser o mesmo Hur que foi o avô de Beseleel - um dos artesãos que construiu o tabernáculo e seus móveis (ver 31,2; 35,30; 38,22; 1Cr 2,20). Posteriormente, a tradição nomeia Hur como marido de Miriã, irmã de Moisés e Arão (essa informação será transmitida por Flávio Josefo em seu livro, Antiguidades Judaicas, 3.54).
Qual é o significado de se ter um altar com o nome “o Senhor é minha bandeira”?
Ao final da narrativa, Moisés construiu um altar em comemoração da vitória e lhe deu o nome de “o Senhor é minha bandeira” (cf. Ex 17,15). Essa nomenclatura evoca a ideia de que Deus é o líder do exército de Israel.
Essa prática era comum entre os povos do Antigo Oriente Próximo. O exército dos egípcios, por exemplo, tinha suas divisões nomeadas a partir das divindades. Os estandartes de identificação traziam menções dos deuses.
No encontro dessa semana, estudaremos a passagem de Ex 18,13-27 que fala sobre o episódio no qual Moisés aprendeu de seu sogro, Jetro, a compartilhar o poder e as funções.
Faça uma oração, clamando a presença do Espírito Santo, para que o estudo dessa semana gere frutos de vida cristã.
Leia Ex 18,13-27. Agora, destaque o que mais te chamou a atenção.
A narrativa de Ex 18,13-27 tem qual função dentro da história?
O v.13 dá início à nova narrativa fazendo a afirmação de que Moisés estava “sentado para julgar o povo”. Certamente, o autor indica, com isso, que esse conjunto de versículos é uma preparação e uma transição para o evento do Sinai, ou seja, momento no qual Deus entrega a Lei aos israelitas.
Qual era a situação na qual Moisés se encontrava?
Moisés estava gastando seu tempo e energia ouvindo as reclamações dos israelitas. Desse modo, não dava conta de realizar outro trabalho importante (cf. Ex 18,13.14.18).
Onde os juízes ficavam para julgar o povo?
Em Ex 18,13, o autor revela que Moisés estava sentado para julgar o povo. Em geral, nas cidades israelitas, o local onde os juízes ficavam para o julgamento era na entrada, na porta. Assim sendo, esse era o lugar mais importante (cf. Rt 4,1.10.11; Jó 5,14; Jr 39,3; Lm 5,14). Esse termo está, diversas vezes, nas palavras dos profetas (cf. Am 5,10.12.15).
Qual foi a dica que seu sogro, Jetro, lhe deu?
Seu sogro, Jetro, sugeriu que ele delegasse boa parte do trabalho a outros e direcionasse seus esforços apenas para o que somente ele poderia fazer (cf. Ex 18,19-23).
Como foi possível que houvesse julgamento antes do evento da entrega da Lei no Sinai?
O sogro de Moisés, ao dar a dica para que Moisés compartilhasse a função de juiz com alguns homens, disse-lhe para que fosse ensinada a Lei e os estatutos do Senhor a eles. Isso só foi possível, já que algumas normas já haviam sido dadas no evento das águas amargas em Mara (cf. Ex 15,25-26).
O que o ato de delegar funções gerou em Moisés?
O ato de delegar aliviou o cansaço de Moisés e aumentou a qualidade de sua liderança. Além disso, ajudou a preparar seus ajudantes para o sistema de governo estabelecido em Canaã̀, o sistema tribal, narrado no livro dos Juízes (cf. Ex 18,24-26).
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