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O amor acredita no inacreditável! (Is 19,18-25)
O amor acredita no inacreditável! (Is 19,18-25)

No Antigo Testamento, os maiores inimigos do povo de Deus eram os impérios que se sucediam ao norte (Assíria, Babilônia, Pérsia) e ao sul, o Egito, e sempre buscando supremacia entre si mesmos. E que coração divino o profeta nos revela, ansioso por se manifestar naquelas humanas circunstâncias! De inimigo, opressor, escravizador de Seu povo, o Egito passa a adorar a Deus: “Naquele dia haverá cinco cidades no país do Egito que falarão a língua de Canaã e prestarão juramento a Javé dos exércitos; uma delas será chamada ‘cidade do sol’” (Is 19,18). “Sol” era uma divindade egípcia. Mas, para o profeta simbolizava Javé – “sol e escudo é Javé Deus” (Sl 84,11a). Jerusalém, tendo o templo de Javé em seu meio, era a capital da nação escolhida. Assim seria igualmente a “cidade do Sol”, a cidade de Javé para o Egito e no Egito. Impor a própria língua era dominar; renunciar a ela, era solidariedade: o Egito falará “a língua de Canaã”, do povo eleito!

“Naquele dia haverá um altar dedicado a Javé dos exércitos no meio do país do Egito, e perto da fronteira uma estela dedicada a Javé. “Será um sinal e uma testemunha de Javé dos exércitos no país do Egito” (Is 19,19-20a). Naquela “cidade do sol”, “no meio do país do Egito”, como seu coração, este “altar dedicado a Javé” e “perto da fronteira” essa “estela dedicada a Javé”: Deus sendo o centro do Egito, e a fronteira ou muralha a contê-lo e proteger! “Quando clamarem a Javé por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defensor que os libertará. “Javé se dará a conhecer aos egípcios e os egípcios conhecerão Javé naquele dia. Oferecerão sacrifícios e oblações, farão votos a Javé e os cumprirão”. Até com palavras semelhantes, Deus que Se comprometera a salvar Seu povo Israel contra os egípcios (cf. Êx 3,7-10), agora Se prontifica a atuar em favor do Egito.

Essa atitude salvadora levará o Egito a conhecer, experimentar Javé e a assumi-Lo como seu Deus: “oferecerão sacrifícios... farão votos e os cumprirão”. Os castigos, também para o Egito, serão para purificar: “E se Javé castigar os egípcios, castigará e curará; eles se converterão a Javé, que atenderá seus pedidos e os curará” (Is 19,22).

Assíria e Egito eram a diabólica competição insaciável, só se contentando com o extermínio do concorrente e consequente monopólio absoluto! E, em sua pequenez neste concerto mundial, Israel não passava de uma ponte entre esses dois impérios, pisada ora por este, ora por aquele, na sanha de um dominar o outro. E dessa encarnação histórica do próprio inferno, o Amor sonha a Assíria e Egito abrindo entre si um caminho de amizade, de paz! Ambos servindo a Javé! E os três – Assíria e Egito acrescidos de Israel – sendo, cada um a seu modo, a divina bênção “no meio da terra” e em favor das demais nações: “Naquele dia haverá uma estrada do Egito até a Assíria. A Assíria irá ao Egito, e o Egito à Assíria. O Egito servirá com a Assíria. “Naquele dia Israel será o terceiro, com o Egito e a Assíria. Tal será a bênção que, no meio da terra, “pronunciará Javé dos exércitos: ‘Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança’” (v.23-24).

Quem consegue desconvencer Deus de que Seu reino, Sua própria vida, tem plenas condições de ser plantado no coração da inteira humanidade? Haja profetas que não deixem sonho e certeza divinos tão grandes cair no vazio!

REFLEXÃO

1. Acredito que não há coração incapaz de se converter a Deus e a Seus planos?

2. Faço o possível para que se vença toda inimizade em mim mesmo/a e a meu redor?

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Por Redação, em Santuário Nacional

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