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aparecida pelo brasil
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Foi sob a inspiração de Dom Joaquim Arcoverde, Arcebispo do Rio de Janeiro, primeiro Cardeal do Brasil, que surgiu a proposta da coroação da imagem de Nossa Senhora Aparecida. O tema foi sugerido em 1901, na primeira Conferência dos Bispos da Província Meridional do Brasil, realizada em São Paulo. O pedido foi aceito pelo Papa Pio X e a solenidade marcada para 8 de setembro de 1904.
Pela primeira vez, o Santuário reuniu cerca de 15 mil pessoas, 12 bispos e centenas de sacerdotes para a coração da Imagem. A missa aconteceu na praça do Santuário, presidida pelo Núncio Apostólico, Dom Júlio Tonti. O bispo de São Paulo, Dom José de Camargo Barros, foi quem coroou a imagem.
Inclusão de ritos dedicados à Nossa Senhora Aparecida durante as celebrações
Em 2 de março de 1906, o Papa Pio X concedeu a realização de missa e ofício dedicados à Nossa Senhora Aparecida, isto é, foram introduzidos textos no Missal e no Breviário da Igreja. A licença anterior, concedida por Leão XIII, em 1895, fixava as celebrações da festa somente no primeiro domingo de maio, sem Missa e Ofício próprio.
Além dos textos religiosos, algumas colaborações de leigos foram incorporadas à devoção no Santuário, como a canção “Viva a Mãe de Deus e Nossa”, hino da romaria que comemorou o primeiro aniversário da coroação da imagem, composta pelo Conde José Vicente de Azevedo.
Em 1908, Dom Duarte Leopoldo e Silva pediu e conseguiu o título e o privilégio de Basílica Menor para Basílica Velha. A dignidade foi concedida por Pio X, em 29 de abril de 1908, e executada com a sagração do templo por Dom Duarte, no dia 5 de setembro de 1909.
Em 1925, o Papa Pio XI concedeu aos fiéis que visitassem o Santuário de Nossa Senhora Aparecida os privilégios de indulgências plenárias, e aos sacerdotes que acompanhassem as peregrinações foi autorizada a celebração de Missa Votiva Solene, no altar da Imagem, para favorecer a piedade e a devoção dos fiéis.
A autonomia do distrito de Aparecida à cidade de Guaratinguetá aconteceu no final da década de 1920. Em 1925, o deputado Rangel de Camargo, com o argumento de que a população de Aparecida já ultrapassava dez mil habitantes (número mínimo exigido para emancipação), submeteu o Projeto 34 ao Legislativo, ainda sem parecer favorável.
Com o apoio do presidente do Estado, Júlio Prestes, o projeto foi reapresentado e aprovado. Em 17 de dezembro de 1928, a Lei 2.312 criou o município de Aparecida.
A data escolhida para essa cerimônia foi o dia 8 de setembro de 1929, marco do Jubileu de 25 anos de Coroação da Imagem de Aparecida. A solenidade foi acompanhada do II Congresso Mariano (5 a 7 de setembro), convocado para exaltar os “conhecimentos de Maria Santíssima” e tornar Nossa Senhora Aparecida a Padroeira Principal do País.
Foi durante o Congresso Mariano que o líder do episcopado brasileiro, Dom Sebastião Leme, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, apresentou aos bispos a proposta para pedir à Santa Sé que declarasse Nossa Senhora Aparecida a Padroeira do Brasil.
A declaração aconteceu em julho de 1930, pelo papa Pio XI. No final de 1930, Dom Sebastião Leme tomou a iniciativa de realizar uma festa para a proclamação de Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.
A grande manifestação popular foi organizada para acontecer no Rio de Janeiro, no dia 31 de maio de 1931. Em um trem especial e enfeitado, a Imagem foi conduzida para o Rio de Janeiro, saindo de Aparecida.
Era a primeira vez, desde 1889, que a Imagem saía de seu Santuário. Mais de um milhão de fiéis aguardavam no Rio para participar das celebrações.
“Senhora Aparecida, o Brasil é vosso!
Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente.
Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pátria!
Senhora Aparecida, o Brasil voz ama, O Brasil em vós confia!
Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama
Salve Rainha!”
Oração de Consagração à Nossa Senhora Aparecida, rezada durante a festa de proclamação como Padroeira, feita por Dom Sebastião Leme:
A Festa da Padroeira foi fixada no dia 7 de setembro, dia da Pátria.
Em 1945, a imagem de Nossa Senhora saiu do Santuário de Aparecida para participar da concentração popular 'Noite de Nossa Senhora'. A imagem foi recebida pelo arcebispo de São Paulo, Dom Carmelo Mota, no dia 14 de julho na Praça da Sé, para participar de uma vigília.
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Até 1946, a Imagem permaneceu no estado em que foi encontrada: com o pescoço quebrado e sem as partes laterais do cabelo, que pendiam até os ombros. Nesse estado, a Imagem sempre ficou exposta no nicho do Santuário para veneração dos fiéis.
No ano de 1946, o reitor do Santuário, Pe. Antônio Pinto de Andrade, pediu ao Pe. Alfredo Morgado que tentasse consertá-la. No dia 29 de maio daquele ano, ele retirou a imagem do nicho e a levou para o convento, onde passou o dia no trabalho de restauro da Imagem. Além de colar a cabeça ao tronco, acrescentou as partes laterais do cabelo. Usou para isso uma massa preparada com raspas de peroba e cola.
Esse trabalho não teve duração, pois a massa se deteriorou pelo calor das lâmpadas do nicho. Padre Antão Jorge, então reitor do Santuário, pediu, em 1950, a outro confrade, Pe. Humberto Pieroni, que estudasse outra possibilidade de restaurar a Imagem. Foi utilizada então massa de cimento, reforçando com um pino de alumínio a junção da cabeça ao tronco, repondo também o cabelo. Esse trabalho foi duradouro e resistiu até o atentado de 1978.
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Com todo cuidado, os pedaços foram levados em sigilo para o MASP (Museu de Arte de São Paulo), onde a restauradora Maria Helena Chartuni trabalhou durante 33 dias para reconstituir a imagem.
A imagem de Nossa Senhora Aparecida retornou ao Santuário em 24 de julho de 1979, em um carro aberto do Corpo de Bombeiros e foi recebida por uma multidão, que a esperava no entorno do Santuário Nacional e na Rodovia Presidente Dutra.
A primeira ideia de construção surgiu em 1917, por ocasião das celebrações do bicentenário do Encontro da Imagem. O projeto tomou forma ainda sob o arcebispado de Dom Duarte Leopoldo e Silva em São Paulo, mas sua realização estava condicionada à conclusão das obras da Catedral da Sé. O acordo com nove proprietários de lotes no Morro das Pitas, em Aparecida, foi fechado no começo do mês de setembro para a construção do novo Santuário. Simbolicamente, o local das futuras obras recebeu, no dia 8, uma procissão com a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
A solenidade de lançamento da pedra fundamental do novo Santuário teve a participação do clero e de autoridades civis, em 10 de setembro de 1946. Porém, na madrugada ela foi roubada. Em agosto de 1954, com a plataforma da construção e a canalização do córrego da Ponte Alta, que passava aos pés do Morro das Pitas, foi renovado o ato da Bênção da pedra fundamental. O Cardeal Dom Giovani Piazza celebrou missa às 10h30 e, após a missa, o Pe. Antão Jorge, vigário da Basílica, presidiu a bênção e o lançamento da nova pedra fundamental.
O projeto da nova Basílica foi encomendado pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, em setembro de 1947, ao arquiteto Benedito Calixto de Jesus. A estrutura e os cálculos do concreto armado eram do engenheiro civil Paulo Franco Rocha.
O início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. A primeira missa no local aconteceu no dia 11 de setembro de 1946, presidida pelo Cardeal Motta. O primeiro atendimento aos romeiros foi em 21 de junho de 1959.
As atividades religiosas no Santuário, em definitivo, passaram a ser realizadas a partir do dia 03 de outubro de 1982, quando aconteceu a transladação da Imagem de Aparecida da Antiga Basílica para a Basílica Nova.
Na manhã do dia 03, o Arcebispo de Aparecida, Dom Geraldo Maria de Moraes Penido, fez a entrega do templo, à Basílica Histórica de Aparecida, ao redentorista e vigário da cidade, Padre Elpídio Tabarro DalBó.
A imagem de Aparecida foi embarcada num carro do Corpo de Bombeiros e levada em cortejo pela cidade até o altar montado na Esplanada do Santuário, para uma celebração eucarística. No final da cerimônia, a imagem foi entronizada definitivamente em seu trono na Catedral-Basílica de Aparecida.
O Santuário de Aparecida foi beneficiado com a conclusão de uma grande obra rodoviária na região Sudeste. Em janeiro de 1951, foi inaugurada a Nova Rodovia Rio-São Paulo, a Rodovia Presidente Dutra, que substituiu a antiga ligação, em funcionamento desde 1928.
Na reunião inaugural da Comissão Permanente da CNBB, em 1952, o Cardeal Motta dirigiu ao clero e ao povo uma convocação para o Primeiro Congresso Mariano da Padroeira do Brasil para o ano de 1954, coincidindo com o Congresso Mariano Nacional, edição do Jubileu de Ouro da Coroação (comemorados a cada 25 anos, desde 1904) e das festividades do quarto centenário de fundação da cidade de São Paulo.
A imagem de Nossa Senhora Aparecida participou do Congresso da Padroeira do Brasil, desde a abertura (4) até o dia sete de setembro, quando, numa grande solenidade, deixou São Paulo para encerrar os festejos em Aparecida.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em sua Assembleia de 1953 determinou que a festa da Padroeira do Brasil fosse celebrada no dia 12 de outubro. Uma das razões para a escolha dessa data foi a aproximação da época do encontro da Imagem, que ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717.
Por ocasião da visita do Papa João Paulo II ao Brasil, o então Presidente da República, General João Batista Figueiredo, promulgou a Lei n. 6.802, de 30 de junho de 1980, “declarando feriado federal o dia 12 de outubro para o culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida”, conforme consta no Diário Oficial da União de 1º de julho de 1980.
Por ocasião da visita do Papa João Paulo II ao Brasil, o então Presidente da República, General João Batista Figueiredo, promulgou a Lei n. 6.802, de 30 de junho de 1980, “declarando feriado federal o dia 12 de outubro para o culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida”, conforme consta no Diário Oficial da União de 1º de julho de 1980.
Por ocasião da visita do Papa João Paulo II ao Brasil, o então Presidente da República, General João Batista Figueiredo, promulgou a Lei n. 6.802, de 30 de junho de 1980, “declarando feriado federal o dia 12 de outubro para o culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida”, conforme consta no Diário Oficial da União de 1º de julho de 1980.
Em 1955, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi apresentada no 36º Congresso Eucarístico Nacional, realizado de 17 a 25 de julho, no Rio de Janeiro. Essa seria a segunda visita da Imagem ao Rio, desde a Coroação em 1931.
A paróquia de Aparecida foi elevada a Arquidiocese pelo Papa Pio XII, em 19 de abril de 1958, e instalada solenemente pelo Núncio Apostólico, Dom Armando Lombardi, em 8 de dezembro, no recinto do novo Santuário ainda em construção. Sob os limites territoriais da Arquidiocese ficaram Aparecida, Guaratinguetá e Lagoinha. Depois vieram Roseira (1965) e Potim (1991), como municípios emancipados.
Para melhorar o acesso dos peregrinos no trajeto entre as duas basílicas, o Santuário conseguiu o apoio do Governo Federal para a construção de uma passarela. A ideia foi lançada em 13 de julho de 1969, numa visita do então Ministro dos Transportes, Mario Andreazza, a Aparecida.
Em 7 de agosto de 1969, foi assinado por Andreazza e pelo então Presidente da República, Marechal Artur da Costa e Silva, o Decreto-Lei 747, que alterava o “Plano Nacional de Viação”. No Art. 1º era constituída a “BR-488, a ligação da BR-116 ao Santuário Nacional de Aparecida”.
A Passarela da Fé foi construída pelo Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER). A ponte foi inaugurada em 19 de dezembro de 1971 pelo Ministro dos Transportes, tendo como Presidente da República Emílio Garrastazu Médici.
A imagem de Nossa Senhora Aparecida chegou a Brasília pelas mãos do Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Carmelo Mota, no dia 10 de junho de 1962 para ser proclamada Padroeira oficial da Arquidiocese e da cidade. A consagração da Catedral de Brasília teve início com a leitura da mensagem Pontifícia, que declarava “Nossa Senhora Aparecida Patrona Principal da Arquidiocese”. Brasília também tem como patrono São João Bosco.
Em 1967, por ocasião dos festejos dos 250 anos do Encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, o Santuário recebeu uma Rosa de Ouro, uma distinção outorgada pelo Papa a pessoas, cidades ou centros de devoção, como prova de estima.
A concessão da Rosa de Ouro foi anunciada pelo próprio Papa Paulo VI aos jornalistas brasileiros que acompanhavam a comitiva presidencial na viagem de Costa e Silva a Roma, em cinco de janeiro do mesmo ano. A Rosa foi abençoada pelo Papa no dia cinco de março de 1967.
No dia 15 de agosto, a Rosa foi entregue ao Santuário pelo legado Papal Cardeal Cicognani ao Cardeal Arcebispo, Dom Carlos Carmelo de V. Mota.
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Durante as comemorações do jubileu de 250 anos, em 1967, foi reinaugurado o Museu Santuário, instalado no segundo andar da torre Brasília. Os correios também fizeram homenagens, lançando selos comemorativos da entrega da Rosa de Ouro e dos 250 anos da Imagem de Aparecida.
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Entre os anos de 1965 e 1967 a imagem de Nossa Senhora Aparecida participou de uma grande e demorada jornada pelo Brasil, estabelecida em oito peregrinações que percorreram mais de 800 cidades. Em 1968, a Imagem faria outras sete peregrinações menores e regionais.
Mesmo depois do encerramento oficial da Peregrinação Nacional, em 1968 a imagem original de Nossa Senhora Aparecida sairia 11 vezes do Santuário. No período de 31 de agosto a 3 de setembro de 1972, a imagem de Nossa Senhora foi apresentada nas comemorações do aniversário da Independência do Brasil em São Paulo.
Papa João Paulo II esteve no Brasil no ano de 1980 e, no dia 3 de setembro, visitou a cidade de Aparecida, na ocasião consagrou e concedeu o título e benefícios de Basílica Menor ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Como recordação de sua visita, o Papa doou o “Mosaico dos quatro evangelistas e do Cordeiro”, que está instalado na Capela do Santíssimo.
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A Basílica Histórica foi oficialmente tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), em 18 de abril de 1982. Além do secretário de Cultura estiveram presentes os membros da família Real, o príncipe Dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança e seu filho Dom Francisco.
Durante a realização do XI Congresso Eucarístico Nacional em Aparecida, realizado de 16 a 21 de julho de 1985, Dom Geraldo Maria de Moraes Penido criou no dia 16 de julho, a Academia Marial de Aparecida. A instituição é o centro de estudos no campo da Mariologia, composto por bibliotecas e acervo de publicações.
Os Missionários Redentoristas, responsáveis pela administração do Santuário Nacional, apoiados pelo então Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, decidem implantar a Campanha dos Devotos em 1999.
Em 1900, o Bispo Diocesano de São Paulo, Dom Antônio Cândido de Alvarenga, aprovou a publicação, pelos religiosos redentoristas, do jornal ‘Santuário de Aparecida’. O primeiro exemplar circulou com oito páginas, em 10 de novembro.
Em oito de setembro de 1951 nasce a Rádio de Nossa Senhora Aparecida com o objetivo de Evangelizar através das ondas radiofônicas. A emissora é apoiada por seus inúmeros ouvintes que, abraçando o ideal da comunicação, tornam-se representantes e associados do Clube dos Sócios, projeto iniciado em sete de setembro de 1955.
Em abril de 2002 foi criada a Revista de Aparecida para ser um grande instrumento de comunicação e amizade entre os Devotos de Nossa Senhora e o Santuário Nacional. Para o público infantil foi criada em 2006, a Revista Devotos Mirins, aproximando ainda mais as crianças a Mãezinha Aparecida. Com a necessidade de conversar com todas as fases da vida, criaram em outubro de 2016, a Revista Jovens de Maria.
No dia oito de setembro de 2005 o Santuário Nacional e a Fundação Nossa Senhora Aparecida celebram a inauguração da TV Aparecida.
Em 2010, num esforço conjunto para melhorar ainda mais a evangelização, a unidade Redentorista de São Paulo, o Santuário Nacional e a Fundação Nossa Senhora Aparecida inauguram o portal A12.com.
TEXTO E ROTEIRO
Marilia Ribeiro
REVISÃO
Luciana Gianesini
Leticia Dias
Boleto
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Por Redação, em Santuário Nacional