O Santuário de Aparecida acolhe com alegria a Romaria das Congregações Marianas, que há 50 anos, se organizam para todo segundo final de semana de novembro, sem interrupções, estarem na Casa da Mãe.
Este ano, os congregados do Brasil inteiro se reuniram em Aparecida (SP) para Assembleia das Coordenações Regionais, das Federações e das Congregações Marianas filiadas para uma eleição em que foram eleitas nova presidência e diretoria, além de momentos de formação e comemoração.
A missa de encerramento foi realizada no domingo (10), às 12h, celebrada pelo Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP) e Assistente Eclesiástico Nacional das Congregações Marianas.
Refletindo as leituras (1Rs 17, 10-16 e Hb 9, 24-28) e o Evangelho (Mc 12 38-44), em que conhecemos pessoas que pela simplicidade transformam sua fé, Dom Raymundo relacionou com o lema das congregações marianas que traz o espírito de entrega e doação, “amar e servir Jesus Cristo por Maria”:
“Devemos fazer da vida do cristão e do congregado mariano um serviço, uma entrega aos outros através do amor, das boas obras, construindo um mundo melhor para justamente despertar a esperança em todos nós diante de um mundo em que as pessoas vivem sem esperança, desanimadas, em meio a tantos sofrimentos e guerras. O Papa Francisco nos convida a nos prepararmos para o Ano Jubilar de 2025 com esse espírito de esperança a partir de Deus que conduz a história do mundo, da nossa vida, mas a partir da nossa contribuição, da nossa colaboração para construir esse mundo melhor que nós aguardamos e esperamos.”
Em entrevista exclusiva ao A12, Dom Raymundo explica como a devoção mariana sustenta a esperança do povo. Vamos ouvir:
As Congregações Marianas tiveram início em 1563 quando o padre jesuíta Jean Leunis começou entre os alunos do Colégio Romano, em Roma, o sodalício, um grupo cujos membros se distinguiam por uma vida cristã e mariana fervorosa e pela prática de diversas formas de apostolado. Em sua longa história, as Congregações Marianas são reconhecidas como verdadeiras escolas vivas de piedade e de vida cristã operante.
No Brasil, as Congregações Marianas chegaram no Período Colonial e tiveram notável crescimento em todo o país nas paróquias e em vários outros ambientes. Em nossas paróquias e comunidades, eles podem ser reconhecidos pela fita que pende do pescoço da cor azul, cor litúrgica da Virgem Maria, em cuja extremidade está uma medalha prateada com a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo de um lado e do outro da nossa querida Mãe Santíssima Virgem Maria.
Lucy Salles, de 80 anos, é congregada mariana há 35 anos, é conselheira e redatora da Revista “Estrela do Mar”; faz parte da Paróquia de São José Operário, em São Gonçalo (RJ) cuja congregação mariana é pertencente à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Para ela, Maria sempre será inspiração:
“Desde criança a gente aprende a amá-la e isso a gente vai levando para a vida e em todo lugar. Esta é uma devoção popular tão forte que outras pessoas que às vezes nem vão à Igreja, mas tem a figura de Maria de uma maneira tão especial. A congregação trata isso de uma forma muito especial, é uma associação de 460 anos, e sobrevive, você vê a força, bem tradicional, mas moderna.”
Um dos sinais de modernização é a Monique dos Santos, de 30 anos, moradora da cidade de Rio das Ostras (RJ). Ela é congregada mariana há dois anos por meio de seu marido, que já faz parte da congregação mariana há muitos anos. Devota de Nossa Senhora Aparecida em que visitava o Santuário Nacional há muitos anos, hoje também tem devoção ao título de Nossa Senhora da Rosa Mística, pertencente à Paróquia São Benedito na cidade fluminense.
Assista a missa completa:
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Fonte: CNBB, Site das Congregações Marianas
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