Missa

Dom Orlando: “amar os pobres é o puro Evangelho”

Igreja católica celebra neste domingo, o Dia Mundial dos Pobres

Escrito por Laís Silva

17 NOV 2024 - 09H22 (Atualizada em 17 NOV 2024 - 09H53)

Aparecida Ao Vivo / Reprodução

Neste 33º Domingo do Tempo Comum, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial dos Pobres, uma data convocada por Papa Francisco com o intuito de chamar a atenção para aqueles que vivem em situação de pobreza e conscientizar a todos para a realização de boas obras para esses irmãos.

No Santuário Nacional, a Santa Missa das 8h deste domingo (17), reuniu diversos fiéis ao redor do Altar Central e também aqueles que acompanharam a transmissão pela Rede Aparecida de Comunicação, foi presidida pelo arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, concelebrada pelos demais sacerdotes presentes.

Hoje as leituras rezam Maranata, que quer dizer: Vem Senhor Jesus! Sim, nós aguardamos a sua vinda Jesus, gloriosa, jubilosa e nós participaremos desta glória, por isso rezamos no Pai-Nosso: venha a nós o vosso Reino”, assim o arcebispo iniciou sua reflexão.

A primeira leitura nos lembra que no antigo testamento o profeta Daniel já havia profetizado que os que estão no pó participarão da vida eterna, ressuscitarão. Aqueles que vivem o Evangelho, que praticam a caridade e a fraternidade, brilharão no céu.

Os que ensinam têm o seu nome escrito no céu, brilharão como estrelas. Tudo está falando do céu, então você, vovó, papai, mamãe, padre, todos nós que ensinamos, quer nas universidades, nas escolas, na catequese, em casa; nosso nome está escrito no céu, brilharemos como estrelas, porque ensinar é caridade, principalmente quando a gente ensina as coisas de Deus”.

Dom Orlando continua sua mensagem, e destaca que na segunda leitura, “o Jesus crucificado, que parecia um fracassado, está sentado à direita do Pai intercedendo por nós, nesse trono do céu, com amor”.

O Evangelho deste domingo, nos diz que as coisas passam, e que não devemos ter medo quando lemos: “O sol vai escurecer, as estrelas cairão, o firmamento e a lua”. Dom Orlando explica:

Vem Deus que é a luz e quando vem essa luz, todas as outras luzes se tornam menores. O profeta Isaias dizia: a luz da fé, é sete vezes mais brilhante do que a luz do sol, então o sol vai ficar pequenino e as estrelas também, porque Deus será a nossa luz aqui e na eternidade”.

Não devemos temer, pois o final é um grande encontro com o ressuscitado. “Como ter medo desse final? É um final glorioso, Deus nos da à graça de viver com o pé no chão, mãos no trabalho, mas os olhos no céu, esperando sua vinda”.

O arcebispo de Aparecida refletiu ainda sobre o Dia Mundial dos Pobres, data que a Igreja celebra no 33º Domingo do Tempo Comum.

“Hoje, irmãos e irmãs, dia mundial dos pobres, é tão importante que fala da oração dos pobres. Eu gosto de ajudar os pobres e vocês também, porque eu recebo muita benção e oração. E o pobre diz: Deus te abençoe, muito obrigado, isso é benção. O que a Bíblia diz? A benção do pobre é ouvida por Deus”.

Ele lembrou do intuito desta data, que é não só para lembrar que existem milhares de pessoas em situação de pobreza, mas também incentivar ações para ajudar essas pessoas e levar principalmente a Palavra de Deus a todas elas.

“Os pobres não são santos, eles precisam ser evangelizados, mas são dignos, devem ser amados. Por quê? Porque Jesus mora nos pobres. Jesus valorizou os pobres, e disse assim: quem me dá de comer é bendito de meu Pai, toma posse da alegria e da felicidade eterna. Amar os pobres é um caminho para o céu”.

Caminhando para o fim de sua homilia, dom Orlando refletiu que “amar os pobres é o puro Evangelho”, mas que é preciso se atentar a “pobreza evangélica”, porque de nada vale falar sobre o Evangelho, sobre amar os pobres e não ter a humildade, a ação e o ato de se doar ao próximo. O evangelho não deve ser somente “dito”, mas sim vivido.

O arcebispo ainda citou grandes exemplos de santos que ajudaram os pobres, como São Vicente de Paulo, Santa Dulce e Santa Tereza de Calcutá. E finalizou, repetindo as falas de Papa Francisco:

“No pobre está Jesus. Então vamos olhar para o pobre, falar com o pobre, aproximar-se do pobre”.

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Por Laís Silva, em Missa

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