“Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Jo 13,12-15)
A Santa Missa da Ceia do Senhor no Santuário Nacional foi celebrada na noite desta Quinta-Feira Santa (28) e foi presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes e animada pelo Padre Helder José da Silva, C.Ss.R.
Este momento encerra o tempo quaresmal e nos faz lembrar que Jesus nos presenteou com a instituição da Eucaristia, ensinando-nos que a vida é para ser doada sempre em atitudes de amor e de gratuidade. Ele também instituiu o Sacerdócio ministerial, mostrando-nos que é o serviço e não o poder que nos realiza e santifica.
Jesus realiza a última ceia com os seus discípulos, ato que recordamos em toda Missa, Ele nos deixou a memória de Seu Corpo e Sangue e continua presente no meio de nós, por meio do seu espírito. Antes da última ceia com os seus discípulos, Jesus realiza o rito do Lava Pés, Ele se abaixa e se coloca a serviço do outro, ensinando aos discípulos que eles devem fazer a mesma coisa.
Dom Orlando, na homilia da Santa Missa, refletiu sobre a força da Eucaristia para cada um de nós.
“Estamos aqui celebrando este oceano de amor de Deus na Quinta-Feira Santa: instituição da Eucaristia, do Sacerdócio, do Lava-pés e também do mandamento do Amor! Um oceano de amor e graça! Vamos acreditar que somos amados diante de sinais tão claros manifestados na liturgia!
Jesus tem sede de nós antes da gente ter sede Dele! É o desejo Dele de nos encontrar na Eucaristia. Cada comunhão nossa foi desejada por Jesus! Isso é lindo demais, porque a gente fala só do nosso desejo e o primeiro desejo é Dele e assim acontece esse encontro tão transformador com Nosso Senhor Jesus! Podemos ver, ouvir e tocar em Jesus, assim nos tornamos osso de Seus ossos, carne da Sua carne, vamos nos transformando Nele, estamos ressuscitando em cada Eucaristia! Tornamo-nos Aquele que recebemos!”.
O arcebispo também ressaltou a relevância espiritual em lavar os pés daqueles mais precisam.
“Creio que nós sentimos essa felicidade em pequenos gestos de compreensão, sensibilidade, humanismo, perdão, sentimos em tudo isso a felicidade! A prática do Lava-pés é a felicidade que ninguém pode tirar! Lava-pés significa a graça de sermos fraternos, servidores! Não permitais que tenhamos pés sujos, que vêm da inveja, inimizade, orgulho, indiferença, vingança! Esses pés sujos que só serve para chutar os outros e espezinhá-los! Dai Senhor Jesus pela Eucaristia, pés limpos, corações limpos!”
Jesus ensina o amor ao próximo
Após a reflexão do Evangelho, assim como Jesus realizou com os apóstolos com humildade e servidão, aconteceu o Rito do Lava-pés da Missa da Ceia do Senhor, e um grupo diverso quanto as suas origens, idades, experiências, composto por crianças, adultos, leigos, religiosos e colaboradores do Santuário Nacional tiveram seus pés lavados e beijados pelo Arcebispo de Aparecida, nos ajudaram a rezar em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2024, que nesse ano tem como tema: “Fraternidade e Amizade Social” e o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23, 8).
“A comunhão no Sangue de Jesus, que morreu por todos! Eis aí a possibilidade da amizade social, esse grupo está representando a amizade social, pessoas de diferentes experiências! Pés limpos fazem a gente correr ao encontro do outro. Pés limpos e velozes para a fraternidade e para encontrar aquele que é um sacrário de Jesus Cristo. Pés no chão, viver o cotidiano na realidade que nos envolve! Pés na estrada, ser missionário, caminhando e evangelizando e Jesus sendo levado! Cessem as brigas, as divisões, agressões, discórdias, guerras! Somos todos irmãos no Sangue de Nosso Senhor Jesus e consanguíneos Nele na Eucaristia”, disse Dom Orlando.
Depois da Eucaristia, o Santíssimo Sacramento foi levado em procissão até a Capela São José, onde ficou exposto em vigília. A devoção particular como o culto público ao Santíssimo deve estar no prolongamento daquilo que celebramos na liturgia eucarística: o mistério da morte-ressurreição do Senhor. Somos permanentemente chamados a viver na intimidade da comunhão com Ele.
Após a adoração, Dom Orlando, os concelebrantes e seus auxiliares se retiraram em silêncio, e foi realizada a denudação do altar. A celebração termina sem bênção final, convidando a todos os devotos a um recolhimento orante.
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