Neste domingo (23), o 12º Domingo do Tempo Comum, o Santuário Nacional acolheu os peregrinos na Santa Missa das 8h, presidida por Dom Orlando Brandes, arcebispo metropolitano de Aparecida (SP).
Dom Orlando sintetizou sua homilia em um tema universal entre todas as leituras de hoje: “a fé vence o medo”.
Leia MaisVocê tem dificuldade de confiar e esperar pelo melhor? Então vá à Missa neste domingo!Na Primeira Leitura (Jo 38, 1.8-11), explicou que era um costume da época associar o mar ao maior mal existente, pois era difundido popularmente que os demônios estavam no fundo do mar. Então, Deus disse para Jó, “eu venço o mar” ao deixá-lo quieto, simbolizando que ‘’a fé vence o mal".
Já na Segunda Leitura (2Cor 5, 14–17), somos salvos do pecado original pelo Sangue de Jesus e, como disse Paulo “somos novas criaturas”.
No Evangelho (Mc 4, 35–41), Jesus também vai vencer o mar diante de uma tempestade, mas encontrou nos apóstolos um medo maior do que a fé.
“Isso acontece muito na minha vida e na nossa vida, […] o mal do medo não pode ser maior do que o bem e a força da fé”, pede Dom Orlando. Assim, Jesus nos convida a ir a outra margem, pois era noite ao dizer “Quem não crê vive nas trevas”:
“O Cristianismo não é coisa fácil, mas nós vamos com Jesus para a outra margem. Pode ser que eu mude de vida, saia da treva do pecado e vai para a margem da luz. Essa margem, no Evangelho, pede para evangelizarmos este mundo, mas esta margem pode ser a casa do seu vizinho que a gente não visita e não evangeliza. […] É importante ir a essa outra margem que pode ser o meu irmão que me ofendeu, […] vamos transformar em luz com o perdão, com o encontro, a outra margem”.
Dom Orlando frisou a importância do clima e do cuidado com a Mãe Terra ao demonstrar solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul que sofre as consequências da tragédia com as enchentes e ao Pantanal com os incêndios, ambas grandes tempestades de nosso tempo, citando o Junho Verde.
“Essas são as grandes tempestades do mundo, não as águas, mas o calor, e também essas temperaturas tão altas e que nós precisamos então vencer com a ecologia, com o verde. […] Precisamos então vencer essas tempestades, essas enchentes que nos abalam no trânsito, no câncer, na pandemia, na bala perdida e agora com a natureza dizendo ‘cuidem de mim’, senão morreremos todos queimados pelo calor, por essa falta de cuidado com a Mãe-Terra. Vamos cuidar dela porque temos fé, não por política e ideologia, mas porque a Primeira Leitura disse: ‘Ele, Deus, é o criador em Jesus de todas as coisas’. Que nossa fé católica ajude a salvar a terra dessa grande tempestade de destruição”.
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